Entra década, sai década, mas Jazz continua incólume em sua trajetória, nada o abala, não há concorrência com outro estilo musical, muito menos concorre entre seus sub-estílos, além de não possuir nenhum predador natural e habitualmente funcionar sem a necessidade interferir com outras doutrinas musicais para sobreviver e sempre está agregando novos adeptos desde o início do século passado.
O tanto o Jazz como Blues, têm suas origens definidas com a chegada dos povos africanos (escravos) que desembarcaram nas terras de “Tio Sam”, por volta do ano de 1810 e em maior escala nos Estados da Georgia e do Mississipi, porém sua aceitação pela sociedade escravagista dentro e fora dos EUA, só acontece realmente no início do século vinte.
O curioso neste “embroglio” todo, é que se levar-mos em conta que são mais de cem anos de história e a rigor não houve grandes mudanças no estilo do Jazz ao longo deste período, havendo sim, alguns ajustes para adaptá-lo a algum momento que estava impondo novas sonoridades, funcionando como uma modernização espontânea para imortalizá-lo e consequentemente permitir a existencia de adoradores do Jazz desde seu período inicial até hoje, ou seja, é um movimento musical imortalizado.
Toda esta ladainha, apenas para chegar ao álbum, “Talk Back” de Klaus Doldinger e seu Passport, que mais uma vez aparece com uma nova formação, mas isso de forma alguma é um problema, aliás, eu começo a acreditar que o povo Alemão tem alguma característica especial que resolva este tipo de problema, pois outro gênio da música chamado, Frank Bornemann, que é o mentor intelectual de sua banda, o Eloy, padece do mesmo mal, porém a qualidade musical, tanto das composições, bem como de sua execução são sempre da melhor qualidade.
E não é problema mesmo, pois relativo às composições, Klaus Doldinger é envolto em uma aura de inspiração que é muito rara, pois eu apenas aprecio o Jazz de forma bem comedida e confesso que conheço muito pouco ou mesmo nada sobre o assunto, porém a música feita por ele, eu gosto muito, como se fosse o rock progressivo do Eloy, Yes, Genesis, Camel, Pink Floyd e tantos outros que eu tanto amo.
Quando nos dirigimos à execução de qualquer álbum do Passport, não importando se é do início da carreira ou mais recente, o sentimento é sempre o mesmo,....“que puta banda”...., e honestamente a perplexidade aumenta mais ainda, quando se chega à ficha técnica do álbum, são nomes absolutamente desconhecidos que produzem um resultado altamente positivo, com performances admiráveis, pois Klaus Doldinger prima por fazer uma música que dá oportinidades a todos os músicos aparecerem, portanto, ele sempre está muito bem acompanhado.
Bem, o álbum, “Talk Back” em nada foge a regra, tendo em vista que suas músicas são muito agradáveis, algumas até adoráveis e no caso específico deste álbum, o único nome comum para mim, é o de Klaus Doldinger e o resultado final desta peça é muito bom e merece ser apreciado por todos.
ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!
Musicians
Alphonse Mouzon / drums
Klaus Doldinger / keyboards, all saxophones
Brian Auger / keyboards
Guillermo Marchena / percussion
Victoria Miles / vocals
Jochen Schmidt / bass
Hermann Weindorf / keyboards
Todd Caneby / vocals
Julio Matta / percussion
Christin Sargeant / vocals
Roykey Whydh / guitar
Tracks:
01. Intro (1:05)
02. Dancing In The Wind (5:34)
03. Fire Walking (3:17)
04. City Blue (5:14)
05. Sahara (5:30)
06. Up Front (5:19)
07. Nico's Dream (6:05)
08. Todo Legal (4:44)
09. Talk Back (5:49)
LINK
"Todo Legal"
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