quinta-feira, abril 18, 2013

GENESIS - "Seconds Out" - 1977


Escutando o bootleg, “GENESIS - Brazil Tour - Live in Rio", gravado em 1977, no Maracanãnzinho, no Rio de janeiro, minha memória auditiva, me fez vir à mente, as lembranças dos dois dias de show que estive presente e, isto com certeza, me obrigam a rever alguns conceitos a respeito do Genesis em sua pós “Era Gabriel” e mais diretamente a respeito de Phil Collins

Como o álbum acima já foi até resenhado a algum tempo atrás, achei conveniente postar o álbum, “Seconds Out”, que tem praticamente o mesmo cartel de músicas e é da mesma época e está com uma gravação impecável. 

Com saída de Peter Gabriel da banda em 1975, no auge do rock progressivo, é lógico que a falta que ele fez, foi muito sentida, principalmente por seus fãs, mas por algum tempo, o que restou do grupo, com muita dignidade, ainda conseguiu produzir dois álbuns muitos bons, “A Trick of The Tail” e “Wind and Wuthering”, que não trouxeram alguma grande suíte, porém, produziram músicas de menor duração, mas muito consistentes. 

Phil Collins tomou a frente da banda, e fez o que bem quis, isto eu não nego, é um fato, e tanto é que, Steve Hackett, vendo um futuro muito nebuloso, também abandonou o barco, digo, a banda, por volta de 1978, saindo em carreira solo, onde permanece até hoje, com muito sucesso e com uma grande e fiel legião de fãs. 

Já soube de histórias terríveis, envolvendo Phil Collins e Mike Rutherford, aprontando mil sacanagens em cima de Peter Gabriel, mas isso não é o meu foco no momento, pois eu quero resgatar um curto espaço de tempo, onde mesmo sem a presença de Peter Gabriel, alguma  coisa do boa Genesis ainda estava lá. 

Entendo que neste momento, entre os anos 1975 e 1977, a banda tinha uma missão muito clara e importante, que era suprir a falta carismática de Peter Gabriel, que ia muito além de simplesmente cantar, pois ele na verdade, interpretava um personagem em cada música, portanto, uma equação de difícil resolução estava à frente do grupo. 


Com certa habilidade, a banda se resolveu até muito bem, pois os álbuns citados anteriormente foram muito bem aceitos pela crítica internacional, por seus fãs e nos shows, mesmo sem a teatralidade habitual, conseguiram suprir esta falta, com o talento e a expertise adquirida nos tempos áureos da banda e é ai que o álbum, “Seconds Out”, entra em cena neste enredo que estou tentando montar em cima do que vi em duas noites inesquecíveis no Maracanãnzinho, pois fazendo agora um “mea-culpa”, sou obrigado a confessar que naqueles dias, não senti a falta de Peter Gabriel

Pode ser até por ignorância de minha parte ou sei lá o que, mas a forma como executaram as músicas que foram feitas para a voz de Peter Gabriel, supriu para mim a expectativa desta falta e levando-se em conta que, estou me referindo a músicas de grosso calibre, como “Supper’s Ready”, “Cinema Show”, “Firth Of Fifth” e “I Know What I Like”, ou seja, artilharia pesada, os membros remanescente foram muito convincentes e em determinados momentos, até brilhantes. 

Supper’s Ready é o tipo de música que não sofre desaforos e não perdoa, mata sem dó e sem piedade, mas essa versão tocada em “Seconds Out” tenho que dar o braço a torcer, é simplesmente irreparável e inspiradora, levando-me a crer que a banda estava se esforçando e muito, para se recuperar de uma perda irreparável, como a saída de Peter Gabriel

Na música “Cinema Show”, quem deu um “show” a parte, foi Tony Banks, que se mostrou mais presente e menos tímido na parte final da música, surfando em seus teclados de forma impecável e brilhante, pois ele estava em um momento inspirador, saindo da toca e mostrando o que é capaz de fazer. 

Enfim, “Seconds Out” é um álbum de muitas qualidades, que apontava para um futuro promissor, mas que por força das circunstâncias dos movimentos musicais que começavam a despontar e por conta também da falta caráter de alguns membros, o Genesis teve seu destino dirigido para outra direção, sob o comando de Phil Collins, que não chega a ser um mau músico, porém, tinha outros objetivos em mente e provavelmente tinha muita inveja de Peter Gabriel, que mesmo em carreira solo e produzindo uma música com uma sonoridade bem diferente, mais voltada para o Pop, conseguiu manter-se com muita dignidade, aliás, até hoje.

ALTAMENTE RECOMENDADO !!!!

Genesis:
Tony Banks: RMI Electric Piano, Hammond Organ, ARP Pro-Soloist, Mellotron, Epiphone 12 String Guitar, Backing vocals
Bill Brufford: Drums and Percussion (Cinema Show)
Phil Collins: Drums, Percussion, Lead Vocals
Steve Hackett: Lead Guitar, Hodaka, 12 String Guitar
Mike Rutherford: Electric 12 String Guitar, Bass Guitar, 8 String Bass Guitar, Bass Pedals
Chester Thompson: Drums and Percussion

Tracks:
01. Squonk (6:36)
02. The Carpet Crawl (5:60)
03. Robbery, Assault & Battery (6:03)
04. Afterglow (4:24)
05. Firth Of Fifth (8:55)
06. I Know What I Like (8:42)
07. The Lamb Lies Down On Broadway (4:59)
08. The Musical Box (Closing Section) (3:18)
09. Supper's Ready (24:32)
10. Cinema Show (10:58)
11. Dance On A Volcano (5:09)
12. Los Endos (6:30)


  

24 comentários:

Ricardo disse...

Passou um filme de lembranças. Lembro que ouvi a música Supper’s Ready numa rádio e fui atrás do álbum. Comprei justamento este ao vivo, Seconds Out. O início da faixa, ainda com poucos instrumentos, perdia para os estalos e cliques do vinil. Para mim, aquilo era um defeito e fui trocar. O dono da loja habitual, até então simpático comigo, trocou pacientemente. Voltei para ouvir e estava a mesma craca ou talvez pior. Voltei na loja para trocar de novo. Aí o dono já começava a perder a paciência e rodou o disco na loja. O cara logo entendeu qual era a bronca e testou todos que tinha no estoque dele. Selecionou o melhor, me entregou e, se desculpando, explicou aquilo que já sabíamos na época: a prensagem em vinil carrega sempre estes ruídos, que são mais evidentes nos vinis prensados no Brasil. Não queria um disco daquele jeito, mas a alternativa oferecida foi aguardar que ele conseguisse uma edição em cassete. Só que, ao invés de estalos, precisaria de um aparelho com Dolby para atenuar a chiadeira das fitas. Não tinha uma aparelhagem com Dolby e fiquei com o vinilzão mesmo e procurei relevar os estalos das partes com menor intensidade de instrumentos. Com o surgimento dos CD’s, nunca mais reclamei, mas confesso que tenho saudade desta época, em que achava que tinha um monte de problemas, rs.
Ah! Ainda tenho este álbum duplo em vinil. Não tenho coragem para me desfazer dos discos que tenho guardados, comprados com muito esforço e após longas jornadas de loja em loja no eixo Rio-SP. Uma boa parte, comprei em lojas de discos usados, descartados quando no surgimento do CD. Foi uma época de muita fartura. De uma mesma loja, uma vez consegui sair com cinco álbuns do Camel a um excelente preço. Um achado! Alguns eram importados e a qualidade era incomparável.
Gustavo, concordo integralmente com você. Os fãs do Genesis, ao notar o esforço de Phil Collins para manter o grupo, não tiveram do que reclamar. Também considero os álbuns “A Trick of The Tail”, “Wind and Wuthering” e, já em menor escala, “...and then there were three...”, uma continuidade do Genesis da era Gabriel. Este show, Seconds Out, mostrou que seria possível manter o Genesis na estrada. Só que a década de 80 foi muito esquisita. Muita gente boa se rendeu àquele rock estranho que começou a inchar, parecendo uma bolha de sabão. Logo iria estourar, expondo ao ridículo quem fraquejou diante do apelo comercial. Mas também foi uma década de luta para manter o rock vivo. Lembro-me do esforço que poucas rádios faziam para propagar o rock setentão, sem perder os patrocinadores. Todas acabaram, mas foi através delas comecei pela trilha da música, que hoje continuo trilhando através da generosidade dos Blogs.
Valeu Gustavo! Bela postagem.
Abraços a todos.

Dead or Alive disse...

Cara como vc tá cheio de dedos pra comentar pqp!!! Mete o pau e fala o que vc acha escrachadamente e deixa nóis mete o pau ou concordar e pronto.
Gustavo vc é um irmão querido, mas agora vou sim te criticar, vc tem talento sim, e sua resenha poderia alcançar timbres mais altos mas vc ficou pensando o que um iria achar ou o outro e deixou pra gente o trampo sujo.
Blz, já que desci o pau no dono do blog, só um comentário sobre o SO; foi o melhor disco do anão maldito, prq?
Era tudo do tempo do Gabriel, e fãs como eu gostavam de todas, como vc disse os dois discos posteriores foram compostos por Hackett como sempre e tb por Gabriel pra tudo que o primeiro compunha era pensando em como seria usado no palco pelo segundo e então o material todo (tanto que tenho uma porrada de material não publicado com Gabriel cantando músicas dos dois discos.
E como o anão aprendeu cantar(arghhhhhhhhhhh) com o Gabriel, as músicas eram feitas pra ele, bastou ele encaixar sua voz que era bem parecida em timbre e não qualidade nos clássicos, e por isso e daí então vc percebe a mudança toda no Genesis; achavam que poderiam seguir sem ele e o anão achando que ng notaria sua falta; por isso não gosto dele, por causa da prepotência e da falta de caráter.
Tá bom, dizem que o tio patinhas da música deu $ do próprio bolso pra pagar vários tratamentos de desintoxicação do Gabriel e isso ameniza sim minha atitude com ele, mas não sei se fez pra aparecer.
Ajudei v´rios adictos e sem um puto no bolso consegui tratamentos do começo ao fim e até hoje anos depois tem muitos que se deram muito bem e até na toca foram levar a nova familia, dizer que se reconciliaram com os pais e etc.
Claro que fiquei feliz, mas se um merda que nem eu conseguia imagina ele ou eles querendo?
Então esse mérito aí sei não, jogada de marketing, prq qdo o Gabriel cobrou a parte dele da Fundação Genesis, eles disseram que ele não teria direito!!!!!!!!!!
E quem tem então??????
Eu?
Aí deu umas discussões bravas mas o frouxo do Tony Banks que via tudo acontecer e não tomava uma só atitude,optou por ceder os direitos do Gabriel (nossa que santo não?) do que ir pros tribunais ainda mais que à época a banda tva num ocaso terrível e começaram a pensar na tal tourné anual com Gabriel, assim pagavam mas ele trabalharia (o bando de fdps).
O Gabriel aceitou sim e não foi em uma, e depois eles convidaram e desconvidaram cancelando só pra midia ver que eles que mandavam e etc e tal, tudo isso vcs já sabem.
Mas como disse no ínicio apesar disso, o Seconds Out ouço na íntegra sem uivar ou arranhar nenhuma árvore, é um puta de um disco onde o Phil, poderia seguir um caminho e levar banda pro alto,mas optou pelas fms, dinheiro e fama (capas de revista, entrevistas em programas famosos e etc) deu no que deu, um rascunho do que eram com nuances de Genesis, até o Ray Wilson que conseguiu resgatar um pouco da mística e da forma de ser o Genesis com um frontman, prq batera vocalista que sou fã é do PFM, apesar que o primeiro disco do Husker Du o batera dá um show.
Por enquanto é só pessoal e Gustavo, mete a boca da proxima tá?
Gostou, então se f....o que os outros acham, vá ver se der tempo o que falei sobre o Moto Perpétuo, mas esse sou eu óbvio, só que gosta, assine,rs
Bjs
Enjoy!!!!!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

Belo post como sempre Gustavo! Sou suspeito para falar dos álbuns "A Trick Of The Tail" e "Wind And Wuthering"... Acho discos sensacionais! Como também o "Seconds Out"! Você é um sortudo por ter estado em duas noites no Maracanazinho! Esta aí uma razão para eu querer ter nascido uns 17 anos antes, assim com uns 17 anos na época, já daria para viajar contra ou a favor da vontade dos Pais (rs)... para o RJ para assistir a isso! Mas vontando ao foco, também compartilho a idéia que o Genesis manteve na trilha do progressivo que vinha seguindo com Gabriel, e gravaram músicas de extrema qualidade. Antes de eu conhecer esses discos, eu ouvi eles com receio do que iria encontrar, porque todos com quem conversava falavam que o Genesis com o Phil Colins era pop, horroroso e demais adjetivos mais pesados (rs). Mas depois da segunda, terceira ouvida em "A Trick Of The Tail" apaixonei com o disco, e ao ouvir o "Wind" eu já estava embalado, nem gastou a terceira ouvida. A música "One for the vine" é para mim das músicas mais emotivas e fortes que o Genesis compôs! É coisa celestial! Gosto tanto desses dois discos como também, mas numa escala um pouco menor, do "And Them there were three" que deixei de ouvir por tempos os discos anteriores com o Gabriel,e por vezes achando esses discos mais agradáveis de se ouvir do que os anteriores!!! Pronto, falei!

Mas meus amigos, acho que é difícil culpar o Phil Colins por ter sido o responsável a direcionar a banda para os caminhos do Pop... Foi de Michael Rutheford a autoria de You Own Special Way, a primeira grande balada romântica bastante apelativa comercialmente! Então, daí da para imaginar que todos eles possivelmente vislumbravam esses caminhos obscuros! Indo por outra via, como vocês sabem, todos os medalhões foram obrigados a trilhar esses novos horizontes. Alguns até viraram piadas ao passar por essas mudanças, como o Gentle Giant no disco "Giant For A Day" e em alguns momentos no "missing piece".... O Yes mudou a rota que vinha caminhando, e os que não sucumbiram foram obrigados a abandonar o prog. Já falei demais... Me trás um balde com 3 budweiser long que agora eu vou escutar...

Abraços, ao som de Le orme !

Luciano

Carlos The Ancient disse...

Qual foi o grande álbum ao vivo gravado ano passado???? Qual foi o grande álbum ao vivo gravado na década passada?????

Não existe “Grande Álbum ao Vivo” sem uma grande banda!!!!

A década de 70 foi única em muitos aspectos, ...Ímpar.....sem igual!!!!!....Inclusive em discos ao vivo!!!

Grandes Bandas são compostas por grandes músicos (não falo de caráter, mas de gênios), grandes álbuns, grandes arranjos, grandes apresentações....

Alive I do Kiss, colocou a banda no patamar dos grandes grupos....Será que hoje seria possível surgir uma banda como o Kiss explodindo a partir de um álbum duplo ao vivo???

E o ambicioso Yessongs???? Do tamanho da arrogância da banda, caro como o padrão de vida dos integrantes do Yes, mas acima de tudo, o melhor trabalho ao vivo de sua história..

Uriah Heep Live73 é citado entre os maiores ao vivo da história do rock....The Songs Remains The Same virou filme...

Estou falando de uma época onde era quase obrigatório um supergrupo ter seu “oficial” ao vivo...Uma época em que era na unha que se tocava....

O Sabbath ficou devendo seu “oficial” ao vivo com Ozzy, lançou com Dio.

Ozzy lançou sua versão solo só com músicas do Sabbath...Uma loucura....tinha que arrumar grana para comprar os dois e depois ficar filosofando mêses com a turma, para saber qual era o melhor????....Até hoje não sei a resposta....

O Van Halen também ficou devendo aos fãs um oficial com o canastrão Dave Lee Roth ( canastrão sim, mas não existe Van Halen sem ele).

O Pink Floyd demorou vinte anos para lançar seu ao vivo, mas os fãs não tiveram o prazer de ter o “oficial” com Roger Waters ......Aquele do The Wall não está dentro do contexto que estou escrevendo...

O Deep Purple fez o clássico Made in Japan mesmo com o péssimo trabalho de mixagem e gravação ainda é o melhor da banda...Burstin Out do Jethro Tull retrata a fase dos grandes arranjos, nos teclados David Palmer e John “Crazy”Evans ...O que era aquilo????

E o que dizer de Frampton Comes Alive???? Todo mundo tem Frampton Comes Alive ......Do You Fell Like We Do....????? Um monstro de música!!!!!

Queen Live Killers, colocou Love of My Life no topo das paradas e mostrou ao mundo quem era Roger Taylor!!!!!

Naquele tempo, quem ouvia um álbum ao vivo de uma banda pela primeira vez corria para comprar um álbum de estúdio para ver como era a versão original, ou quem só tinha a discografia de estúdio, ficava doente esperando para ver como seria a versão ao vivo das músicas...

Esperei quase vinte anos para comprar o Reunion do Black Sabbath

Wings Over America, Eagles Live, Supertramp Paris.....Pictures at an Exhibitian, Jornada ao Centro da Terra....Façam suas listas!!!!!!

E por fim....Seconds Out....Tamanha minha frustração por jamais entender porque o Genesis Live com Peter Gabriel saiu como álbum simples!!!!! Como puderam cometer uma heresia destas????

Mas Já falei exaustivamente o que penso do Seconds Out neste Blog, e o que acho de Phil nos vocais de Supper’s Ready....

Eu quero mesmo é aproveitar este post não para discutir sobre Phil Collins, ou os rumos que o Genesis tomou........A finalidade é outra!!!!

como sempre...cont....

Carlos The Ancient disse...

.....Essa noite no meio de uma insônia eu coloquei um DVD que montei com os clássicos do Rock (parte do meu acervo).

Lá eu editei Joan Jett, Blondie, Wings, Sabbath com Dio, Highway Star - aquela que tem Steve Morse fazendo a famosa introdução tirando de sua guitarra o barulho do motor de um carro em aceleração - ,

Rainbow com formação clássica Man on the Silver Mountain, Floyd com Barret, Fucking Stones com Mick Taylor ( o melhor de todos) Fucking Stones com AC DC..

Mas propositalmente coloquei neste DVD três músicas....Três momentos da história do rock que foram decisivos para sepultar tudo o que vocês escreveram nesta linha de discussão...

Pior que a inveja de Phil Collins, pior que o chapéu que Peter Gabriel usava em I Know what I Like na cabeça de Mike Rutherforf, pior que No Replay At All ou Your Special Way...

Eu editei neste DVD uma sequencia de três músicas....God Save the Queen, My Way e Anarchy in UK.

Em God Save.. a figura sinistra de John Lydon, corcunda, dentes amarelos, sua voz irônica arrastando os “Rs” nas letras....Sid Vicios fingindo tocar baixo parecendo um Zumbi extraído direto dos filmes de Romero....

Em My Way, o mesmo Sid, cantando para uma plateia fictícia e descarregando uma arma no final da música. Simbolicamente assassinando toda uma geração de gênios que estavam chapados demais para reagir..Morte instantânea, caindo por terra com o peso de suas vaidades...

E por fim, na última visão, as portas do inferno abertas de forma definitiva, ao som de Anarchy, um sem número de jovens em meio à uma dança esquizofrênica, se auto-flagelando, possuídos tal qual uma imagem distorcida ( ou extraída) do filme o Exorcista....Era a voz do Anti-Cristo que a própria letra da música proclamava ..

Isto posto....Os problemas internos do Genesis em 1977 eram o de menos diante do que acontecia na cena musical...E dentro deste cenário, Seconds Out passaria a ser a exceção e não mais a regra.

Na minha opinião, este post que o Mano Véio colocou foi uma excelente oportunidade de lembrar de como éramos felizes e não sabíamos....

Então, nada melhor do que aproveitar esse momento para refrescarmos nossas memórias e prestar uma singela homenagem à estes gênios que de forma passiva, tal qual o Império Romano, se embriagaram demais com a luxuria, o poder, e a vaidade de tal forma, que permitiram aos Vândalos, Godos e Visigodos tomarem o poder e lançar sobre os anos seguintes essa terrível idade média cultural que estamos atravessamos nos dias de hoje....

De novo....Qual foi o grande álbum ao Vivo lançado ano passado?????

A todos os Capitães e Navegantes...

ABRAÇO....FORÇA....SUCESSO!!!!!

The Ancient
E Malditos sejam os Sex Pistols!!!!!!

...E Nunca se esqueçam...A Música é só uma pano de fundo...uma alegoria!!!!

Ricardo disse...

Carlos, parabéns por suas palavras, com as quais concordo, mas não posso deixar de responder sua pergunta. Vários shows ao vivo tem acontecido pelo mundo em nossa década. Posso enumerar alguns: NEARfest, Gouveia Art Rock, Prog Exhibition, The Prog Collective, The Rome Pro(g)ject. Cada um destes, reúne grupos atuais e grupos do passado que ainda estão na estrada. Agora eu te pergunto. QUEM DIVULGA? QUEM PROMOVE? QUEM PROPAGA? QUEM COMPARECE? O Camel esteve no Brasil em 2001. Se apresentaram no Rio e em SP. Lamentavelmente, eu estava fora do Rio e apenas soube depois.
Abraços a todos!

Dead or Alive disse...

Olha só uma coisa!!!
O Anc tá parecendo aquelas velhinhas resmungonas que coisa!!!
Vou retomar um exemplo de uma opinião sobre o Asia, e ouvindo bem, mas muito bem o último album que até tiraram sarro do chutinho do Howe e que o Downes deveria ficar em casa cuidando de galinhas (como me mandaram láno sm,rs) não notei nada do que foi citado, mas absolutmente nada,e agora vou chutar o balde prq vou falar com ouvidos de crítico mesmo e nao de purista.
Será que cada um de nós ao se olhar no espelho vê a mesma imagem de 30 anos atrás? Uma porra!!!
Sempre gostei mais de ouvir do que ver, prq vendo eu percebo defeitos, tiques, manias e falhas que só ao vivo ou mesmo em estúdio acontecem naturalmente e a cara do Downes náo tá ajudando mesmo igual ao Cris Squire, eles deram uma retocada e ficou pior, parecendo aquelas tias velhas.
Mas voltando ao que interessa, dando licença pra quem quiser me desmentir, brigar, xingar prq sei que inimigos tb lêem só não se manifestam, mas por favor se quiserem fiquem a vontade pra descer o pau.
Mas ouvi de cabo a rabo e o último disco do Asia é de uma simplicidade tão grande e tão linda que parece regido por um maestro.
Cada instrumento em seu lugar fazendo o que se precisa e o conjunto d obra alem das letras é absurdamente coeso, coerente e lindo, sim um dos discos mais bonitos deles musicalmente falando e não como fã.
O ponto principal é que ate o Wetton conseguiu voltar as suas notas altas e baixas com uma clareza e limpidez que me arrepiou e aí pensei, pqp, como metemos o pau em algo sem analizar por todos os angulos?

Dead or Alive disse...

Tenho um lp do Barry White de 78 chamado The Man, o absurdo que aquele negrão consegue naquela obra o caracteriza sim como Maestro apesar de nunca ter sido ou estudado pra tal.
Ele bolava cada nota,cada letra, cada instrumento e suas entradas e saídas e ouvindo esse álbum despertei pra crítica aos críticos.
O BW era um gênio mas nunca estudou pra isso, ele sentia e fazia o que sabia deveria fazer e que puta resultado e esse disco resumiria a carreira dele e seu talento, com cada metal fazendo a cama na hora certa ou vindo a frente tb em seu momento; cada acorde do teclado e do seu piano, cada coro tudo ao seu tempo e hora, feito e bolado por um negrão de voz grossa, ginga de malandro e um amor no coração impressionante.
The Man, ouçam mas ouçam prestando atenção em cada instrumento em cada detalhe de como foi produzido e aí transplantem tudo isso pra hoje décadas a frente e vejam músicos brancos fazendo tão bem e com tanta inspiração que só os puristas detratam.
Ah não tiveram shows ou albuns ao vivo Ancient?
Pesquise meu amigo prq como o Ricardo afirma e assino embaixo devo ter postado uns 10 shows fantásticos dos últimos anos e até de bandas novas e só não subi o último do Lynird por pura preguiça e é do finalzinho do ano passado.
E precisamos sim do passado como deixei claro com os exemplos mas eu não to afim de me tornar uma tia véia resmungona não só falando que bom era qdo funcionava e que hoje tudo é uma merda prq não é.
Já disse o que tinha a dizer sobre o post, mas se enganam quem pensa que o Mike foi tb responsável prq ele tinha a bandinha dele pra isso, o idealizador mesmo e podem assistir o video da música Land of Confusion foi sim o anão, e ele foi o causador da ruptura prq tinha inveja do Gabriel que havia sim caído no Lamb no mundo das drogas e estava sim sem condições de conduzir uma apresentação inteira como abandonou a tourné do disco por pura falta de condições.
Agora seria ou não nessa hora que os amigos e uniriam como o Mick com o Keith e o Bon Jovi com o Sambora, internando e tratando, recuperando e trazendo de volta?
Ou seria a hora de lançar "e sobraram 3"?
Cada um pense o que quiser mas a história não aceita pensamentos e opiniões, ela aceita fatos que podem ser alterados, mas a verdade sempre vem a tona e essa é a verdade não a minha, mas do história do Genesis e esse disco só é bom prq tem um puta de um baterista coisa que o Genesis não tinha, as linhas estavam prontas e o anão imitou seu objeto de inveja.
Algum de vcs ouviram o Gabriel brincar em apresentar musicas como nos discos gravados no brasil? Fazendo gracinha e tentando falar portugues?
Me desculpem é demais pra minha pelagem, e espero vcs no SM tb qdo sobrar um tempo.
Enjoy!!!!!!!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

Carlos, você já pensou escrever um livro?! Pois deveria! Cara, existe uma caixa com todo material ao vivo gravado oficial e algumas coisas não oficiais do Genesis que eles oficializaram, chamada Genesis LIVE, que varre toda a carreira até 2007. Nessa caixa tem o Genesis Live (1973) acrescido de 5 músicas do The Lamb! E ainda tem um bootleg oficializado - At The Raibown da turnê do Selling!

Por agora é só.

Em tempo: Carlos, você está devendo suas razões para char Bob Fripp um chato de galocha!

Abraços

Luciano

Gringo Louis disse...

Carlos, Dead, Luciano e Ricardo, meu... que aula! Obrigado. não dá para escrever nada... somente aplaudir.

Um abraço do Gringo, do Valvulado...

Ahhh... Quase esqueci. Preparei um post do Mostly Autumn lá no Valvulado. Assim que o chefe liberar, vai estar lá, com a devida homenagem ao buteco!

Gustavo disse...

Ricardo,

Você tem razão, pois esse álbum é muito especial e toda vez que o escuto, como você bem disse, passa um filme em minha cabeça, revelando momentos da minha juventude a muito tempo esquecidos....

O fato de não ter a presença mágica de Peter Gabriel não tirou o brilho desta apresentação....

Valeu por sua presença....

Abraços,

Gustavo

Gustavo disse...

Dead, meu velho...

Quando resolvi postar este álbum, o fiz com o intuito de segregar um momento muito específico da vida da banda, que mesmo sem alma, estava se saindo muito bem......

Dificilmente você vai me ver descendo a lenha em cima de uma banda ou músico, não é o meu estilo de escrever e neste caso específico, o que sei sobre as histórias de bastidores do Genesis, foi você que comentou comigo a algum tempo atrás e como eu já imaginava, você ia meter a boca com muito mais propriedade do que eu, portanto o enredo desta triste história ficaria mais rico para todos nós....

Bicho, você precisa sair do anonimato e publicar um livro de memórias com tudo o que já viu e possou, pois a nossa esfera (blogs) é muito limitada e tem tanta coisa que você fala, que eu pessoalmente nunca vi escrita ou dita em lugar algum....

Um exemplo bem recente, é a sua resenha sobre o Moto Perpétuo, pois ´so ela já da enredo para um filme....... Pense nisto irmão....

Abraços,

Gustavo



Aponcho disse...

Aí Gustavo, Ricardo, Dead, Ricardo, Carlos, Luciano, Gringo

A propósito de discos en vivo, que muy bien resume The Ancient y que si me apuran dejo pocos de los grandes fuera, personalmente incluyo a AC/CD y su If You Want Blood You've Got It, Hendrix Band of Gypsys, UK Night after night, In Concert de ELP. Por supuesto que hay mas, pero listarlos a todos no tiene mucho sentido.
Es que a mi me gustan mucho los discos en vivo, mucho. Y para explicar por que, me autocopio descaradamente;

"Es en las grabaciones en vivo es donde puedes ver realmente las bandas, donde más puedes escuchar realmente como el vocalista canta, o como soléa y construye sus riff el guitarrista? es donde no puedes esconder nada y donde debes entregar todo, en una única oportunidad, cada ves que te subes al escenario tienes que mostrar lo mejor de ti."

También creo que es una fotografía del un momento que pasa una banda, donde puede andar todo bien, que los integrantes tengan el fiato que buscan y juntos creen su magia particular.

Aunque hoy la tecnología te permite "arreglar" cualquier instrumento o desafinación, sigo pensando que el "en vivo" de una banda dice mucho de ella. Un músico inspirado en el escenario puede llegar a emocionar como ninguna pintura, baile o escultura puede llegar a hacerlo.

Saludos!


Dead or Alive disse...

Aponcho presta atenção!!!!!
Não disse que ao vivo não se nota defeitos, disse que se nota muito mais do que queríamos mostrar.
Na poesia do Quereres do Caetano com o Chico Buarque tem uma clássica aqui no Brasil meu irmão, a música começa e qdo o Chico vai cantar antes do final do primeiro verso ele manda parar tudo e ainda brinca "porque insisto nessa profissão?" e aí o Caetano brinca tb e eles retomam e vão até o fim.
O que quis dizer é que não dá pra execrar uma banda se os caras estão velhos e feios como a música velho demais do Placa Luminosa, da qual fiz parte tb.
O que disse é que ouvindo o álbum achei muito diferente das críticas qui desferidas e sei muito bem o que é ao vivo, prq em saquarema debaixo de chuva a gente tomava tanto choque que não sei prq não morreu ng.
Ainda pedimos pra Rita deixar os equipamentos dela mas além de não tocar ela levou tudo embora, mas não era ruim era a Rita.
Porra Iacanga deu tanto problema que 1/3 das bandas foram trocadas, nem vou entrar em detalhes agora fica pruma próxima.
Então só quis dizer que não dá pra julgar pelas aparências, o Ringo numa super apresentação ao vivo tava com dor de barriga e passa o filme inteiro ao vivo fazendo caretas de dor e isso acho que no Help; entõa quem via achou que ele um baterista mediano que viu a possibilidade cair no colo ser tão antip´tico?
Ele tava se cagando todo porra!!!!!!!!!!!!
Julgar o Asia e seus músicos prq estão velhos, feios, e etc, então paremos todos nós, prq eles garanto sabem e muito tocar e ainda tocam mais e melhor que toda uma geração foi isso que quis deixar bem claro.
E pra fechar o último show do Elvis, inchado de tanta droga e alcool foi uma das melhores apresentações dele ao vivo, só perdendo pra primeira prq foi a primeira via satélite do Hawai pra o mundo e aliás foi estupenda, mas a última, com ele no fim mesmo, era claro e evidente que poderia cair morto a qqr momento, gordo, barrigudo e com a mesma roupa da primeira pra talvez uma despedida do mundo em alto estilo, tirem os defeitos e as falhas por falta de fôlego e esquecimento das letras e vejam que show maravilhoso.
Aponcho, fui claro agora?
Como com o Chet?
Luciano,Ricardo, Gustavo, Ancião que me esnoba e nem toca mais em meu nome e nem responde mais meus emails, Luciana, cambada do V2 que meteram um MA, a pedidos do Anc, mas num sei inglÊs, rs, bela postagem, e eu tomando bronca do véio prq não postei antes, ah meu Deus, será que desculpando alguns nomes que não deu pra lembrar agora mas de importãncia igual fui claro?
Saco!!!!!!!!!!
Enjoy!!!!!!!!!!

Gustavo disse...

Luciano,

Seu ponto de vista está correto, pois os anos oitenta foram cruéis com a música e teve mesmo muita banda que não soube se comportar diante do inevitável e da crise de mediocridade que se bateu naqueles tempos em que com três acordes básicos uma música estava pronta....

Até o fato da banda ter ficado Pop, não vejo como um problema, mas a forma com ela ficou Pop é que incomoda um pouco....

Teve muita sacanagem por trás e se levar em conta que Peter Gabriel saiu no auge da banda e do rock progressivo, deve ter tido muitas armações........

Abraços,

Gustavo

Gustavo disse...

Velhão,

Lendo com calma tudo o que pacientemente escreveu com requintes de detalhes, o que revela a triste realidade do cenário musical atual, não é possível haver, "Qual foi o grande álbum ao vivo do ano passado//", pois nem no ano retrasado e nos anteriores houve um grande álbum ao vivo, e por uma razão absolutamente simples....

Não existem mais grandes bandas, com rarissimas exceções (AC/DC, U2,Iron Maiden, Rolling Stones, Paul Mccartney, Roger Waters), com capacidade para encher estádios ou arenas em um show exclusivo, pois além da falta de capacidade, tem que haver carisma, hipnotismo e é lógico, muito talento para segurar e entreter 50, 60, 70 mil pessoas e tudo dar certo até o final.....

O show do Genesis de 1997 no Rio, lotou o Maracãnzinho e segurou no máximo umas 12 mil pessoas por show, mas será que ia lotar o "Maraca", pois eu tenho as minhas dúvidas, apesar de ter sido um show maravilhoso, perdendo apenas para show do Rick Wakeman no mesmo lugar...

Atualmente, só nos resta curtir os shows do passado e como você disse, lembramos o quanto éramos felizes.....

Abraços,

Gustavo

Dead or Alive disse...

https://www.youtube.com/watch?v=4l9lrUnlaLY
Olha aí o que quero dizer, postei algo parecido no Som Valvulado.
Enjoy!!!!!!!!!!

Gustavo disse...

Aponcho,

Você acertou em cheio, pois não há nada melhor do que, ver o que uma banda pode fazer ao vivo, sem "ajudas extras", que sempre acontecem nos estúdio de gravação......

É o momento em que o músico se revela da foma mais primitiva e visceral, onde não há a possibilidade de fugas, pois tem que mostrar que sabe o que faz....

Abraços,

Gustavo

Ricardo disse...

Falta uma chance para o novo. Reclamamos do que pintou de ruim na década de 80, mas por que não valorizaram o que criaram de bom? Só porque não fizeram sucesso ou não conseguiram o merecido destaque? Somente pelo fato de excelentes shows não terem estourado através da mídia global, não significa que não aconteceram. Claro, nada nos tem sido entregue de bandeja. Não existem mais FM's que tocam algo diferente, elaborado e não temos festivais de Rock no Brasil. Tentem pesquisar nos lançamentos que são divulgados no Prog Archives e vocês vão entender. Por exemplo, o Karfagen lançou um álbum novo. Tentem comprar o álbum no Brasil. Quem se interessa? Somos poucos? Não sei, mas sei que quem vem tentando manter e divulgar algo diferente, são vocês, donos de Blogs, que não se renderam. De graça, dedicam tempo para divulgar, disponibilizar, expor pontos de vista, sentimentos e abrem as portas até para Anônimos armados de paus e pedras. Ao mesmo tempo, precisam se defender da repressão do DMCA e outras leis de direitos autorais. Só que não tem lei que não defenda nossos direitos de propriedade. A reprodução pública é proibida, então, baixem o volume ou coloquem seus fones no ouvido. Parabéns a vocês todos, força e persistência. Talvez não sejamos tão poucos assim. Desculpem pelo desabafo.
Abraços a todos.

Carlos The Ancient disse...

Ricardo..Eu entendo que existam muitas bandas circulando por esse mundo afora, citamos o próprio Mostley Autumn recentemente...O Problema é que por melhores que essas bandas sejam, estão muito além do que foi feito nos anos 70. Aquelas bandas estavam acima da média..Hoje em dia tem compositores de música erudita, mas de quando são os grandes clássicos????? Esse é o X da questão...Hoje em dia até a Madonna faz dublagem ao vivo...Sem mencionar que o nível de exigência dos jovens de hoje é muito baixo.

Os Melhores álbuns ao vivo lançados nos últimos anos são dos dinossauros..Alguns muito bons, outros aquém da qualidade dos músicos..Mas essa tradição foi extinta pelas novas bandas.

Obrigado por suas palavras Luciano, em algum momento da minha vida eu deverei escrever um livro, mas por enquanto eu vou dando meus pitacos nesse buteco e na casa do Véio Dead....Aliás, está lá meu ponto de vista sobre Bob Fripp...confira, está no último post que o Dead colocou do King Crimson...

Valvulado...o Mostley Autumn é uma das bandas que mantém a tradição dos álbuns ao vivo...vou passar lá e dar uma confirmada..

Aponcho...como eu falei irmão..cada um pode fazer sua lista, porque realmente ela é muito grande...Eu me lembro quando Iron Maiden lançou Live After Death..que arraso de capa, que loucura de som..era o Maiden no auge...

Dead...Eu já escrevi no seu blog o que penso sobre o Asia...Tá lá...Os chutinhos de Howe infelizmente hoje são para acordar a perna ou espantar as câimbras...Ele nasceu gênio e vai morrer gênio, só que a vitalidade, força e garra ficaram com Carl Palmer Band...

Mas concordo que o trabalho do Asia é muito bom, e que Geoff Downes jamais deveria ter saído de lá para juntar-se ao Yes, o que ele deveria ter deito com a banda já fez ( e muito bem ) em Drama....

O Festival de Iacanga era um antro de jovens que iam lá apenas para fumar maconha e praticar sexo livre...Como tudo aqui no Brasil chega mais tarde!!!!!

Manda e-mail que eu respondo porra!!!!!!!!!!

Agora para ilustrar tudo o que escrevi, eu recomendo a todos que vejam o filme URGHH, A War Music...alí está o legando dos Sex Pistols e de todo o movimento Punk que surgiu da Inglaterra. É um filme de 1:40hs , e obrigatoriamente deve ser visto por todos nós que compartilhamos da mesma ideologia musical...

Abaixo o link com o trailer..

http://www.youtube.com/watch?v=uqrmFQwoUwU




Ricardo disse...

Carlos, minha dúvida está justamente nesta situação que temos hoje. Será que não temos bandas de mesmo talento das que tivemos a sorte de conhecer nos anos 70, ou simplesmente existem, mas não conseguem emergir?
E não emergindo não conseguem alcançar a dimensão alcançada pelo Genesis, Yes e Pink Floyd, citando somente as postagens mais recentes de Gustavo. Anc, não queria ficar somente ouvindo o que já conheço e não acredito que nos tornamos tão medíocres assim. Mostly Autumn é um excelente exemplo. São jovens e tem talento, mas por que suas músicas não tocam em nossas rádios, por que não trazem eles para o Rock in Rio? Quem é que manda e decide quem vai fazer sucesso ou não? De fato, a pura verdade, é que tenho receio de que você esteja totalmente certo. Por isso é que fico nesta constante busca. De vez em quando encontro trabalhos que merecem atenção. Por exemplo, já conferiu os trabalhos do Esthema, Astúrias, Mahtrak e o mais recente álbum do Quaterna, O Arquiteto? Especialmente este. Acho que poderá se surpreender e é esse o grande barato da música. O som novo, uma boa surpresa.
Fui conferir o link que você sugeriu. Meio deprimente, mas é isso. Parece que está todo mundo perdido e transitando para um estilo que não consegue tomar forma. Por não ter forma, não faz sentido.
Abraços a todos!

Carlos The Ancient disse...

Ricardo quando eu decidi escrever no blog do Mano Véio, e depois no Dead, é porque acima de tudo vi a oportunidade de despertar nos Capitães e Navegantes um estalo que faça com que os comentários postados estejam em um grau de importância muito maior que os manjados downloads....

Todo mundo que escreveu aqui já tem o Seconds Out, mas as reflexões que fizemos sobre este trabalho do Genesis, estão para mim em primeiro lugar....

O rock morreu....O filme que citei e você acessou (trailer) demonstra exatamente o porquê.

A mídia minimizou a capacidade de pensar das pessoas, eu já disse aqui uma vez, nossa geração vem de uma inteligência analítica e as gerações posteriores primam pela lógica...

O que vale é o que vende, e o que vende tem que estar no padrão de cultura de quem compra...Quanto menor e mais rápido melhor ( tal qual uma canção punk)

Esqueça a década de 70....Nós dedicamos parte de nossas vidas ouvindo toda a obra que foi feita naquele período...Horas e horas....

Uma Vez eu escrevi neste blog o motivo de ter adotado o nick de The Ancient....é Porque os 4 min. iniciais desta música em Tales From, é infinitamente maior e melhor do que a discografia completa de bandas como The Smiths, The Cure e de todo aquele lixo produzido nos anos 80.

Existem de fato algumas bandas que a gente acaba descobrindo e que realmente são muito boas...Mas elas são a minoria....Veja o set list do Rock 'n Rio....Compare com o primeiro....

Veja no que se transformou a música brasileira....

Os caras da nossa geração que deveriam mudar o mundo e desenvolver a "nova linha evolutiva da música popular brasileira" e universal, se transformaram em Consultores da Qualidade, Auditores do Sistema ISO, Publicitários, Diretores de filmes alternativos...

Pergunta pro Dead onde foram parar aquele bando de bichos Grilos que participaram do Festival de Iacanga!!!

Ninguém fez porra nenhuma....Nós aqui neste Buteco, de certa forma estamos fazendo a nossa parte...talvez não seja grande coisa...Mas já é alguma coisa..

Fiquei particularmente muito feliz por ter o meu nome citado no blog do Valvulado, e mais ainda pelas coisas que ele disse do Blog do Mano Véio...

Você ricardo, Luciano, Aponcho, Luciana, Leosky, Véio Dead, Valvulado.... O Lorde....De alguma forma, estamos pelo menos fazendo alguma coisa a mais que estes merdas....

A música é só uma alegoria...Um pano de fundo!!!!

.....e do Fundo do meu coração!!!!! A todos vocês a quem sempre chamei de Os Sete Samurais, A sociedade do Anel, Os Herois da Resistência, O Exército de Brancaleone.

ABRAÇO....FORÇA...SUCESSO!!!!!!!!!!

The Ancient

Dead or Alive disse...

Gustavo vc é meu amigo e tem sido um grande amigo das horas boas e ruins, vc tem se mostrado o mesmo desde que te conheci. Já tive atritos sim com muitos como Aponcho que tb considero um irmão, mas as vz as palavras eram mal interpretadas de um lado ou de outro, mas ele principalmente teve a devida paciência e ganhamos os dois creio. Outros que não vou citar para não isolar ou esquecer acabaram se juntando e das primeiras tem a Luciana e a Lucy, vê lá o comentário dela sobre o disco.
Então são anos de relacionamento e amizade e acho que isso torna mais bonito o que seria normal sei lá.
A vantagem que tive é de estar num bairro em sampa muito atuante em tudo, e muita gente ter cruzado meu caminho mas nem são tantas histórias, talvez um livreto de bolso como já é feito nesses posts, mas até pra escrever as vz é complicado prq vem alguém e afirma categoricamente que isso é assim e assado,aí paro e penso e falo: porra nenhuma, foi assim prq eu sei, aí a memória fica meio em cheque e o SM como o seu me fizeram exercitar e externar coisas que sempre gostei, tive muitos amigos no exterior que viveram histórias incriveis e contvam dividiam, e aí vc junta com as suas e vai, mas é só isso, um apanhado de coisas,que se alguns gostam outros detestam e nem sei bem prq, mas acho que isso aqui já ta muito legal, mas te agradeço.
E a todos que participam do mesmo pensamento e convivemos juntos, tem sido bom.
Enjoy!!!!!!!!!

Ricardo disse...

Eu também só gostava de colecionar e buscar trabalhos da década de 70. Até que um conhecido, dono de uma pequena loja, que já tinha esgotado o estoque comigo, resolveu trabalhar nas vendas e me deu de presente um álbum do Astúrias, de 1990.
A música desses caras me tocou de tal forma, que, daí para frente, meu amigo, abri meus ouvidos e superei o preconceito. Hoje sou um faminto consumidor de tudo que rola escondido pelo mundo. Vivo buscando o novo.
A música brasileira não é só a que toca nas rádios e muito menos a que será apresentada no Rock in Rio. A música brasileira está no esforço de vários artistas que não alcançam a mídia, mas que estão trabalhando. Da mesma forma, o que se produz pelo mundo, também não chega aos nossos ouvidos. A humanidade não é tão medíocre quanto tentam fazer parecer que somos. Quando algumas músicas tocam nas rádios e televisão, me sinto mal por alguém achar que todos gostam de ouvir estas merdas. Tenho certeza de que há muito mais para ser descoberto e divulgado através dos Blogs, hoje a única fonte de alimento musical.
Respeito sua opinião, embora não concorde neste ponto, de que hoje não se produz nada à altura do que se propagava na década de 70, através da mídia daquela época.
Eu cheguei à seguinte conclusão, que vem estimulando minhas buscas: o fato de não conhecer, não significa que não existe e há muito para ser descoberto e ainda criado.
Abraços a todos!