quinta-feira, agosto 29, 2013

GENTLE GIANT & YES - "Live At PNE Coliseum - Vancouver" - 1976

Gentle Giant & Yes juntos em uma única apresentação, é um presente dos Deuses da música que só poderia acontecer mesmo nos anos de ouro do rock, claro, os eternos anos setenta, com toda a sua magia e misticismo.

As bandas que são representantes de um mesmo movimento musical atuam de forma diametralmente opostas, obtendo cada uma a sua maneira, um resultado surpreendentemente positivo, portanto, ficamos diante de uma apresentação especialíssima e rara de acontecer. 

Este show aconteceu no PNE Coliseum, em Vancouver, Columbia Britânica, Canada em julho de 1976 e o show  foi aberto com a presença do Gentle Giant no palco, apresentando seus grandes sucessos como, Just the Same, Proclamation, Free Hands, Octopus e dando uma mostra do que seria o álbum “Interview” com a música “I lost My Head”.

O Gentle Giant tem seu merecido reconhecimento, principalmente por seu estilo único em utilizar tons desarmônicos ao compor suas músicas e também por reunir músicos tão ecléticos e refinados como os irmãos Shulman, Derek e Ray, bem como Kerry Minear, Gary Green e John Weathers, presentes neste bootleg, mas lembrando de que também passaram pela banda, Phil Shulman, Martin Smith e Malcolm Mortimore.

Infelizmente estiveram em atividade apenas entre os anos de 1970 até 1980, produzindo onze álbuns de estúdio, dezoito álbuns de shows que foram sendo lançados a partir de 1977, com o legendário “Playing the Fool” e os demais até 2009, bem como sete coletâneas contendo seus melhores trabalhos.

Quanto a este show, como sempre tiveram uma apresentação impecável e bem humorada, aliás, outra marca registrada da banda, que prima por shows bem dinâmicos e divertidos para o deleite de  sua não menos eclética legião de fãs.

Na sequência, vem o Yes, carregado de toda a sua força e magia, mesmo sem a presença de Rick Wakeman que a esta altura estava em turnê solo e tinha sido substituído pelo franco-suíço, Patrick Moraz, que teve participação fundamental em um dos álbuns mais aclamados da banda, “Relayer”, que havia sido lançado em 1974, sendo ele o único músico que conseguiu suprir a falta de Rick Wakeman no comando dos teclados do Yes.

Nesta apresentação, temos praticamente todas as peças de “Relayer”, inclusas, com a exceção de “To be over”, mas curiosamente, “Ritual”, peça importante de “Tales From Topographics Oceans” está inclusa na íntegra e por sinal muito bem executada, assim como Siberian Khatru, I've Seen All Good People, Heart Of The Sunrise, Long Distance Runaround e solos de Patrick Moraz, Jon Anderson e Steve Howe.

Comentários sobre shows do Yes nos anos setenta são totalmente desnecessários e sem sentido, pois não há mais o que dizer a respeito por razões óbvias, entretanto, este show em particular, será a ligação e o motivo necessário para justificar a próxima postagem de um bootleg do Yes, pois mesmo desfalcado de um músico de peso como Rick Wakeman, a magia e o poder de atração da música não se perderam, pois havia sinergia entre os músicos, portanto, este álbum certamente é um grande convite ao contato com a música do Yes em um de seus melhores momentos.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Gentle Giant:
Gary Green / guitars
Kerry Minnear / keyboards
Derek Shulman / vocals, saxes
Ray Shulman / bass, violin
John Weathers / drums

Yes:
Jon Anderson / vocals
Chris Squire / bass and vocals
Patrick Moraz / keyboards
Alan White / drums
Steve Howe / guitars and vocals


Tracks:
CD 1 (Gentle Giant) 
01 Just The Same
02 Proclamation
03 Valedictory
04 Excerpts From 'Octopus':
 (The Boys In The Band, Raconteur Troubadour, Acquiring The Taste, Knots, Organ Bride, The Advent Of Panurge)
05 So Sincere / Drum Solo
06 Free Hand
07 Peel The Paint / I Lost My Head (interview)
CD 2 (Yes)
01 Apocalypse
02 Siberian Khatru
03 Sound Chaser
04 I've Seen All Good People
05 The Gates Of Delirium
CD 3 (Yes)
01 Long Distance Runaround
02 Patrick Moraz Solo
03 Steve Howe Solo
04 Jon Anderson Solo
05 Heart Of The Sunrise
06 Introduction To Ritual
07 Ritual
08 Roundabout (incomplete)


GENTLE GIANT
  
 YES
 

sábado, agosto 24, 2013

CAMEL - "Rainbow's End: Anthology 1973-1985" - 2010

Como o Camel anda um tanto esquecido aqui pelo blog, nada mais justo do que postar esta belíssima coletânea, intitulada, “Rainbow's End - A Camel Anthology 1973 - 1985”, que foi lançada em 2010, cobrindo as obras mais significativas da discografia oficial da banda.

Para os mais desavisados, vale salientar que o Camel é um dos expoentes do rock progressivo que com muita simplicidade, desenvolveram um estilo muito próprio de criar suas composições e com isto conquistaram uma imensurável legião de fãs espalhadas por todos os cantos do planeta.

Eles são os detentores de álbuns no mínimo memoráveis, como, ”Camel”, “Mirage”, “The Snow Goose”, “Moonmadness”, “Rain Dances”, “Breathless” e “Ican see your house from here”, que cobrem toda a década de setenta de forma impecável.

De 1971 até 1976, a banda teve como músicos, Andrew Latimer; Peter Bardens; Doug Ferguson; Andy Ward, que deram o tom e ditaram a tônica da essência do Camel ao longo de sua trajetória, pois se levarmos em consideração que passaram pelo grupo pelo menos uns vinte músicos após 1976, os trabalhos que vieram a seguir, se não tinham mais a magia dos anos setenta, pelo menos não deixaram a desejar em nenhum momento.

Eles produziram entre 1973 e 2002, quatorze álbuns de estúdio, nove álbuns “alive” entre 1978 e 2001, oito compilações (inclusive esta) entre 1981 e 2010, bem como oito DVDs entre 1984 e 2010 e um sem número de bootlegs para complementar toda a obra da banda.

Os álbuns “Mirage”, “The Snowgosse” e “Moonmadness”, para mim, formam a “Santíssima Trindade” da banda, onde estão depositadas as músicas mais representativas de uma época, verdadeiras gemas, coisa de gênio, simplesmente inigualáveis por sua simplicidade estética, sendo elas o centro das atenções, pois são desprovidas de virtuosismo e arabescos muito característicos dos músicos daquela época.

O Camel nunca teve uma estrela solitária em seu DNA, teve sim, excelentes músicos, que colocaram a música em primeiro lugar ao invés de exporem seus dotes artísticos ao extremo, dosando com sabedoria suas aptidões e consequentemente produzindo uma música diferenciada em relação às demais bandas de rock progressivo.

Grande sucessos como, Never Let Go , Freefall, Lady Fantasy, Earthrise, Lunar Sea, Air Born, First Light, Rain Dances, The Great Marsh, Rhayader Goes To Town e mais umas cinquenta músicas, oferecem pelo menos, umas quatro horas de entretenimento garantido, pois afinal de contas, estamos nos referindo ao Camel

“Rainbow's End - A Camel Anthology 1973 - 1985”, além das músicas que estão divididas em quatro CDs que mesclam músicas gravadas em estúdio e nos shows, oferece também, um belíssimo encarte, ricamente ilustrado, onde boa parte da história da banda é contada em detalhes, portanto fica a sugestão para que ouçam este álbum.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!


Camel:
Andrew Latimer / guitar, vocals, flutes, keyboards
Doug Ferguson / bass, vocals
Andy Ward / drums, percussion, vibraphone
Peter Bardens / keyboards, vocals, organ, Mellotron, synthesizer, piano, electric piano, Mini Moog, pipe organ
Mel Collins / saxophones, flute, piccolo
Richard Sinclair / bass, vocals
Jan Schelhaas / keyboards, Moog, grand piano
Dave Sinclair / keyboards
Kit Watkins / keyboards, Hammond organ, Moog, Mini Moog, clavinet, flute
Colin Bass / bass, vocals
Andy Dalby / guitar
Chris Rainbow / vocals, keyboards
David Paton / bass, fretless bass, vocals
Stuart Tosh / drums, backing vocals
Ton Scherpenzeel / keyboards, grand piano, accordion
Paul Burgess / drums

Tracks:
CD 1
01. Slow Yourself Down (Camel - 1973)
02. Never Let Go (Camel - 1973)
03. Curiosity (Camel - 1973)
04. Mystic Queen (Camel - 1973)
05. Nimrodel /The Procession /The White Rider (Mirage - 1974)
06. Freefall (Mirage - 1974)
07. Earthrise (Mirage - 1974)
08. Lady Fantasy (Original Mix)
09. Liggmg At Louis (A Live Record - 1978)
10. Arabaluba (Camel - 1973)
11. Supertwister (Mirage - 1974)

CD 2
01. Homage To The God Of Light (Marquee Club - 1974)
02. The Great Marsh (The Snow Goose - 1975)
03. Rhayader (The Snow Goose - 1975)
04. Rhayader Goes To Town (The Snow Goose - 1975)
05. Preparation (The Snow Goose - 1975)
06. Dunkirk (The Snow Goose - 1975)
07. Aristillus (Moonmadness - 1976)
08. A Song Within A Song (Moonmadness - 1976)
09. Air Born (Moonmadness - 1976)
10. Spirit Of The Water (Moonmadness - 1976)
11. Chord Change (Moonmadness - 1976)
12. Another Night (Moonmadness - 1976)
13. First Light (Rain Dances - 1977)
14. Elke (Rain Dances - 1977)

CD 3
01. Tell Me (Rain Dances - 1977)
02. Metrognome (Rain Dances - 1977)
03. Unevensong (Rain Dances - 1977)
04. Lunar Sea (Moonmadness - 1976)
05. Rain Dances (Rain Dances - 1977)
06. Echoes (Breathless - 1978)
07. Starlight Ride (Breathless - 1978)
08. Breathless (Breathless - 1978)
09. Rainbow's End (Breathless - 1978)
10. Survival (I Can See Your House From Here - 1979)
11. Hymn To Her (I Can See Your House From Here - 1979)
12. Ice (I Can See Your House From Here - 1979)
13. City Life (Nude - 1981)
14. Nude (Nude - 1981)
15. Drafted (Nude - 1981)
16. Lies (Nude - 1981)

CD 4
01. Docks (Nude - 1981)
02. Beached (Nude - 1981)
03. Captured (Nude - 1981)
04. Summer Lightning (Breathless - 1978)
05. Sasquatch (The Single Factor - 1982)
06. Heroes (The Single Factor - 1982)
07. Selva (The Single Factor - 1982)
08. A Heart's Desire (The Single Factor - 1982)
09. End Piece (The Single Factor - 1982)
10. In The Arms Of Waltzing Fraulines (Stationary Traveller - 1984 Bonus Tracks)
11. Cloak And Dagger Man (Stationary Traveller - 1984)
12. Stationary Traveller (Stationary Traveller - 1984)
13. Long Goodbyes (Stationary Traveller - 1984)
14. Pressure Points (Stationary Traveller - 1984)
15. West Berlin (Stationary Traveller - 1984)
16. Fingertips (Stationary Traveller - 1984)
17. Rhayader (The Snow Goose - 1975)
18. Rhayader Goes To Town (The Snow Goose - 1975)

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quinta-feira, agosto 15, 2013

ELOY - "Live in Koblenz" - 1982

Em abril de 1982, acontecia na bucólica cidade de Koblenz, Alemanha, mais uma apresentação do Eloy, provavelmente na turnê de divulgação do álbum “Planets” onde já era possível ouvir quase que a totalidade do álbum, “Time to Turn”, um dos álbuns mais legendários e emblemáticos do rock progressivo dos anos oitenta, que seria lançado no mês de agosto daquele mesmo ano, gerando este bootleg, “Live in Koblenz”.

Falar de Eloy é no mínimo falar de Frank Bornemann, possuidor de uma mente genial, o cérebro e a espinha dorsal de uma das melhores bandas de rock progressivo de todos os tempos, sendo ele uma figura incrivelmente carismática e que ao longo de toda a trajetória da banda, soube manter ao seu lado, músicos de primeiríssima categoria e como é sabido por todos, não foram poucos, pois praticamente a cada álbum de estúdio, uma nova formação era criada.

O grande diferencial do Eloy em relação às demais bandas do mesmo segmento musical, fora o fato da existência de Frank Bornemann, é a capacidade de recuperação, frente às mudanças de músicos, que como já havia dito anteriormente foram muitas, chegando a um total de quinze músicos ao longo de quatro décadas de dedicação ao rock progressivo.

Koblenz
O mais interessante é que isto aconteceu sem que  fosse levado em conta os modismos musicais que foram surgindo no curso da história, o que de per si,  mostra a perseverança de Frank prova o valor do trabalho feito pela banda em todas as fases de sua extensa discografia,  que está em torno de uns vinte álbuns de estúdio. 

Mesmo com esse tipo de problema, que de certo ponto é muito grave, pois não basta a origem e a essência da música ser boa, pois tem que haver um entrosamento muito sólido entre os músicos, para absorver a demanda que este tipo de música exige e isto é um fato inegável e incontestável quando o assunto é o rock progressivo e com publico também, que fatalmente vai criando um vínculo com os músicos de sua preferência, portanto, o entra e sai de músicos que caracterizou vida da banda é um fato preocupante.

Frank Bornemann
Entretanto, ao contrário do que seria o esperado para uma situação tão caótica como esta, a música produzida pelo Eloy, independentemente do direcionamento dado por Frank Bornemann que esteve à frente dos caminhos que a banda se submeteu, manteve uma uniformidade musical incrível, só possível acredito eu, com o apoio total e irrestrito dos músicos que pela banda passaram.

Se por exemplo, levarmos em conta que houve cinco tecladistas diferentes na banda e que para este tipo de música, o teclado é fundamental, pois cria uma identidade entre a banda e o seu público, pelo modo de se executar e pelo tipo de equipamento usado e mesmo assim a atração pela banda não diminui, isto é um mérito que não podemos nos esquecer. 

Para esta apresentação, o Eloy teve em seu elenco, Klaus Peter Matziol, Hannes Folberth, Hannes Arkona, Fritz Randow, e o apoio de duas backing vocals, Amy e Romy para completar o grupo.

Com a exceção das músicas, "Behind The Walls Of Imagination" e "Magic Mirrors", as demais músicas do álbum, “Time to Turn”, estão dividindo o espaço com músicas dos álbuns “Planets”, “Oceans” e “Colours”, outros grandes álbuns da discografia da banda.

Em geral não há muito mistério ou maiores novidades em se tratando do Eloy, pois o esperado é sempre uma explosão de talento, virtuosismos não exacerbados, com um consequente encantamento pelo show, portanto, não resta mais nada se não, recomendar o álbum por tudo o que ele representa.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Eloy:
Frank Bornemann - guitar, vocal
Klaus-Peter Matziol - bass
Hannes Arkona - guitar
Hannes Folberth - keyboards
Fritz Randow - drums

Amy - backing vocals
Romy - backing vocals


Tracks:
CD01:
01. On The Verge Of Darkening Lights 11:49
02. Mysterious Monolith 8:14
03. Queen Of The Night 5:19
04. Sphinx 10:36
05. Through A Somber Galaxy 11:06
06. Time To Turn 5:05
07. End Of An Odyssey 10:15
08. The Flash 5:45
09. Say, Is It Really True ? 6:00
CD02:
01. Illuminations > drum solo 15:52
02. Horizons > (band intro) 5:49
03. Child Migration 6:46
03. Silhouette 4:39
04. Poseidon's Creation 10:29


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quarta-feira, agosto 07, 2013

GRENDEL - “The Helpless” - 2008

Originária da Polônia, a banda Grendel, começou sua jornada em 2002, mas só conseguindo lançar seu primeiro álbum, “The Helpless” em 2008, e ela pode ser considerada como uma banda da terceira geração do rock progressivo, onde fortíssimas influências do Porcupine Tree e do Marillion estão presentes, ou seja, é a música se adaptando e de certo modo se reinventando para poder atender as demandas de gosto e estilo que são exigidas pelo mercado fonográfico, pela “crítica???” e principalmente pelo público.

Pesquisando um pouco sobre o nome Grendel, descobri que pelo menos umas nove bandas de rock têm esse mesmo nome, que é originário de um poema do século XI, chamado “A lenda de Beowulf” e este mesmo nome serviu de título para a obra prima do Marillion, que por um erro histórico da Indústria Fonográfica, ficou por anos a fio de fora da discografia da banda, sendo somente publicada oficialmente em 1988 em uma compilação intitulada, “B'Sides Themselves”. 

Vale lembrar que não só a Polônia, mas outros Países da Europa, principalmente os do lado oriental, são um celeiro de excelentes bandas de rock e muitas das quais, por décadas ficaram sufocadas pelo pela Guerra Fria e os regimes de exceção, e mesmo após a queda do comunismo nestes países, por muitos anos ficamos privados de ter contato com outras culturas, entretanto com o advento da internet, esta situação foi sendo minimizada e a tendência natural é que esta distância seja definitivamente zerada.

Encontrar algo novo, fora do eixo convencional do rock (EUA, Alemanha, Inglaterra, Itália e alguns outros) é sempre muito estimulante e é um sinal de recuperação cultural, bem como uma nova oportunidade de se fugir de alguns dogmas criados em torno de conceitos e/ou preconceitos que a música de uma década é mais importante e/ou influente que a outra, e invariavelmente surge como referência a música produzidas nos anos 60/70.

Eu sou um entusiasta confesso da música dos anos 60/70 e motivos para isso não falta, entretanto, atualmente estou em busca de uma renovação musical, de uma nova sonoridade, um novo ritmo, mas entendo que esperar por algo absolutamente inédito, seria um tanto insano, a menos que houvesse a possibilidade de uma “ruptura cultural”, como a ocorrida nos anos oitenta, porém o cenário atual não está dando indícios eminentes de um evento como este.

Enquanto essa “ruptura” não acontece, o que vemos, ou melhor, o que ouvimos, é o registro da lenta evolução musical sobre as gerações anteriores, onde as bandas estão em busca de sua própria identidade, o que não é nada fácil por diversos motivos, pois muitas vezes a personalidade de uma banda ou músico é formatada pelos interesses comerciais da acéfala Indústria Fonográfica, o que é uma lástima para o artista e seu público, no entanto, os polacos do Grendel, conseguiram fugir deste estereótipo, produzindo um surpreendente álbum, muito bom mesmo.

Claramente se nota a destreza e a perícia no manuseio de seus instrumentos musicais e no belo vocal, cantado em Inglês, onde a mescla de influências vindo de um passado musical mais recente, ditam a cadência e a tônica da personalidade da banda.

A música de abertura do álbum, “Signals”, na primeira audição apontou para algo muito bom de escutar, sem virtuosismos exagerados, equilibrada, consistente e um convite irrecusável a seguir para próxima faixa, “Matter of Time”, uma balada progressiva, super agradável, um passaporte direto para a faixa, “Towards The Light”, que se espelha nas guitarras pesadas do Porcupine Tree, se pondo em confronto direto com lirismo presente nas músicas do Marillion.

Esta resumidíssima sinopse é um esforço em retratar o balanço geral desta obra, que ora flerta com elementos do rock progressivo, ora com o metal e flerta também com um pop bem sofisticado e com esta fusão, fica garantido bons momentos durante toda a sua audição.

Apesar de não ser tão recente, levando-se em conta que é um álbum de 2008, ele é uma mostra que “há vida” depois dos cultuados anos setenta e que realmente vale a pena correr atrás destas novas bandas que estão surgindo, portanto, para quem está em busca de escutar algo novo, este álbum pode ser um bom começo.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!


Grendel:
Sebastian Kowgier / guitars, vocals
Ula Swider / keyboards
Czarek Swider / bass
Wojciech Bilinski / percussion

Tracks:
01. Signal (3:45)
02. Matter of Time (7:10)
03. Towards the Light (5:30)
04. Fade Memories (7:16)
05. The Helpless (7:26)
06. Main (4:35)
07. Full of Pride (5:38)
8. Illusions (11:53)


domingo, agosto 04, 2013

PINK FLOYD - "The Wall (Immersion Box Set)" - 2012

O Pink Floyd é um fenômeno musical sem precedentes na história da indústria fonográfica, tendo em vista a quantidade de álbuns tributos que não param de acontecer, remasterizações dos álbuns de estúdio e algumas “caixas especiais”, como a "The Wall (Immersion Box Set)", lançada em fevereiro de 2012.

Este Cdbox é composto por um conjunto de seis CD’s e um DVD, que inclui a versão da gravação original do duplo LP de 1979, “The Wall”, CD’s 1 e 2, a integra do álbum duplo, “Is There Anybody Out There? The Wall Live” de 1981, CD’s 4 e 5 e “The Wall - Work in Progress”, CD’s 5 e 6, com um raro material sobre o processo criativo até produto final.

Este Cdbox faz parte de uma série chamada, "Why Pink Floyd...?" onde outros álbuns como “The Dark Side of The Moon” e “Wish You Were Here” já tiveram merecidamente a sua participação neste grandioso projeto.


O DVD é um documentário, chamado “Behind the Wall”, que contem entrevistas, clips de algumas músicas e a narração de como tudo rolou nos bastidores de “The Wall”, não deixando dúvidas de quem foi o cérebro que articulou tudo o que conhecemos sobre esta obra, claro, Roger Waters.


Além dos CD’s e do DVD, acompanha também um belíssimo encarte, com mais de quarenta páginas cuidadosamente ilustradas com fotos dos shows na turnê The Wall, porta copos, uma réplica do ingresso da turnê, posters, uma bandeira de pano com o símbolo dos martelos, bolas de gude e toda uma sorte de brindes compõem este Cdbox.

Analisando o conjunto dos seis CD’s, o material principal e histórico para os fãs da banda está nos CD’s 5 e 6, pois existem gravações absolutamente inéditas do processo criativo, onde a predominância de Roger Waters está muito bem registrada, assim como as demos embrionárias das músicas "Run Like Hell" e "Comfortably Numb" feitas por David Gilmour, entretanto elas em nada se parecem com o produto final que foi para o álbum.

Finalizando, "The Wall (Immersion Box Set)" é uma celebração à música, às artes e um irrecusável convite para todos os fãs seguidores de longa data ou não, a conhecer intimamente um dos momentos mais importantes e cruciais que o Pink Floyd passou.

Além disso, com os relatos do vídeo e do texto do encarte é possível entender o porquê dos acontecimentos futuros que iriam abalar de forma definitiva a trajetória da banda, o que culminaria em um primeiro momento com a saída de Roger Waters do grupo e  por conseguinte, com as longas brigas judiciais envolvendo todos os músicos por conta da grife Pink Floyd.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Pink Floyd:
Roger Water
David Gilmour
Nick Mason
Rick Wright

Tracks:

CD 1 (The Wall)
1. In the Flesh?
2. The Thin Ice
3. Another Brick in the Wall Part 1
4. The Happiest Days of Our Lives
5. Another Brick in the Wall Part 2
6. Mother
7. Goodbye Blues Sky
8. Empty Spaces
9. Young Lust
10. One of My Turns
5. Don't Leave Me Now
6. Another Brick in the Wall Part 3
7. Goodbye Cruel World

CD 2 (The Wall)
1. Hey You
2. Is There Anybody Out There?
3. Nobody Home
4. Vera
5. Bring the Boys Back Home
6. Comfortably Numb
7. The Show Must Go On
8. In the Flesh!
9. Run Like Hell
10. Waiting for the Worms
11. Stop
12. The Trial
13. Outside the Wall

CD 3 (Is There Anybody Out There? The Wall Live 1980-81)
1. MC: Atmos
2. In the Flesh?
3. The Thin Ice
4. Another Brick in the Wall (Part 1)
5. The Happiest Days of Our Lives
6. Another Brick in the Wall (Part 2)
7. Mother
8. Goodbye Blue Sky
9. Empty Spaces
10. What Shall We Do Now?
11. Young Lust
12. One of My Turns
13. Don't Leave Me Now
14. Another Brick in the Wall (Part 3)
15. The Last Few Bricks
16. Goodbye Cruel World

CD 4 (Is There Anybody Out There? The Wall Live 1980-81)
1. Hey You
2. Is There Anybody Out There?
3. Nobody Home
4. Vera
5. Bring the Boys Back Home
6. Comfortably Numb
7. The Show Must Go On
8. MC: Atmos
9. In the Flesh
10. Run Like Hell
11. Waiting for the Worms
12. Stop
13. The Trial
14. Outside the Wall

CD 5 The Wall Work in Progress Part 1 - 1979
Programme 1, Excerpts from Roger Waters' Original Demo
1. Prelude (Vera Lynn)
2. Another Brick in the Wall, Part 2
3. Mother
4. Young Lust
5. Another Brick in the Wall, Part 2
6. Empty Spaces
7. Mother
8. Backs to the Wall
9. Don't Leave Me Now
10. Goodbye Blue Sky
11. Don't Leave Me Now
12. Another Brick in the Wall, Part 3
13. Goodbye Cruel Worl
14. Hey You
15. Is There Anybody Out There?
16. Vera
17. Bring the Boys Back Home
18. The Show Must Go On
19. Waiting for the Worms
20. Run Like Hell
21. The Trial
22. Outside the Wall

Programme 2, Roger Waters Original Demo And Band Demos
23. Prelude (Vera Lynn) - Roger Waters Original Demo
24. Another Brick in the Wall, Part 1 - Band Demo
25. The Thin Ice - Band Demo
26. Goodbye Blue Sky - Band Demo
27. Teacher, Teacher - Band Demo
28. Another Brick in the Wall, Part 2 - Band Demo
29. Empty Spaces - Band Demo
30. Young Lust - Band Demo
31. Mother - Band Demo
32. Don't Leave Me Now - Band Demo
33. Sexual Revolution - Band Demo
34. Another Brick in the Wall, Part 3 - Band Demo
35. Goodbye Cruel World - Band Demo

Programme 3, Band Demos
36. In the Flesh?
37. The Thin Ice
38. Another Brick in the Wall, Part 1
39. The Happiest Days of Our Lives
40. Another Brick in the Wall, Part 2
41. Mother

CD 6 The Wall Work in Progress Part 2 - 1979

Programme 1, Roger Waters Original Demos And Band Demos
1. Is There Anybody Out There? - Roger Waters Original Demo
2. Vera - Roger Waters Original Demo
3. Bring the Boys Back Home - Roger Waters Original Demo
4. Hey You - Band Demo
5. The Doctor (Comfortably Numb) - Band Demo
6. In the Flesh - Band Demo
7. Run Like Hell - Band Demo - 3:06
8. Waiting for the Worms - Band Demo
9. The Trial - Band Demo
10. The Show Must Go On - Band Demo
11. Outside the Wall - Band Demo
12. The Thin Ice Reprise - Band Demo

Programme 2, Band Demos
13. Outside the Wall
14. It's Never Too Late
15. The Doctor (Comfortably Numb)

Programme 3, Band Demos
16. One of My Turns
17. Don't Leave Me Now
18. Empty Spaces
19. Backs to the Wall
20. Another Brick In The Wall, Part 3
21. Goodbye Cruel World

Programme 4, David Gilmour Original Demos
22. Comfortably Numb
23. Run Like Hell



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