“Colours”, é um nome sugestivo e muito bem colocado para uma capa extremamente psicodélica, que serviu de título para o décimo álbum de estúdio do Eloy, o laboratório de criação musical de Frank Bornemann, o gênio alemão do rock progressivo.
Como de costume, a formação da banda mais uma vez sofreu algumas modificações em relação ao álbum anterior, “Silent Cries and Mighty Echoes”, mas isso para a banda nunca foi um problema, porque a rigor todos que passaram pela banda, sempre foram músicos de primeira linha e a espinha dorsal e alma do grupo, é o próprio Frank Bornemann.
Este álbum para mim, marcou o início de outra etapa na vida musical do Eloy, pois os tempos já eram outros, começava a década de oitenta, período musical bem complicado, com novos conceitos musicais surgindo e tudo mais, mas mesmo assim, é um bom álbum, bom não, um excelente álbum, pois a música do Eloy, curiosamente evolui com o tempo, mas não perde suas características básicas, talvez por conta da insistência de Frank Bornemann e criar suas peças musicais, muito mais em função da arte propriamente dita do que por interesses comerciais.
Mesmo quando Frank Bornemann faz apenas um “Feijão com Arroz” o que não é caso deste álbum, o resultado sempre é muito positivo, pois ele tem o dom da música correndo em suas veias, produzindo trabalhos elogiáveis ao longo de toda a sua carreira.
As músicas de “Colors” ganharam uma nova sonoridade, bem apropriada aos novos tempos, mas permeada por orgãos e sintetizadores que garantem a atmosfera espacial que é acompanhada de perto pela guitarra de Frank Bornemann.
A bem da verdade, “Colours” é o abre alas de dois excelentes álbuns, “Planets” de 1981 e “Time to Turn” de 1982, já postados anteriormente aqui ni blog e que são duas obras primas do rock feitas em sequência e que acabaram formando uma trilogia muito interessante e reveladora, pois fecham um ciclo muito produtivo e inovador do grupo, pois em meu entendimento a banda só se reencontraria com a música progressiva nativa em 1988 com lançamento de “Ra”, outra jóia feita pelo ourives musical Frank Bornemann.
Resumo da ópera, para gostar do álbum, “Colours”, basta escutá-lo, pois nada mais é preciso para que este fenômeno aconteça, ou seja, o recomendo de olhos fechados e ouvidos muito abertos, sem medo de estar errando em meu conceito.
ALTAMENTE RECOMENDADO !!!
Hannes Arkona / guitars
Frank Bornemann / vocals, guitars
Hannes Folberth / keyboards
Klaus-Peter Matziol / bass, vocals
Jim McGillivray / drums, percussion
Edna & Sabine / voices (1)
Tracks:
01. Horizons (3:20)
02. Illuminations (6:19)
03. Giant (6:05)
04. Impressions (3:06)
05. Child Migration (7:23)
06. Gallery (3:08)
07. Silhouette (6:57)
08. Sunset (3:15)
Bonus tracks on remaster (2005):
09. Wings Of Vision (4:14)
10. Silhouette (single edit) (3:30)
LINK
"Illuminations"
"Silhouette"
"Silhouette"
2 comentários:
Sempre quando vc posta Eloy, meu caro Gilberto, não posso deixar de comentar. Em primeiro lugar, a capa é belíssima, como quase todas as capas do Eloy.
O progressivo está presente em "Colors", mas ficou um pouco mais hard rock q os posteriores e alguns dos álbuns anteriores da banda.
A primeira faixa nos surpreende, pois pode-se dizer q é eletrônica, cantada por vozes femininas.
Eu acho q o "Performance" e mais ainda o "Metromania" são superiores ao "Ra", q tb é um bom disco, mas mais comercial, repleto de sequenciadores, bateria programada, e, infelizmente, a voz do grande Frank Bornemman já não era mais a mesma. Na verdade, "Ra", é um disco solo de Bornemann. No "Performance" e no "Metromania" o Eloy ainda era uma banda, com lindos solos de sintetizadores, possante som do baixo...
No entanto, penso q no "Ra" , Bornemann evoluiu como guitarrista. As letras são ótimas, bem viajantes.
Ótimo post, resenha idem.
Abraços, Gustavo
Meu irmão,
Sua presença aqui é sempre muito bem vinda e seus comentários mais ainda......
A bem da verdade, qualquer trabalho do Eloy para mim sempre foi e sempre será muito bom, mas o que acontece é que sempre temos uma preferência, maior por um ou outro trabalho e "Ra" para mim é um destes.....
O mais legal de tudo é saber que a banda ainda está na ativa, seu último trabalho para mim foi uma gratíssima surpresa, apesar que Frank Bornemann tenha exagerado um pouco nos vocais, mas o importante é que o Eloy ainda está vivo e com isso o rock progressivo também....
Estou devendo várias visitas ao seu blog, mas infelizmente minha rotina profissional mudou muito e agora vivo dentro de uma ponte aérea, o que tem tomado muito do meu tempo livre para escrever e visitar os blog dos amigos, mas com o tempo as coisas vão se ajustando e voltando ao normal.....
Volte sempre!!!!
Forte braços
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