O Pink Floyd é uma das bandas mais cultuadas do planeta, pois a cada nova geração que vai surgindo, novos adeptos a sua música vão sendo agregados e por mais estranho que seja, são jovens que já nascem com um DNA musical muito bem definido, afinal, estamos em outra era, em um novo século, com outros ritmos, mas a busca por uma sonoridade que vem do passado e que para muitos é jurássica é facilmente detectável nos jovens de hoje.
A cada ano que passa a sua imensa legião de fãs só aumenta, pois a busca incessante a um tipo de música muito peculiar, muito estranha para alguns, de difícil entendimento e relacionamento em alguns momentos, continua até hoje e que já ultrapassa a casa dos quarenta anos desde seu início.
Esse pequeno preambulo tem uma razão de ser, pois um fato acontecido recentemente comigo no Metrô do Rio de Janeiro, chamou minha atenção, pois como usuário do serviço, habitualmente eu aproveito o tempo de viagem para escutar minhas músicas e mentalmente da vida a uma nova resenha.
Em geral eu escuto um pouco alto e como já havia certo tempo que esperava em pé na estação a chegada de uma nova composição, um rapaz de uns vinte anos no máximo que estava junto a mim, me abordou e perguntou o que estava escutando, imagine só, “Atom Heart Mother”.
Expliquei ao jovem que se tratava do Pink Floyd e eu cedi um dos fones para que pudesse escutar melhor e ele muito impressionado com a música me perguntou se era nova e eu disse que sim, é de 1970, ele me olhou desconfiado e disse “sério” e eu retruquei de volta, “sim”.
Ele mostrou-se muito entusiasmado com o que tinha escutado e disse que conhecia alguns trabalhos da banda como “The Wall” e “The Dark Side of the Moon”, ou seja, álbuns que tiveram algumas de suas músicas expostas nas rádios FM’s não especializadas, mas em tempos de Lady Gaga, Shakira, Hihanna e companhia (...a esta altura, Madonna já é considerada objeto de exploração arqueológica...) com exposição maciça em todas as mídias, fica muito difícil ser reconhecido.
Que fique bem claro que não tenho nada contra com os nomes acima citados e muito menos com a música por elas produzidas, pois afinal de contas, continua sendo música e acho que há espaço para todos, só as rádios FM’s é que ainda não enchergaram isso, mas enfim, é um alento ver que ainda tem gente, de sangue novo, interessada em conhecer um pouco mais do rock progressivo.
Obviamente para facilitar a vida do cidadão que ficou encantado com a música, mandei-o procurar o disco da “vaca” nas lojas Americanas pois lá é mais barato e fácil de encontrar, portanto, se este fato acontece em terras tupiniquins, imaginem na Europa, onde fatalmente estas músicas são tocadas até hoje em rádios especializadas (.... quantas saudades da “Eldopop”, da “Roquete Pinto”, da “Maldita” e de tantas outras que foram extintas...), chegando até aos ouvidos dos mais jovens, perpetuando a banda e uma das discografias mais fantásticas do rock.
Como o centro das atenções voltou-se para a música, “Atom Heart Mother”, nada mais justo do que disponibilizar um excelente bootleg, "First Australian Show", onde há uma versão sem orquestra ou coro, ou seja, totalmente visceral, cem por cento a banda, expondo o talento dos quatro jovens músicos, com um vigor músical invejável e que encantavam as plateias por onde passavam e este bootleg, por sinal muito antigo, é o registro do primeiro concerto de rock da banda em solo Australiano.
Relativo ao álbum, o único comentário pertinente , é que a música “Echoes” é tocada antes mesmo de seu lançamento oficial no álbum “Meddle” que só seria lançado em outubro/novembro deste mesmo ano, com algumas alterações na letra e arranjos em relação a versão oficial.
ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!
Musicians:
Musicians:
David Gilmour
Nick Mason
Roger Waters
Richard Wright
Nick Mason
Roger Waters
Richard Wright
Tracks:
01 Atom Heart Mother
02 Green Is The Colour
03 Careful With That Axe, Eugene
04 Set The Controls For The Heart Of
05 Echoes
06 Cymbaline
LINK
“Atom Heart Mother”"
"Cymbaline"
Nenhum comentário:
Postar um comentário