terça-feira, abril 23, 2013

IQ - “Subterranea - The Concert” - 1999 (Re-post)

Ultimamente o volume de informações que tem chegado até o blog, via os “Comentários”, é tão grande que eu confesso que estou ficando completamente perdido e um tanto pirado, pois como as opiniões são diversas e em alguns casos bem divergentes, mas ao mesmo tempo com muita consistência, isto tem me causado certa confusão mental, ou seja, há muita coisa ainda a ser refletida. 

Tenho observado certo saudosismo em relação ao cenário musical atual (de minha parte também), onde todos de alguma forma têm expressado suas opiniões neste sentido, o que me causa certa preocupação, pois talvez eu e os demais amigos que têm frequentado o “boteco dos comentários”, estejamos sendo exigentes demais e um tanto preconceituosos em relação a tudo o que foi produzido após os anos setenta, que em meu conceito, é um ponto fora de uma curva de normalidade e que provavelmente jamais será igualado ou mesmo superado.


Nós não podemos nos tornar um bando de “velhinhos” chatos, decrépitos e reacionários, que só conseguem olhar para trás com medo do que possa estar pela frente, por temer que algo novo seja melhor ou tão bom quanto o que vivemos no passado, apesar de que eu ache isso bem difícil de acontecer, mas em fim, cada cabeça é uma sentença e tudo pode acontecer, portanto, há algum tempo eu tenho experimentado ouvir algumas bandas mais atuais para dar uma reeducada no gosto, mas isso é uma conversa para outro fórum. 

Eu mesmo sou um defensor que os anos oitenta para a música, foram os anos das trevas, da mediocridade musical e tudo mais, e analisando o que aconteceu nos anos 80 e 90 em relação a grandes nomes que surgiram como representantes da música daquelas décadas, realmente não há com o que ficar entusiasmado, porém, uma pequena chama do rock progressivo, permaneceu acesa em um universo Underground em paralelo a tudo que estava acontecendo no mundo da música. 

Lembro que, nomes muito interessantes e hoje em dia bem conhecidos, surgiram no meio do caos formado pelo Punk Rock, New Wave, o movimento Grunge e outras subvertentes musicais de menor destaque, e no caso poderia citar algumas bandas como o Marilion, Pendragon, IQ, Citezen Cain, Glass Hammer, Dream Theater, será??? , Mostly Autunm mais tardiamente e alguns outros nomes que se analisarmos friamente, sem o manto sagrado setentista, isolando-os de uma época inimaginável como foi a década de setenta, é possível ficar diante de trabalhos muito bons e alguns até excepcionais.

Um trabalho que eu considero excepcional é o “Subterranea - The Concert”, do IQ, que eu já havia postado há uns dois anos atrás e agora mais uma vez o trago a tona, por ser um belíssimo trabalho, que corajosamente sem medo de levar porradas, comparei-o com The Lamb Lies Down On Broadway, tamanha a sua grandiosidade e sofisticação para um tempo em que não se exigia mais que uns três acordes e tudo bem. 

Caracteristicamente, seu vocalista, Peter Nichols tem como ídolo, motivação e inspiração, Peter Gabriel, o que não é de se estranhar, pois os vocalistas do Marillion e do Citizen Cain também o tinham como referencia, mas porque será???

O IQ tem também conta com um cidadão chamado Martin Orford que simplesmente é um gênio compositor e um invejável e exímio tecladista, criando atmosferas espaciais muito bem elaboradas. 


Na resenha anterior, eu coloquei mais detalhes que podem orientar melhor o que é esta banda e principalmente o que significou o álbum, “Subterranea - The Concert”, para a segunda geração do rock progressivo, o “Neoprog” e por incrível que possa parecer, tem tudo a haver com o que estamos sentindo neste momento, principalmente o que está dito no último parágrafo.


RECOMENDADÍSSIMO!!!!

IQ:
Paul Cook / drums, percussion
Michael Holmes / guitars, keyboards
John Jowitt / bass, bass pedals
Peter Nicholls / vocals
Martin Orford / keyboards, backing vocals
Guest musician:
Tony Wright / saxophone


Tracks:
CD 1
01. Overture
02. Provider
03. Subterranea
04. Sleepless Incidental
05. Failsafe
06. Speak My Name
07. Tunnel Vision
08. Infernal Chorus
09. King of Fools
10. Sense in Sanity
11. State of Mine

CD 2
01. Laid Low
02. Breathtaker
03. Capricorn
04. The Other Side
05. Unsolid Ground
06. Somewhere in Time
07. High Waters
08. The Narrow Margin


LINK

22 comentários:

Anônimo disse...

Fala Gustavo... Excelente post e mais uma banda para discutirmos. Gostei muito do que escreveu também, o que faz caras como nós pensarmos um pouco. Sou setentista também. E afirmo até que o som brega de 70 era melhor... Ouvi e vi outro dia Kid Creole & The Coconuts... Era o axé em forma de disco music... Mas tinha bons músicos. Muito bons músicos. Em relação ao Rock Progressivo, eu, o Javanes, o Veio estamos sempre procurando coisas novas e ainda não encontramos nada tão bom com os anos 70, que além de ter as melhores bandas na ativa, foi a melhor fase das melhores bandas... Os melhores discos do Yes, Genesis, Pink Floyd, King Crimsom, ELP, Triumvirat, Rush são desta época. Com as melhores formações destas bandas, e com os músicos em sua fase mais genial. Esta fase pós - Woodstock e pré - punk/new wave produziu o acervo mais valioso da música. Acredito que nesta fase até o Robert Fripp era legal (para cutucar o Dead). Até meu querido Rush ficou esquisito, diferente na década de 80. Divido o Rush com fase Pré e Pós Moving Pictures. Contudo esta época gerou influências maravilhosas, que como foi dito, continuaram, mas não criaram... Marillion com Fish, Opeth, Pallas, e até Dream Theather, Ayeron, Porcupine Tree e mais algumas outras, são bandas excelentes e acho que tenho todos os álbuns, mas gosto mais dos véios. Fizemos uns posts em três fases: Rock Progressivo I (que tem uma coletânea do King Crimsom muito boa), Rock Progressivo II (com as bandas de 80) e um último, Rock Progressivo III, com as bandas de 90, já entrando com o Metal Progressivo do Dream Theater (o bootleg tem a participação de Steve Howe, e foi o que me chamou a atenção para esta banda). Mas concluindo (ou não)... Tem várias bandas excelentes da nova geração e realmente são muito boas como esta descoberta do Mostly Autumn, mas ainda sou fiel aos Véios. E uma prova disso, é que os Véios ainda lotam todos os estádios, unindo duas a três gerações no mesmo lugar, reverenciando a mesma música. Abraços.
Valvulado

Javanes disse...

E aí moçada.

Gustavo, parabéns pelo post e pelo blog em geral. Acompanho o Ondas faz um tempo e agradeço pelos excelentes posts, e ainda mais pelo boteco do som que criou aqui. Saudações Monsenhor Dead, Carlos The Ancient, Ricardo, Luciano e Hermano Aponcho.

Só para ilustrar o post do Valvulado, segue os links
Rock Progressivo I
http://somvalvulado.blogspot.com/2012/02/rock-progressivo.html

Rock Progressivo II
http://somvalvulado.blogspot.com/2012/06/rock-progressivo-ii.html

Rock Progressivo III
http://somvalvulado.blogspot.com/2013/02/progressive-rock-iii.html

E vale a pena dar uma olhada, como curiosidade, no Dream Theater fazendo um cover do Dark Side:

Influências do Dark Side:
http://somvalvulado.blogspot.com/2012/05/influencias-do-dark-side-of-moon-do.html

Saudações Valvuladas

Javanes

Gustavo disse...

Valvulado e Javanes,

Essa postagem foi feita unicamente com o objetivo de provocar esta discussão sobre as bandas pós-anos setenta....

Só para vocês terem uma ideia, há bem pouco tempo eu fiz uma resenha sobre o álbum "Open Your Eyes" do YES, onde eu tinha muito preconceito sobre este trabalho, e que o mesmo permaneceu lacrado por muitos anos.....

Se quiserem conferir: http://www.7062khz.blogspot.com.br/2013/02/yes-open-your-eyes-1997.html

Acho que está mais que na hora de eliminarmos alguns fantasmas do passado....

Abraços a todos,

Gustavo

PS: Ainda estou devendo um comentário a respeito do Mostly Autumn lá no "Valvulado"..... Aguardem !!!!!

Ricardo disse...

Eu ia ficar quieto, mas olha, vocês estão com muita resistência ao novo. Não está nada fácil descobrir os tesouros que rolam pelo mundo e nos passam despercebidos. Poderia dar 600 exemplos de álbuns muito bons lançados neste milênio, que descobri através de indicação de amigos, pelos Blogs e pelas rádios da net. Para ter uma imagem concreta, naveguem pelo Prog Archives. Busquem a lista dos Top 100 2012. Sabem quem está lá, em 56º lugar? O novo álbum do Quaterna, divulgado aqui também, pelo Gustavo. Pelo visto, só os americanos reconhecem. Em primeiro lugar, está um álbum que tenho aqui, excelente exemplo também: Anglagard (Suécia) Viljars Öga. Experimentem.
Compartilho a paixão e a saudade por tudo que rolou na década de 70. Fiquei chateado quando o Camel se despediu dos palcos em 2003. Tento acompanhar notícias sobre a saúde de Andrew Latimer, que está se recuperando de uma rara doença no sangue. Há uma possibilidade de um novo álbum de estúdio, quem sabe? De qualquer forma, o tempo é cruel e implacável. É duro ver nossos ídolos envelhecendo, mas faz parte da vida.
Abraços a todos!

Anônimo disse...

Ricardo e Gustavo, de acordo. Eu realmente admiro as bandas novas e gosto do Metal Progressivo do Dream Theater, assim como das inovações do Porcupine Tree e Ayeron. Liquid Tension Experiment é sensacional com Tony Levin e Portnoy. Opeth tb. Gosto das propostas, dos sons mais técnicos... Em meu primeiro comment, não quis tirar este mérito. Mostly Autumn empolgou, acho que a todos nós. Há resistência sim, mas também há um grande desejo que ela seja quebrada... Ricardo, obrigado pelas dicas e pelos toques.
Abs
Valvulado

Carlos The Ancient disse...

hummmmmmmmmmmmmmmmmmm
hummmmmmmhu.....

Ancião pensando!!!!

Anônimo disse...

Alô galera... Ricardo, o Camel já anunciou para nossa felicidade, uma reunião e turnê esse ano em que vão tocar na íntegra o The Snow Gooze! Não sei se passarão por aqui, será difícil mas vamos torcer. Enquanto não rola, para quem puder conferir terá Gong e Nektar!

O que vocês falaram acima serviu de aprendizado para mim, pois não conheço nenhuma banda New Prog, com exceção do grande Marillion e do Dream Theather. Pouco posso acrescentar ao debate. Então vou tratar de correr atrás, e vou dar uma olhada na lista do prog arquives que foi comentada. Nesse site eu dei uma pesquisada em bandas Italianas e lá tem muitas dicas quentes! Tem muita banda nova boa brasileira também!

Dead, ficou um assunto para trás no post do Genesis que se me permitem trazer aqui agora... Você disse que o "Anão" foi o vilão na guinada do som do Genesis, e eu não tenho tanto embasamento como você para levar um bom papo nessa questão. Eu não tenho os discos após o "And Them" e os encartes dos créditos das músicas desses discos. Mas nos 3 primeiros do Genesis pós Gabriel, eu notei certa vez em que estava observando os encartes que o Banks fazia um papel meio mão de ferro no grupo, nas composições, não? O Colins se exerceu seu domínio na banda, isso veio acontecer mais tarde, não?

Carlão, estou escutando nesse momento o Genesis Live (73) que acabei de baixar, acrescido das maravilhosas bônus tracks: Back in new york city, fly on a windshield, broadway melody 1974,anyway, chamber of 32 doors! A gravação está estupenda! Esse disco como te falei está na caixa Genesis Live (que contém todo material ao vivo gravado pela banda). Tem ainda nessa caixa um bootleg fantástico da turnê do Selling gravado no Raibown.

Desculpem ter saído um pouco do assunto pessoal.

Abraços

Luciano

Dead or Alive disse...

Luciano grato pela atenção e pela oportunidade, mas o Banks nunca teve pulso nenhum, era um inglês tipicamente chato.
Já que fala de encartes Luciano, pega o primeiro disco do Genesis From Genesis to Revelation em 1968 Gabriel,Banks,Philips, Rutherford e Stewart (quem?), depois troca o Stewart pelo Silver e depois pelo Mayhew que fez o lindíssimo Trespass.
Tudo bem?
Que nada isso só pra um disco, o Banks era e é um saco.
Aí vem a formação clássica Gabriel,Banks,Collins,Hackett e Mike e as melhores e mais sonoras obras da banda e do movimento junto com outros grupos até 76 qdo ficam ainda 4 Collins, Banks,Hackett e Mike (sabe prq coloquei assim? prq é assim que aparece o Banks sempre em segundo e qdo sai o Gabriel aparece o anão em primeiro, qqr um que estude um pouco de psicologia ou tenha filhos sabe o que digo, basta observar é questão de ego mesmo e justo de um cara que a 1 disco atrás cantou sua primeira música solo a "More for me" do Selling England... e antes em alguns discos como Nursery, aparece algo como Vocalizaçãozinha traduzindo grosseiramente.
Vc daria sua banda nas mãos de um profissional desses?
Substituiria seu Pelé por um sei lá quem?
Só se ele tivesse tomado conta do time e foi o que fez trazendo seu amigo Daryl Stuemer e depois o ex batera do Zappa monstro das baquetas Chester Thompson que deu uma sobrevida ao que sempre foi a dificuldade do anão, tocar,rs
Mas mesmo com a euforia do Daryl e o talento do Chester deu no que deu, e o Banks foi tocar com a Sinfônica de Londres, tipo assim, sei lá façam o que quiserem.
E de 2005 até 2007 tentaram reunir Hackett e Gabriel só que inventavam turnês homéricas passando por 12 países ou mais o que inviabilizava a carreira dos dois é claro.
E eles fizeram a turnê que sempre chamo a atenção pra um dvd de 2007 a cara de enfado do Chester na bateria e depois perguntaram o que era pra ele e simplesmente ele saiu do palco ao acabar o show, e tenho esse dvd.
De lá pra cá eles estão relançando tudo misturado, as antigas com as médias e novas em box e dvds e assim segue o caça níqueis de quem?
Quem tem o apelido de Tio Patinhas do rock?
Phil Collins!!!!!!!
Precisa mais?
Mas como amo o Genesis de paixão escreveria a noite toda mesmo sem coragem prq hoje o lobo estepario está um caco,rs
Enjoy amigos, Luciano e quem mais vier como diria Francis Hyme!!!!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

Dead, quando você disse que o Genesis gravou pela primeira vêz uma música na voz do Phil, que foi a "More Fool Me", eu lembrei da lindíssima baladinha voz e violão do "nursery crime" - for absent friends! Ela tem a voz do Phil também! Foi composta pelo Steve Hackett e Phil Colins, como consta na wikipedia, e não é informe do encarte do CD remaster.

(rerrerre) Eu estou aqui rindo por você e o Ancient odiarem ele! Vocês não perdoam até os dotes dele na bateria! (rs) Eu gosto dele... Como cantor e baterista... Curto muito o Genesis quarteto.

Abraços a todos

obs: O Ancient tá que pensa! Vai vir um post dele gigante!

Luciano

Dead or Alive disse...

Essa baladinha é que consta como vozinha, ou vocalizaçãozinha.
E tem mais,dotes de bateria?
Quem fazia outro bumbo e ximbau ou um pandeiro meia lua o tempo todo?
Em qqr vídeo bastava subir o tom da múscica que o Gabriel fazia uma espécie de segunda bateria ou percussão pra dar peso que o anão não tinha e nunca teve,ex? Viu se o Chester precisava disso? Ou deixava? Carl Palmer? Neal Peart? aliás uma das maiores bateris do mundo e sempre sozinho, e o mestre Steve Gadd?
Não é ódio que isso faz mal, é a verdade só a verdade.
rs
Enjoy!!!!!!!!!!!!

Ricardo disse...

Sei não Dead. Fiquei em dúvida e fui buscar um outro exemplo. Vejam este vídeo.
http://www.youtube.com/watch?v=Dthy6lUUjyA
De qualquer forma, é fato que o Genesis descambou em desespero, para sobreviver aos anos 80 e perdeu a personalidade.
Luciano, valeu pela notícia. Não sabia sobre esta nova turnê do Camel e vamos torcer! Faz um tempinho que eles haviam anunciado um álbum de estúdio.
Valvulado, valeu pela força. Você falou algo que também tem sido minha busca. Embora eu seja leigo, reconheço quando um grupo tem formação musical, conhecimentos técnicos e cuja criação tem embasamento.
Gosto de instrumental puro e isso só produz quem sabe tocar em equipe e em harmonia.
Já que falamos do Camel, tem uma curiosidade. Enontrei este vídeo dentre uns extras no DVD Footage I:
http://www.youtube.com/watch?v=z4hbjUfSYMk
E olha, acho que muitas letras virão. Ancient e Gustavo tão muito quietos.
Abraços a todos!

Anônimo disse...

Falando do Genesis, uma banda que gosto demais... acho que foi válida a tentativa do grupo de tentar manter o estilo nos dois álbuns posteriores a Peter Gabriel. No álbum And Then There were Three, a tentativa continuou com umas músicas suaves, mas o hit Follow You, Follow Me emplacou e Phil e demais Genesis descobriram o poder da música Pop, e acho que aí direcionaram o Genesis. Peter Gabriel produziu fantásticos álbuns solos, mas diferente do Genesis. Shock the Monkey é um sonzaço, mas também partiu para o Pop Rock com Sledgehammer, porém sem perder a qualidade. Neste contexto, o Genesis inicial se perdeu, nem Gabriel e nem Collins deram a sequencia... Mas tiveram muito sucesso em praias distantes do Progressivo. Gosto muito mais de Gabriel do que de Collins, mas o "anão" tem seus méritos como músico e é um bom baterista. Vejam um trabalho paralelo de Phil Collins no Brand X ( http://somvalvulado.blogspot.com.br/2012/08/saturday-session.html ) e a resenha do Prog Archives ( http://www.progarchives.com/artist.asp?id=660 ). Mas Dead, não tiro seus motivos de achar o cara meio estranho, mas era bom músico.

O Gustavo, com este post, meio que nos desafiou a reavaliar nossa natural resistência 'as novas bandas (o que é verdade) e postou este álbum do IQ, que é muito bom... Estou dando uma geral em meus Prog álbuns e em breve trago algumas sugestões...

Por hora, muito obrigado a todos e vamos em frente...

Abs Valvulado

Carlos The Ancient disse...

HUMMMMMMMMMMMMMMMMM..........Hummmmmmmmmm

Ancião pensando!!!!!!! Dessa vez com polêmica!!!!

O buteco tá incendiando.......Não sei se jogo água ou gasolina!!!!!!hummmmmmmmmm

Ancient!!!!!

Gustavo disse...

Carlão,

Você acha que está incendiando???? Espere a próxima resenha....... hahahahahaha

Abraços,

Gustavo

Ricardo disse...

Péra aí! Por favor, Carlos, agua não. Gasolina nem pensar. Jogue álcool, de preferência destilado ou fermentado. Destilado com gelo e cerveja e bem gelada.
Abraços a todos!

Carlos The Ancient disse...

Dava trabalho ouvir um disco inteiro....Primeiro tinha que juntar uma grana, depois escolher um no meio de um oceano de opções e indicações....Uma vez comprado o disco eleito começa o ritual.... Vamos tomar como exemplo Thick as a Brick...

Colocar o disco em um som incompatível com a altura da música e da banda... ficar sentado 40 minutos e ouvir....ouvir....Pensar....pensar.....Passar umas duas horas...volta pro quarto põe de novo.....Som complicado, cheio de passagens, cheio de arranjos....você tenta assimilar aquilo tudo na cabeça, tenta identificar instrumentos, tenta entender a letra sem saber porra nenhuma de inglês....Passa uma semana, duas...

Nesse tempo você chama um ou dois caras da turma, pões eles para ouvir, debate, filosofa, rebate as críticas, mede os prós e contras e chega à conclusão definitiva.... Puta que pariu, preciso ajuntar grana urgente e comprar o Aqualung....

Tive que repetir esse ritual um sem número de vezes e na maioria delas em uma época em que não tinha outra alternativa...Era sentar e ouvir...Pois a internet ainda não havia sido inventada...Depois vem CD, VHS,DVD, renovação de acervo....e como agravante ( tinha ainda que renovar meu acervo de VHS de filmes para DVD ( como bom roqueiro que se preze também sou cinéfilo)...

como sempre......

Carlos The Ancient disse...

.....Aí você chega nos 40 e fala...Puta que pariu...como é que fui esquecer os Ramones....!!!!!

Então chega uma hora que você diz a si mesmo “And Of!!!!!!!!”Chega....Não dá mais, é muito pra cabeça, não tenho mais 14 anos, tenho uma vida, tenho emprego, tenho família, tenho conta pra pagar.....Não vai dar....

Rock Progressivo dá trabalho em tudo, mas o problema é que não sou amante exclusivo de Rock Progressivo....Eu também gosto do Motley Crue, Van Halen, Madonna, Blondie......Chega!!!!!!! Não cabe mais nada........

Só que de vez em quando vendo um DVD do Pink Floyd descubro o Mostly Autumn....

Ou então inadvertidamente um cara da loja de discos põe Pull me Under do Dream Theater....Ou então o Leosky posta um Asteroids Galaxy Tour....Ou fuçando o You Tub eu acho uma música chamada The Rising of Sodom and e Gomorrah de um tal de Therion.......

Ou seja, pra assumir uma banda nova na minha vida, tem que dar aquele estalo de bate pronto, pegar na veia....O Mostly Autumn que eu vi no DVD do Pink Floyd A Critical in Review era uma apresentação de Echoes..Pensei Ok...Ok!!!! Will See!!!!

Aí por obra do divino espírito santo baixei Pass The Clock e que também por uma sucessão de coincidências tinha a primeira faixa Fading Colour...Pensei de novo All Right....Lets go!!!!

Puxei no You Tube o show That Night In Leaminghton...cuja música de abertura era Fading Colours...OK..Big deal....

Aí me aparece a Heather Findley com aquele chapeuzinho e o povo delirando....Beautiful absolutely Beautiful...that ‘s it!!!!!

...cont..

Carlos The Ancient disse...

Resumo...Tem que dar aquel estalo que dava em Supper’s Ready, se não der....não tenho mais tempo e nem paciência para cavoucar banda nenhuma....Os anos 80 torrou a parte dos meus neurônios responsáveis pela paciência de buscar novos sons....

Mesmo porque naqueles dias eu tinha com quem falar, com quem dividir,...A gente se via, minha casa era o point, cada um trazia seu LP debaixo do braço, nos sábados era parada obrigatória assistir o SOM POP antes de ir pra balada,,,

E tal qual Beavis and Butt Head, a gente detonava o que era ridículo e reverenciava o que prestava...Depois era sair pra noite...E a noite pra um bando de caras que admitiam Adrian Belew e Tony Levin, mas desprezavam Bob Fripp .....

Era algo simplesmente surreal e inesquecível....Esses dias se foram, não existem mais.

O que sobrou?????Contas para pagar, lucro bruto, redução de despesas, resultado operacional, exame de PSA, Losartana, Atenalol, ....Ficou diferente...Muito diferente!!!! As coisas mudaram e o tempo cada vez menor e mais rápido...Tal qual uma música dos Pistols...

Eu já havia baixado este post que o Mano Véio colocou ....Ouvi todo ele....Bom conjunto, som diferente, legal....,

Só que quando acabei de escutar, coloquei minha jukebox pra rodar e aí veio em uma porrada só, Turn To Stone da ELO, Stereotomy do Alan Parsons e Black Blade do Blue Oyster Cult ( alguém aí já ouviu Black Blade??? Alguém aí tem noção do que é essa música??? Todo mundo tira sarro do Blue Oyster Cult porque eles passaram a abrir os shows do Kiss um ano depois do Kiss abrir os shows deles..mas eu afirmo, jamais o Kiss poderia compor uma música chamada Black Blade)

Se naqueles dias eu já era exigente, imaginem agora que eu envelheci.......Só vai caber no meu acervo se for coisa de gênio, e eu não vou também ficar procurando....Vai ter que pintar....

O Valvulado postou uns trabalhos do Marco Antonio Araujo...pelo que o Dead escreveu e o que o Valvulado também, o cara é o Mike Oldfield brasileiro...

Mas aí eu caio de novo no Efeito Focus...Ouço o Marco Antonio Araujo ou o novo CD duplo do Mostley Autumn com orquestra sinfônica chamado The Ghost Moon Orchestra Limited Edition?????..( hehehehehehe)

Talvez se morássemos todos na mesma rua, estudássemos na mesma escola, tivéssemos de novo 16 anos...Poderíamos pegar cada um seu disco, botar debaixo do braço e passar a tarde discutindo cada um seu ponto de vista ouvindo estes trabalhos....

Mas hoje os tempos são outros, ou o cara é bom ou não é, ou a música vale a pena ou não vale....Nosso point é o outro e nossas prioridades também, hoje o que manda é um link...

É mais rápido, mas não sei se é mais legal....A magia sempre acaba uma hora....Mas sem sombra de dúvida, nos nossos dias ela foi bem melhor...

Hoje precisamos ser cuidadosos e exigentes...afinal, foi pra isso que nos preparamos não é????

ABRAÇO....FORÇA....SUCESSO!!!
The Ancient

...E Nunca se esqueçam...A Música é só uma alegoria.....um pano de fundo....
P.S....Agora vamos de novo ao Genesis, porque já vi que algumas coisas ficaram mal resolvidas...

Ricardo disse...

Depois desta, já deu. Valeu! FUI!!!!!!!

Carlos The Ancient disse...

Como a conversa do Genesis parece-me que ficou meio mal resolvida, vou dar uma de Dead!!!!!

Não de forma acadêmica, porque nisso ele será sempre incomparável....Mas como sempre, de forma filosófica tentar contar uma historinha .....

Era uma vez na década de 70 três “ carinhas”....Um tal de David Bowie, um cara chamado Alice Cooper e um outro chamado Ozzy Osbourne...Olhem só o que aconteceu...

O Tal de David Bowie era tão grande e tão bom, que só precisava de uma boa banda, e mais nada, o público ia em seus shows para assistir na época um espetáculo à parte onde os protagonistas eram ora Ziggy Stardust, Space Oddity, Aladin Sane, Major Tom....Os membros da banda eram apenas coadjuvantes...

Ora Mick Ronson, Ora Carlos Alomar, ora Peter Frampton, ora Brian Eno, ora Rick Wakeman, ora Trevor Bolder, ora Adrian Belew...Mas o que valia mesmo era Bowie...Sempre o que valia era Bowie....

Alice Coper surgiu como uma banda, só que o tal do Vincent Damon, ficou maior, e tal qual uma reação química, absorveu os músicos , o nome da banda, o título de maldito, e seguiu sua vida até hoje, onde assim como Bowie, os músicos são apenas um detalhe, alguém aí se lembra que fim levou Glen Buxton, Michael Bruce, Dennis Dunaway e Neal Smith??????

Afinal, eles mais Vincent, formavam uma banda chamada Alice Cooper Band....Essa é a verdade!!!!

Wellcome to my Nightmare and my Brutal Planet..Alice será sempre Alice...

E por fim, tem o tal do Ozzy, que foi escorraçado da lenda Black Sabbath, e que na hora de fazer suas malas, juntou toda a áurea, todo circo, todo sangue, mas acima de tudo, todo talento e virou de fato e de direito Ozzy Osbourne, foi o único sobrevivente dos anos 70 que se transformou em lenda viva nos anos 80, reinando absoluto acima do próprio Sabbath, Deep Purple e das carreiras solos dos ex Zeps....

....Mano véio...me dá mais palavras...cont

Anônimo disse...

Hehehehe. Cara, ri muito deste post, Carlos. Ri, porque me identifico também e trouxe lembranças muito boas. Creio que todos nós vivemos um pouci disso. Descobri agora que o dr. Pirata frequentava a Baratos Afins na mesma época que eu (1984), E daí vai... O que faço toda a semana e, requer um pouco de disciplina, como dirijo muito, preparo os sons que vou ouvir durante a semana e, após meus clássicos, sempre coloco um disco novo, que não conheço ou que requer mais atenção... Esta semana, pelo desafio do Gustavo, coloquei o IQ, que já rodou umas três vezes.
Carlos, obrigado pelos comments... Valeu!

Valvulado

Carlos The Ancient disse...

....E nessa história toda também tinha uma banda chamada Genesis, que como qualquer banda, se reunia no estúdio, compunham, ensaiavam, faziam arranjos, lançavam discos, mas na hora que subiam no palco viravam Peter Gabriel Band...
Onde Assim como Bowie, Cooper, e Osbourne, era ele e tão somente ele que brilhava!!!!
!
O cenário era para Peter, as músicas para Peter, as palmas para Peter, era ele o contador de estórias...Os demais – confome o próprio Collins admitiu em entrevista - ficavam ali se roendo, sentados por cinco anos em seus banquinhos tocando para o show de Peter....

Até que em The Lamb Lies Down On Broadway, a coisa extrapolou e Peter literalmente assumiu o controle total do palco...

Então em uma banda de cinco, onde tem um que brilha e no meio dos outros quatro tem um sujeito chamado Phil Collins, seria inevitável chegar à seguinte conclusão..Vamos ou não vamos nos tornar uma banda em todos os sentidos e jogar fora esses banquinhos????

E aí nasce de fato e de direito uma banda chamada Genesis, onde os membros além de compor, arranjar, ensaiar, lançar discos, também subiam no palco para fazer um show...

Esse show que o Mano Véio acabou de postar e que ele mesmo foi ver no Brasil...Naquela época nascia o Genesis...

Peter poderia ter feito o mesmo que Ozzy...mas preferiu seguir um caminho menos ambicioso, mais filantrópico e moderado...

Quanto a Phil...cumpriu seu destino de ser “arroz de festa”, tal qual em seu início de carreira como tiete e figurante em A Hard Days Night dos Beatles...

Depois tiete de Peter atrás das baterias, astro de série de TV, e por aí vai...Colecionou mais Grammys que o Genesis e Peter Gabriel e hoje sofre da síndrome de Gillan, Benoit David e tantos outros que arrebentaram suas gargantas ao longo dos anos de estrada, e segundo ele mesmo, incapaz de tocar bateria devido à falta de sensibilidade nos dedos....

Possivelmente por passar anos e anos tentando acompanhar Chester Thompson..... Ou quem sabe efeito do Live Aid, onde ele quis acompanhar uma banda chamada Led Zeppelin, substituindo um outro tal de John Bonzo “O Moby”nas baterias

A TODOS...DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO
ABRAÇO....FORÇA....SUCESSO!!!

The Ancient

Richard,,,,Não vá embora!!!!! ?Volta....Eu atendi seu pedido...apenas botei mais álcool....Não se esqueça..A música é só uma alegoria...um pano de fundo....