quinta-feira, agosto 15, 2013

ELOY - "Live in Koblenz" - 1982

Em abril de 1982, acontecia na bucólica cidade de Koblenz, Alemanha, mais uma apresentação do Eloy, provavelmente na turnê de divulgação do álbum “Planets” onde já era possível ouvir quase que a totalidade do álbum, “Time to Turn”, um dos álbuns mais legendários e emblemáticos do rock progressivo dos anos oitenta, que seria lançado no mês de agosto daquele mesmo ano, gerando este bootleg, “Live in Koblenz”.

Falar de Eloy é no mínimo falar de Frank Bornemann, possuidor de uma mente genial, o cérebro e a espinha dorsal de uma das melhores bandas de rock progressivo de todos os tempos, sendo ele uma figura incrivelmente carismática e que ao longo de toda a trajetória da banda, soube manter ao seu lado, músicos de primeiríssima categoria e como é sabido por todos, não foram poucos, pois praticamente a cada álbum de estúdio, uma nova formação era criada.

O grande diferencial do Eloy em relação às demais bandas do mesmo segmento musical, fora o fato da existência de Frank Bornemann, é a capacidade de recuperação, frente às mudanças de músicos, que como já havia dito anteriormente foram muitas, chegando a um total de quinze músicos ao longo de quatro décadas de dedicação ao rock progressivo.

Koblenz
O mais interessante é que isto aconteceu sem que  fosse levado em conta os modismos musicais que foram surgindo no curso da história, o que de per si,  mostra a perseverança de Frank prova o valor do trabalho feito pela banda em todas as fases de sua extensa discografia,  que está em torno de uns vinte álbuns de estúdio. 

Mesmo com esse tipo de problema, que de certo ponto é muito grave, pois não basta a origem e a essência da música ser boa, pois tem que haver um entrosamento muito sólido entre os músicos, para absorver a demanda que este tipo de música exige e isto é um fato inegável e incontestável quando o assunto é o rock progressivo e com publico também, que fatalmente vai criando um vínculo com os músicos de sua preferência, portanto, o entra e sai de músicos que caracterizou vida da banda é um fato preocupante.

Frank Bornemann
Entretanto, ao contrário do que seria o esperado para uma situação tão caótica como esta, a música produzida pelo Eloy, independentemente do direcionamento dado por Frank Bornemann que esteve à frente dos caminhos que a banda se submeteu, manteve uma uniformidade musical incrível, só possível acredito eu, com o apoio total e irrestrito dos músicos que pela banda passaram.

Se por exemplo, levarmos em conta que houve cinco tecladistas diferentes na banda e que para este tipo de música, o teclado é fundamental, pois cria uma identidade entre a banda e o seu público, pelo modo de se executar e pelo tipo de equipamento usado e mesmo assim a atração pela banda não diminui, isto é um mérito que não podemos nos esquecer. 

Para esta apresentação, o Eloy teve em seu elenco, Klaus Peter Matziol, Hannes Folberth, Hannes Arkona, Fritz Randow, e o apoio de duas backing vocals, Amy e Romy para completar o grupo.

Com a exceção das músicas, "Behind The Walls Of Imagination" e "Magic Mirrors", as demais músicas do álbum, “Time to Turn”, estão dividindo o espaço com músicas dos álbuns “Planets”, “Oceans” e “Colours”, outros grandes álbuns da discografia da banda.

Em geral não há muito mistério ou maiores novidades em se tratando do Eloy, pois o esperado é sempre uma explosão de talento, virtuosismos não exacerbados, com um consequente encantamento pelo show, portanto, não resta mais nada se não, recomendar o álbum por tudo o que ele representa.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Eloy:
Frank Bornemann - guitar, vocal
Klaus-Peter Matziol - bass
Hannes Arkona - guitar
Hannes Folberth - keyboards
Fritz Randow - drums

Amy - backing vocals
Romy - backing vocals


Tracks:
CD01:
01. On The Verge Of Darkening Lights 11:49
02. Mysterious Monolith 8:14
03. Queen Of The Night 5:19
04. Sphinx 10:36
05. Through A Somber Galaxy 11:06
06. Time To Turn 5:05
07. End Of An Odyssey 10:15
08. The Flash 5:45
09. Say, Is It Really True ? 6:00
CD02:
01. Illuminations > drum solo 15:52
02. Horizons > (band intro) 5:49
03. Child Migration 6:46
03. Silhouette 4:39
04. Poseidon's Creation 10:29


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2 comentários:

ANC. - There Can Only Be One - disse...

PITACOS DO ANC.

Diz a Lenda que Mike Rutherford, estava tão obcecado em encontrar um guitarrista à altura de Anthony Phillips, que estava praticamente descartando todos guitarristas que se apresentavam para a vaga, Por sorte, quando Steve Hackett, foi fazer sua audição, quem estava presente era Peter Gabriel e Tony Banks...O Resto é história.

A substituição de um tecladista no Yes era praticamente um parto de porco espinho...

Frank Bornemann, trocou cinco tecladistas no Eloy, sem modificar praticamente em nada o som, a qualidade e a identidade da banda.

Dentro dessa lógica, eu acredito que o melhor tecladista que o Eloy teve em sua formação foi Frakn Bornemann.

ANC. O ÚNICO
FORA FRIPP!!

Gustavo disse...

Velhão,

Dentro da sua lógica, Frank Bornemann além de tecladista é um MAESTRO nato....

Abraços meu velho,

Gustavo