domingo, setembro 02, 2012

PINK FLOYD - "Before The Fire - The Fireman Tapes III" - 1970

Como o blog está chegando à marca dos 500.000 acessos de página, conforme o contador a direita, isto logicamente por obra e graça de todos que aqui frequentam, me bateu aquela dúvida na hora de postar algo para comemorar o feito, que não é meu, mas sim de todos nós, pois banda boa e representativa é o que não falta em nossa tribo para fazer a trilha comemorativa.

Resolvi fazer uma pesquisa de clima em diversos outros blogs, inclusive nos de Heavy Metal, que por sinal eu também gosto muito, e daí amigos, brotou um nome, “Pink Floyd”, quase uma unanimidade, difícil encontrar alguém que não goste. 

Não muito satisfeito, comecei a encher o saco dos amigos, principalmente os que não são muitos chegados em rock, mas com uma pequena estimulada, o primeiro nome que surgia na maioria dos casos, era o do Pink Floyd, figurando acima até dos “Beatles”, sem dúvidas um feito e tanto, mas como estamos falando de um fenômeno, nada muito fora do esperado. 

Mas esse fenômeno tem um nome, aliás, um não, vários, como, “The Dark Side of the Moon”, “Wish You Were Here”, “The Wall” e ainda teve um maluco que se lembrou do “disco da Vaca”, que traduzindo para uma linguagem compreensível, passa a se chamar, “Atom Heart of Mother”, para mim, disparado o melhor e mais visceral álbum que produziram, mas isto é uma impressão pessoal, sem valor técnico algum. 

Refleti um pouco sobre esta breve pesquisa e a conclusão que chego, é que o Pink Floyd é uma das bandas mais populares do planeta, independente do gosto musical e principalmente da idade, pois até a galerinha mais nova, dá um valor muito grande ao trabalho da banda, basta lembrar os shows memoráveis que a lenda viva, Roger Waters deu aqui no Brasil muito recentemente, deixando do netinho ao vovô, todo mundo de queixo caído. 

Bem, já que o nome é o Pink Floyd, vamos a fundo até o ano de 1970, ano da gravação de “Before The Fire - The Fireman Tapes III”, no Altes Casino, Montreux, Suíça, em um simples palco, contando apenas com a garra, a emoção e um talento imensurável que aqueles quatros jovens, disponibilizaram neste show. 

Dá gosto de ver e ouvir quatro figurinhas, municiadas de seus instrumentos musicais, apontando para uma plateia totalmente hipnotizada e indefesa diante de uma música envolvente, tocada sem caretas ou trejeitos, apenas valendo-se de suas habilidades individuais, que quanto misturadas, produzem a química perfeita, provocando reações imprevisíveis na mente, literalmente carregando-nos para a tão sonhada “viagem” que gostamos de fazer quando estamos em contato com nossos heróis. 

A simplicidade é o maior trunfo do Pink Floyd, pois apesar de toda a sofisticação que eles impõem em sua música, tudo é feito de forma simplória, harmoniosa e muito bem dosada em todos os aspectos que as envolvem e basta dar uma olhada para a capa deste bootleg, para entender o que estou querendo dizer, pois não há nada de mais, além dos quatro músicos em um minúsculo palco, e numa escala inversamente proporcional, nos brindam com a grandiosidade que conseguem conferir às suas músicas. 

Eu não tinha pensado em comentar as músicas, mas não posso me calar diante da guitarra de David Gilmour, que está simplesmente “matadora” e da atuação do querido, Rick Wright e seu teclados, permeando o enredo da música, “Atom Heart of Mather”, a qual, só ouso botar lado-a-lado de músicas de mesma grandeza, como, “Superas Ready” do Genesis, “Tarkus” do ELP e a íntegra “Tales From Topgraphics Oceans” do Yes, que são marcos históricos do rock progressivo, verdadeiras sinfonias do mundo moderno, com um grau de complexidade e virtuosismo fora do normal. 

Finalizando, só resta agradecer muito a todos que por aqui passaram e fizeram deste espaço, uma sala de estar, um ponto de encontro, com comentários e críticas sempre muito bem vindas, pois através delas, novos conceitos e conhecimentos chegaram até aqui, proporcionando a evolução natural do blog desde a época de sua criação a pouco mais de dois anos atrás, portanto amigos, mais uma vez, obrigado!!! 

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!!

Pink Floyd:
David Gilmour — vocal, guitarra, baixo, teclado, efeitos especiais
Roger Waters — vocal, baixo, guitarra, percussão, programação
Richard Wright — teclado, vocal, órgão, piano, sintetizador, mellotron
Nick Mason — bateria, percussão, programação

Tracks:
01 Astronomy Domine [10:33]
02 Fat Old Sun [13:56]
03 Atom Heart Mother [18:19]
04 Cymbaline [11:43]
05 Embryo [13:00]
06 Blues [9:11]


"Pink Floyd - Live - Altes Casino , Montreux Festival"

4 comentários:

Roderick Verden disse...

Ótimo post, Gustavo.

Possivelmente, um fã mais radical do Pink Floyd , dirá que não sou fã da banda, pelo que vou acabar de dizer: tenho 14 discos de estúdio do Floyd, 13 vinis e o "The Division Bell" em cd(todos nacionais). Tenho uns dez(ou mais) em mp3, entre bootlegs e coletânea de singles. Mas, não tenho o "Pulse" e nem o "Delicated Sound of Thunder". O segundo, já tive em vinil, mas o passei. A meu ver, esses álbuns não são do PF, são do David Gilmour, tocando músicas da banda, acompanhado por muitos músicos coadjuvantes, incluindo os ex-Pink Floyd, Richard Wright e Nick Mason. E quanto ao Roger Waters tocando músicas do grupo, consegue ser mais chato ainda, mais entediante .

Você falou bem ao se referir à simplicidade, além de ter dito que a grande banda, naquela época, não fazia coisas como caretas. O Pink Floyd do "Pulse" e o Roger Waters tocando Floyd, primam pela pompa: gordos, cabelos grisalhos ou carecas, ainda ficam rindo, "felizes"...

Pink Floyd é este aí, do post: um quarteto, simples e muito eficiente!

Parabéns pelo post e por ser tão visitado.

Tudo de bom!

Gustavo disse...

Meu amigo,

A tribuna aqui é livre e seus comentários são muito bem vindos sempre!!!!

Minha visão é a seguinte sobre o seu comentário: Claramente para mim existem dois Pink Floyds, sendo um "Arte" e outro "Show", ou seja, com a banda completa, temos o Pink Floy "Arte" em evidência e sem Roger Waters, temos o Pink Floyd "show", com produções Holywoodyanas, abusando de muita pirotecnia e efeitos visuais em detrimento da música, que é o que eles sabem fazer....

Para não ficar atrás, Roger Waters seguiu o mesmo caminho que o resto do Pink Floyd trilhou...

Mas apesar de tudo, eu não desgosto desta nova versão do Pink Floyd ou de Roger Waters isoladamente, mas com certeza, a primeira "Era" da Banda é infinitamente, muito melhor.....

Abração,

Gustavo

Reino disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

Reino disse...

Discordo totalmente, pink floyd é a maior banda da História, muito maior e melhor que Beatles, e os ingleses sabem disto. Os Shows Pirotecnicos e sofisticados iniciados principalmente com o album The Wall deu ainda mais força e vida a grande representação que as letras e melodias floydianas significam. Quem toca guitarra e intendi de música sabe que David Gilmour é o melhor guitarrista e um dos melhores vocalistas da História e Waters o melhor escritor e compositor, e concerteza tudo isso fica ainda melhor com efeitos e representações.
Resumindo: O pink floyd antigo é fantástico mas o pink floyd moderno (1979 a 1995)é melhor ainda.

ResponderExcluir