quarta-feira, janeiro 16, 2013

ELOY - "Ludwigshafen" 1978

Se há uma banda que eu gosto de reservar um espaço especial aqui no blog, esta certamente é o Eloy, pois a considero de primeiríssima linha, mesmo que não tenha conseguido os mesmo níveis de popularidade que um Genesis, Yes, Pink Floyd e tantas outras da mesma geração conseguiram. 

Em geral é muito complicado encontrar algum material disponível de shows do Eloy, fora da linha de catálogo que a rigor só tem um, portanto quando surge algo, é uma obrigação dividir com todos e para tanto, apresento o bootleg, “Ludwigshafen”, datado de 1978 na Alemanha, porém com a data real de origem desconhecida.

A banda se apresentou com a sua melhor formação em meu conceito, tendo como elenco Frank Bornemann nas guitarras e vocais, Klaus-Peter Matziol no baixo, Detlev Schmidtchen nos teclados e Jürgen Rosenthal na bateria. 

Tratando-se do Eloy, falar de formação é algo complexo, pois em sua história, as entradas e saídas de músicos foram muitas, mas em geral a banda sob o comando de Frank Bornemann conseguiu manter uma uniformidade em seus álbuns, até certo ponto surpreendente e para mim, a que consta deste álbum é a mais criativa, pois com esta  união, foram criados os álbuns mais significativos da discografia da banda como, “Down”; “Oceans”, “Live”, “Silent Cries and Might Echoes” e o “Colours”, no período de 1976 até 1980. 

Esta apresentação com exceção das músicas, "The Dance in Doubt and Fear" e "Lost!? (Introduction)" é a integra do álbum, “Down” de 1975, que junto aos álbuns, “Power and the Passion” de 1975 e “Oceans” de 1977, formam a “Santíssima Trindade” da discografia do Eloy, pois considero estes álbuns perfeitos, sob o ponto de vista estético da ótica progressiva. 


Pode até parecer para alguns, uma blasfêmia ou sacrilégio o que vou dizer a seguir (e acho que não é a primeira vez que eu afirmo isto), mas eu sem medo, digo que para mim, o Eloy é como um “Pink Floyd Alemão” sem a fase psicodélica, sob a regência de Frank Bornemann, que é gênio por excelência quando está compondo suas peças, canta razoavelmente bem em inglês com sotaque alemão, o que dá um diferencial as suas vocalizações e ainda por cima empunha sua guitarra com muita destreza e personalidade. 

Ele consegue um resultado musical muito semelhante ao Pink Floyd, pois consegue gerar um cenário espacial muito envolvente e cativante, encontrado em álbuns como ”Meddle”; “Atom Heart of Mother”, “The Dark Side of the Moon” e até mesmo, “Wish You Were Here” que são álbuns altamente viajantes. 

Com toda esta dedicação à música, foram produzidos dezessete álbuns de estúdio, três coletâneas e um álbum gravado ao vivo oficial, fora os raros bootlegs que vez por outra aparecem na Net, criados ao longo de quatro décadas de muita doação de talento, inspiração e amor à música. 

Como fã de carteirinha que sou da banda e principalmente de Frank Bornemann, não resta alternativa, senão recomendar muito este bootleg, que como todos os outros já apresentados aqui no blog, é parte constante da história da música e diretamente do rock progressivo.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Eloy:
Frank Bornemann - Guitars, Vocals
Klaus-Peter Matziol - Bass Guitar
Detlev Schmidtchen - Keyboards
Jürgen Rosenthal - Drums

Tracks:
01. Awakening
02. Between the Times
  a. Between the Times
  b. Memory Flash
  c. Appearance of the Voice
  d. Return of the Voice
03. The Sun Song
04. Lost?? ( The Decision)
05. The Midnight Fight / The Victory of Mental Force
06. Gliding Into Light and Knowledge
07. Le Réveil du Soleil / The Dawn


NEW LINK



DEPOIMENTOS:

O mais gratificante aqui no blog, é poder contar com pessoas que graciosamente disponibilizam seus conhecimentos e experiências, portanto, estar inserindo estes cometários diretamente na resenha é uma obrigação e especificamente nesta resenha, nós temos uma pós-graduação em "Eloy", ministrada por Roderick Verden (Imperdível) e em seguida uma esclarecedora visão geral do rock progressivo feita por Carlos "The Ancient" envolvendo o Pink Floyd



Amigo boa banda, parte importante do Alemão progressiva, o meu favorito é Floating e The Ocean

Atenciosamente
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  1. Eu na verdade sou suspeito para falar de qualquer álbum do Eloy, pois eu gosto de todos.....

    Valeu por sua presença aqui no blog....

    Abraços,

    Gustavo
    Excluir
  2. Amigo gustavo, lamentavelmente o link não está funcionando mais. Parabéns pelo texto bem elaborado, eu tenho curiosidade de conhecer os demais trabalhos do Eloy, eu possuo em mp3 os dois primeiros e o "Planets" que tive o prazer de compra-lo logo quando saiu em vinil no Brasil no periodo em que o album era lançamento.
    Parabéns pelo Blog. Grande Abraço!!!
    Excluir
  3. Ricardo,

    Já estou providenciando um novo link.... aguarde!!!

    Obrigado pelas palavras....

    Volte sempre!!!

    Abraços,

    Gustavo

    1. Oi Gustavo. Coincidentemente, adquiri três cds do Eloy, nesta semana: "Floating", "Colours" e "Dawn". Tenho-os, em mp3, mas, um deles adquiri em troca, os outros dois comprei, mesmo estando muito sem dinheiro.rs

      No meu conceito, o Eloy não teve uma mulher formação.

      O primeiro álbum destoa dos outros, já que é hard rock , os teclados são ouvidos apenas ocasionalmente e o Frank Bornemman não canta. Na verdade, neste disco, Bornemann não se destaca muito. Contudo, é um ótimo disco.

      No "Inside", Fritz Randow entra tocando bateria. Manfred Wickezorke, que no primeiro disco era guitarrista(junto com Bornemann), toca orgão e guitarra. Tocando apenas orgão hammond, Wickezorke dá um verdadeiro show com o seu instrumento. E ele faz a mesma coisa no "Floating".

      No "Power and Passion", Wickezorke, abandona de vez a guitarra e passa a tocar outros tipos de teclados, além do seu orgão: sintetizador, mellotron, piano...

      Infelizmente, Wickezorke não está presente no disco seguinte, "Dawn". Eu disse "infelizmente", mas felizmente ele foi muito bem substituído , por Detlev Schmidtchen, que também tocou guitarra, no disco em questão. E foi neste álbum, a estréia do ótimo baixista,
      Klaus-Peter Matziol . Infelizmente, Fritz Randow não participou do "Dawn", mas para a alegria dos fãs, entrou no seu lugar, "Jurgen Rosenthal", que era um ótimo letrista e fazia narração.

      No "Ocean", com a mesma formação do Dawn", as guitarras ficam por conta só de Bornemann.

      No "Silente Cries..." continua a mesma formação.

      No "Colours", Rosentall sai, dando lugar para o batera Jim Macgillivray, que também ajudava nas letras das melodias.
      Detlev Schmidtchen parte, e o álbum marca a estréia de mais dois integrantes, os xarás Hannes, Folberth nos teclados e Arkona nas guitarras.

      No próximo disco, "Planets", Arkona, além de tocar guitarra, toca teclados também, com isso, para nosso deleite, os sintetizadores comandam as viagens sonoras do Eloy.

      Em "Time to Turn", Fritz Randow volta a ficar por conta das baquetas. E esse excelente formação, Frank Bornemann, Klaus Peter-Matziol, Hannes Arkona, Hannes Folberth e Fritz Randow, prossegue junta até o disco de 1984, "Metromania".

      E foi depois do Metromania", que o Eloy se acabou, como um conjunto. Os tempos eram outros. O próximo disco, "Ra", foi lançado 3 anos depois...Oficialmente, o Eloy se tornou uma dupla: Frank Bornemann e o tecladista Michael(não me lembro seu sobrenome). Esse continuou a acompanhar Bornemann, nos discos posteriores. E, posteriormente, o baixista Klaus Peter voltou...

      Os discos lançados depois do "Metromania" são bons, mas não tanto como os outros...

      Concordo que o Eloy é uma espécie de Pink Floyd alemão. Taí o "Wish You Were here", que não nos deixa mentir(rs).

      Pouquíssimos grupos foram como o Eloy. Enquanto, a maioria(e põe maioria nisso, dos grupos progressivos, criaram músicas mais descartáveis, curtas, como surgimento do punk e da new wave, o Eloy continuou fazendo seu som bem trabalhado e viajante, até o ano de 1984. O trabalho de teclados da banda é, simplesmente, maravilhoso; pouquíssimos grupos fizeram o uso das teclas com tanta eficiência assim. Boas tramas de guitarras, belo som do baixo e ótimo vocal de Bornemann, que é muito criticado, para meu espanto. Sua voz casa bem com a sonoridade viajante do Eloy.
      As histórias dos discos são cativantes, místicas, nos emocionam, quase todas ideias de Bornemann, que tinha dificuldades de escrever letras sozinho, assim como as melodias, mas era um homem de ideia, um sonhador!
      E as capas dos álbuns? Sublimes!!!

      1. Eu já disse uma vez aqui que o Pink Floyd não é (ja foi) uma das minhas grandes paixões do rock progressivo assim como o King Crimson. Mas estou sempre procurando descobrir velhas bandas de progressivo conhecidas ou pouco conhecidas. Vou seguir as dicas de vocês esquecer que o Eloy se parece com o Floyd, e vou experimentar a banda.

        Meu leque de bandas prog de meu acervo não é grande e se resume em: Yes, Genesis, Steve Hackett, Gentle Giant, Jethro Tull, Focus, ELP, Triumvirat, PFM, Banco Del Mutuo Soccorso, Le Orme (não me impressionou muito essa) Camel, Kansas, Pink Floyd (tenho o wish you were here), King Crimson (tenho os 2 primeiros apesar de não ligar muito pra banda), Nektar, Marillion, O Terço. Estou sempre buscando aumentar esse acervo do estilo mais apaixonante do rock sem dúvidas - o rock progressivo.


        ResponderExcluir
      2. Já experimentei alguns discos e algumas músicas do Gryfon, Can, Khan, Gong, mas tenho que reouvir discos dessas bandas. Esqueci do Colosseum e Colosseum 2 que gosto muito também.

        Abraço a todos.

        Luciano
        ResponderExcluir
      3. Não conhecia essa banda, mas gostei muito do som.
        Parabéns pelo material.


        1. Vamos por as cartas na mesa........................

          E colocar algumas verdades que precisam ser ditas.........o Roderick - O Lorde - a um tempo atrás fez um comentário a respeito do Pink Floyd mais do que verdadeiro.....corajoso e lúcido....O Pink Floyd que cultuamos é o Pink Floyd de Roger Waters, que basicamente criou as seguintes Obras Primas..Atom Heart Mother...Echoes.....DSOTM....Wish You Here....The Wall....ponto!!!!!!!!!!!!

          Nem as loucuras psicodélicas de Sid Barret e nem Show Busines de Gilmour pode ser considerado Pink Floyd.....

          Estou dizendo isso, porque o Eloy tem uma obra que está sim à altura dos grandes trabalhos do Pink Floyd, e maior do que os More, Animals e Finals da vida.....

          Já disse neste blog em outras oportunidades, que End Of Odissey, entra na na minha concepção na lista de das 10 maiores canções de rock Progressivo.

          A obra do Eloy ( tão magistralmente dissecada pelo Roderick - O Lorde - ) tem muito mais consistência e coerência do que a obra do Pink Floyd - É obvio que não tem nenhum DSOTM....Mas também não tem nenhum Ummagumma...

          O rock progressivo é um estilo de música inteligente, com o mais alto nível de criatividade....para um público cada vez mais seleto e exigente....Penso apenas que o grande problema das bandas de hoje não está nem na construção sonora, mas nos nomes... Mostley Autumn, Blue Mammuth, ANKH, Porcupine Tree, Samurai of Prog....

          Esses nomes são muito pra cabeça....Yes, Camel, Genesis, Eloy, Kansas......Nada como simplificar as coisas....Se o Yes tivesse um nome tão complicado quanto as músicas que fazia, duvido que teria feito o mesmo sucesso...

          Só pra finalizar o que estou dizendo.... Será que John and the Moondogs, faria o mesmo sucesso que The Beatles????

          Agora Mano Véio.....Que alegria, que satisfação ver tantos novos companheiros neste buteco mais simpático da Net!!!!!!!!!!!.....

          P.S. Não esqueça de tirar do plástico Open Your Eyes!!!!

          PARA TODOS OS NOVOS COMPANHEIROS DE BEBIDA....

          ABRAÇO....FORÇA.....SUCESSO!!!!

          The Ancient
          ResponderExcluir
        2. Oi Carlos, muito interessante seu comentário, principalmente quando falou dos nomes complicados das bandas atuais do rock progressivo(e das mencionandas, só conheço Porcupine Tree-rs). Mas vc tem que lembrar que o rock progressivo , é tido como pomposo, então...rs

          Contudo, creio que vc não me entendeu. Talvez até eu não tenha sido claro, mesmo escrevendo muito, é provável que não tenha me expressado direito.

          Concordo que a obra do Eloy tem muito mais consistência e coerência que a do Pink Floyd; costumo até falar que o Eloy foi o que o Floyd deveria ser depois do "Wish You Were Here", mas não foi. E pra infelicidade, de nós, fãs do grupo, a banda(Floyd) passou a gravar de dois em dois anos, sendo que o "The Final Cut", foi gravado 3 anos após o "The Wall", enquanto o Eloy gravou anualmente , até o "Metromania".

          O que não concordo contigo, e, claro, é uma questão de ponto de vista, é sobre vc ter dito de eu apreciar mais o Pink Floyd , do Roger Waters...

          Bem, lá vem mais delongas...rs

          Recentemente, eu disse no site "Whiplash", que, na verdade, o Pink Floyd gravou apenas um disco: "The Piper At the Gates of Dawn". Se Waters, Wright e Mason fossem coerentes, corajosos e, até mesmo , honestos, ao contratarem David Gilmour, deveriam criar outra banda, pois Barrett era disparado a figura principal do Floyd, e até mesmo criou o nome do grupo. Ainda assim, penso que o Floyd do "The Piper..." era um conjunto; valendo ressaltar que Waters escreveu uma música(muito boa , por sinal) e que haviam duas faixas instrumentais, compostas por todos os integrantes, uma delas, ocupando
          pelo menos metade do lado 2. E os teclados de Wright se destacavam muito também. Mas, Barrett era o principal compositor e cantor da banda.

          Um nome(bem sem vergonha-rs) para a banda remanescente, formada por Waters, Wright, Gilmour e Mason: psychedelic space.

          E o espaço psicodélico(rs) existiu até o Animals, que mesmo só com composições de Waters e Gilmour, mostrava uma banda de rock, um quarteto. Mesmo Mason, que achei muito devagar no "Wish You Were Here", se saiu bem, no "Animals". E tal disco foi o único, do DSOTM pra cá, em que não há músicos de fora.

          "The Wall" é um disco solo do Waters, com uma boa ajuda do Gilmour.

          "The Final Cut" é um puro (e pouco inspirado) álbum solo de Waters.

          "AMLOR", solo de Gilmour.

          "The Division Bell", solo de Gilomur, com um convidado especial, que o ajudou a escrever algumas músicas , até cantando uma delas, o saudoso Richard Wright.

          Prezado, Carlos, sinceramente, sabe que eu gostava muito da inconstância dessa banda chamada Pink Floyd. Até antes do "The Dark side..." eu os achava mais ecléticos. Mas, muitos acham que eles não sabiam para onde irem...

          Segue a lista dos meus preferidos, dos 14 álbuns de estúdio da coisa chamada Pink Floyd:

          1) A Saucerful of Secrets
          2) Obscured by Clouds
          3) Atom Heart Mother
          4) Meddle
          5) Ummagumma
          6) The Wall
          7) The Dark Side of the Moon
          8) Wish you Were Here
          9) The Division Bell
          10) The Piper At The Gates of Dawn
          11) More
          12) Animals
          13) A Momentary Lapse of Reason
          14) The Final Cut

          Saudações a todos!
          Tudo de bom!
          ResponderExcluir
        3. Agora que li, "pós-graduação em Eloy"(rs). Muita gentileza sua, Gustavo! Sou é muito prolixo(rs).

          Valeu!



          1. Meu Caro Lorde!!!!

            Recentemente discutimos sobre os trabalhos do Genesis com e sem Peter Gabriel....Obra de Arte e Bons Álbuns progressivo!!!

            No caso do Floyd, eu classificaria como Obras Primas ( os álbuns que citei ) e no resto muito experimentalismo, muita esquisitice e alguns bons trabalhos.....Eu entendo que Roger Waters foi o elemento criativo e preponderante nas obras cruciais do Pink Floyd ( Rick um artesão sobre estas obras - injustiçado -); ( Mason apático, sem brilho mas competente); ( Gilmour hábil o suficiente para atender as exigências de Waters e assim como Rick dono de uma bela voz).

            Qualquer coisa fora desta química jamais poderá ser considerado Pink Floyd....

            O Eloy como conjunto da obra é simplesmente fantástico...Eu comentei neste blog certa vez, que na ocasião do primeiro Rock 'n Rio, o Eloy estava com uma sucessão de quatro obras simplesmente impecáveis ...Planets, Time to Turn , Performance e Metromania....E acabaram trazendo os chatíssimos Scorpions, Nina Hagen e o Yes de Trevor Rabin.....

            Mano Véio acha que o que faltou para o Eloy talvez tenha sido um pouco de mídia...Acho que ele tem razão, porque a obra da banda é simplesmente inigualável, e não deve nada aos grandes nomes da década de 70....

            Meu Caro Lorde....Debater com o Véio Dead é muito bom!!!! Mas filosofar sobre os estranhos caminhos do rock progressivo com você é sempre um aprendizado!!!!

            ABRAÇO.....FORÇA....SUCESSO!!!!!

            The Ancient























14 comentários:

yesunion disse...

Amigo boa banda, parte importante do Alemão progressiva, o meu favorito é Floating e The Ocean

Atenciosamente

Gustavo disse...

Eu na verdade sou suspeito para falar de qualquer álbum do Eloy, pois eu gosto de todos.....

Valeu por sua presença aqui no blog....

Abraços,

Gustavo

Roderick Verden disse...

Oi Gustavo. Coincidentemente, adquiri três cds do Eloy, nesta semana: "Floating", "Colours" e "Dawn". Tenho-os, em mp3, mas, um deles adquiri em troca, os outros dois comprei, mesmo estando muito sem dinheiro.rs

No meu conceito, o Eloy não teve uma mulher formação.

O primeiro álbum destoa dos outros, já que é hard rock , os teclados são ouvidos apenas ocasionalmente e o Frank Bornemman não canta. Na verdade, neste disco, Bornemann não se destaca muito. Contudo, é um ótimo disco.

No "Inside", Fritz Randow entra tocando bateria. Manfred Wickezorke, que no primeiro disco era guitarrista(junto com Bornemann), toca orgão e guitarra. Tocando apenas orgão hammond, Wickezorke dá um verdadeiro show com o seu instrumento. E ele faz a mesma coisa no "Floating".

No "Power and Passion", Wickezorke, abandona de vez a guitarra e passa a tocar outros tipos de teclados, além do seu orgão: sintetizador, mellotron, piano...

Infelizmente, Wickezorke não está presente no disco seguinte, "Dawn". Eu disse "infelizmente", mas felizmente ele foi muito bem substituído , por Detlev Schmidtchen, que também tocou guitarra, no disco em questão. E foi neste álbum, a estréia do ótimo baixista,
Klaus-Peter Matziol . Infelizmente, Fritz Randow não participou do "Dawn", mas para a alegria dos fãs, entrou no seu lugar, "Jurgen Rosenthal", que era um ótimo letrista e fazia narração.

No "Ocean", com a mesma formação do Dawn", as guitarras ficam por conta só de Bornemann.

No "Silente Cries..." continua a mesma formação.

No "Colours", Rosentall sai, dando lugar para o batera Jim Macgillivray, que também ajudava nas letras das melodias.
Detlev Schmidtchen parte, e o álbum marca a estréia de mais dois integrantes, os xarás Hannes, Folberth nos teclados e Arkona nas guitarras.

No próximo disco, "Planets", Arkona, além de tocar guitarra, toca teclados também, com isso, para nosso deleite, os sintetizadores comandam as viagens sonoras do Eloy.

Em "Time to Turn", Fritz Randow volta a ficar por conta das baquetas. E esse excelente formação, Frank Bornemann, Klaus Peter-Matziol, Hannes Arkona, Hannes Folberth e Fritz Randow, prossegue junta até o disco de 1984, "Metromania".

E foi depois do Metromania", que o Eloy se acabou, como um conjunto. Os tempos eram outros. O próximo disco, "Ra", foi lançado 3 anos depois...Oficialmente, o Eloy se tornou uma dupla: Frank Bornemann e o tecladista Michael(não me lembro seu sobrenome). Esse continuou a acompanhar Bornemann, nos discos posteriores. E, posteriormente, o baixista Klaus Peter voltou...

Os discos lançados depois do "Metromania" são bons, mas não tanto como os outros...

Concordo que o Eloy é uma espécie de Pink Floyd alemão. Taí o "Wish You Were here", que não nos deixa mentir(rs).

Pouquíssimos grupos foram como o Eloy. Enquanto, a maioria(e põe maioria nisso, dos grupos progressivos, criaram músicas mais descartáveis, curtas, como surgimento do punk e da new wave, o Eloy continuou fazendo seu som bem trabalhado e viajante, até o ano de 1984. O trabalho de teclados da banda é, simplesmente, maravilhoso; pouquíssimos grupos fizeram o uso das teclas com tanta eficiência assim. Boas tramas de guitarras, belo som do baixo e ótimo vocal de Bornemann, que é muito criticado, para meu espanto. Sua voz casa bem com a sonoridade viajante do Eloy.
As histórias dos discos são cativantes, místicas, nos emocionam, quase todas ideias de Bornemann, que tinha dificuldades de escrever letras sozinho, assim como as melodias, mas era um homem de ideia, um sonhador!
E as capas dos álbuns? Sublimes!!!

Anônimo disse...

Eu já disse uma vez aqui que o Pink Floyd não é (ja foi) uma das minhas grandes paixões do rock progressivo assim como o King Crimson. Mas estou sempre procurando descobrir velhas bandas de progressivo conhecidas ou pouco conhecidas. Vou seguir as dicas de vocês esquecer que o Eloy se parece com o Floyd, e vou experimentar a banda.

Meu leque de bandas prog de meu acervo não é grande e se resume em: Yes, Genesis, Steve Hackett, Gentle Giant, Jethro Tull, Focus, ELP, Triumvirat, PFM, Banco Del Mutuo Soccorso, Le Orme (não me impressionou muito essa) Camel, Kansas, Pink Floyd (tenho o wish you were here), King Crimson (tenho os 2 primeiros apesar de não ligar muito pra banda), Nektar, Marillion, O Terço. Estou sempre buscando aumentar esse acervo do estilo mais apaixonante do rock sem dúvidas - o rock progressivo.



Anônimo disse...

Já experimentei alguns discos e algumas músicas do Gryfon, Can, Khan, Gong, mas tenho que reouvir discos dessas bandas. Esqueci do Colosseum e Colosseum 2 que gosto muito também.

Abraço a todos.

Luciano

Ricardo Adriano disse...

Amigo gustavo, lamentavelmente o link não está funcionando mais. Parabéns pelo texto bem elaborado, eu tenho curiosidade de conhecer os demais trabalhos do Eloy, eu possuo em mp3 os dois primeiros e o "Planets" que tive o prazer de compra-lo logo quando saiu em vinil no Brasil no periodo em que o album era lançamento.
Parabéns pelo Blog. Grande Abraço!!!

Gustavo disse...

Ricardo,

Já estou providenciando um novo link.... aguarde!!!

Obrigado pelas palavras....

Volte sempre!!!

Abraços,

Gustavo

Vagner Alves disse...

Não conhecia essa banda, mas gostei muito do som.
Parabéns pelo material.

Carlos "The Ancient" disse...

Vamos por as cartas na mesa........................

E colocar algumas verdades que precisam ser ditas.........o Roderick - O Lorde - a um tempo atrás fez um comentário a respeito do Pink Floyd mais do que verdadeiro.....corajoso e lúcido....O Pink Floyd que cultuamos é o Pink Floyd de Roger Waters, que basicamente criou as seguintes Obras Primas..Atom Heart Mother...Echoes.....DSOTM....Wish You Here....The Wall....ponto!!!!!!!!!!!!

Nem as loucuras psicodélicas de Sid Barret e nem Show Busines de Gilmour pode ser considerado Pink Floyd.....

Estou dizendo isso, porque o Eloy tem uma obra que está sim à altura dos grandes trabalhos do Pink Floyd, e maior do que os More, Animals e Finals da vida.....

Já disse neste blog em outras oportunidades, que End Of Odissey, entra na na minha concepção na lista de das 10 maiores canções de rock Progressivo.

A obra do Eloy ( tão magistralmente dissecada pelo Roderick - O Lorde - ) tem muito mais consistência e coerência do que a obra do Pink Floyd - É obvio que não tem nenhum DSOTM....Mas também não tem nenhum Ummagumma...

O rock progressivo é um estilo de música inteligente, com o mais alto nível de criatividade....para um público cada vez mais seleto e exigente....Penso apenas que o grande problema das bandas de hoje não está nem na construção sonora, mas nos nomes... Mostley Autumn, Blue Mammuth, ANKH, Porcupine Tree, Samurai of Prog....

Esses nomes são muito pra cabeça....Yes, Camel, Genesis, Eloy, Kansas......Nada como simplificar as coisas....Se o Yes tivesse um nome tão complicado quanto as músicas que fazia, duvido que teria feito o mesmo sucesso...

Só pra finalizar o que estou dizendo.... Será que John and the Moondogs, faria o mesmo sucesso que The Beatles????

Agora Mano Véio.....Que alegria, que satisfação ver tantos novos companheiros neste buteco mais simpático da Net!!!!!!!!!!!.....

P.S. Não esqueça de tirar do plástico Open Your Eyes!!!!

PARA TODOS OS NOVOS COMPANHEIROS DE BEBIDA....

ABRAÇO....FORÇA.....SUCESSO!!!!

The Ancient

Roderick Verden disse...

Oi Carlos, muito interessante seu comentário, principalmente quando falou dos nomes complicados das bandas atuais do rock progressivo(e das mencionandas, só conheço Porcupine Tree-rs). Mas vc tem que lembrar que o rock progressivo , é tido como pomposo, então...rs

Contudo, creio que vc não me entendeu. Talvez até eu não tenha sido claro, mesmo escrevendo muito, é provável que não tenha me expressado direito.

Concordo que a obra do Eloy tem muito mais consistência e coerência que a do Pink Floyd; costumo até falar que o Eloy foi o que o Floyd deveria ser depois do "Wish You Were Here", mas não foi. E pra infelicidade, de nós, fãs do grupo, a banda(Floyd) passou a gravar de dois em dois anos, sendo que o "The Final Cut", foi gravado 3 anos após o "The Wall", enquanto o Eloy gravou anualmente , até o "Metromania".

O que não concordo contigo, e, claro, é uma questão de ponto de vista, é sobre vc ter dito de eu apreciar mais o Pink Floyd , do Roger Waters...

Bem, lá vem mais delongas...rs

Recentemente, eu disse no site "Whiplash", que, na verdade, o Pink Floyd gravou apenas um disco: "The Piper At the Gates of Dawn". Se Waters, Wright e Mason fossem coerentes, corajosos e, até mesmo , honestos, ao contratarem David Gilmour, deveriam criar outra banda, pois Barrett era disparado a figura principal do Floyd, e até mesmo criou o nome do grupo. Ainda assim, penso que o Floyd do "The Piper..." era um conjunto; valendo ressaltar que Waters escreveu uma música(muito boa , por sinal) e que haviam duas faixas instrumentais, compostas por todos os integrantes, uma delas, ocupando
pelo menos metade do lado 2. E os teclados de Wright se destacavam muito também. Mas, Barrett era o principal compositor e cantor da banda.

Um nome(bem sem vergonha-rs) para a banda remanescente, formada por Waters, Wright, Gilmour e Mason: psychedelic space.

E o espaço psicodélico(rs) existiu até o Animals, que mesmo só com composições de Waters e Gilmour, mostrava uma banda de rock, um quarteto. Mesmo Mason, que achei muito devagar no "Wish You Were Here", se saiu bem, no "Animals". E tal disco foi o único, do DSOTM pra cá, em que não há músicos de fora.

"The Wall" é um disco solo do Waters, com uma boa ajuda do Gilmour.

"The Final Cut" é um puro (e pouco inspirado) álbum solo de Waters.

"AMLOR", solo de Gilmour.

"The Division Bell", solo de Gilomur, com um convidado especial, que o ajudou a escrever algumas músicas , até cantando uma delas, o saudoso Richard Wright.

Prezado, Carlos, sinceramente, sabe que eu gostava muito da inconstância dessa banda chamada Pink Floyd. Até antes do "The Dark side..." eu os achava mais ecléticos. Mas, muitos acham que eles não sabiam para onde irem...

Segue a lista dos meus preferidos, dos 14 álbuns de estúdio da coisa chamada Pink Floyd:

1) A Saucerful of Secrets
2) Obscured by Clouds
3) Atom Heart Mother
4) Meddle
5) Ummagumma
6) The Wall
7) The Dark Side of the Moon
8) Wish you Were Here
9) The Division Bell
10) The Piper At The Gates of Dawn
11) More
12) Animals
13) A Momentary Lapse of Reason
14) The Final Cut

Saudações a todos!
Tudo de bom!

Roderick Verden disse...

Agora que li, "pós-graduação em Eloy"(rs). Muita gentileza sua, Gustavo! Sou é muito prolixo(rs).

Valeu!

Carlos "The Ancient" disse...

Meu Caro Lorde!!!!

Recentemente discutimos sobre os trabalhos do Genesis com e sem Peter Gabriel....Obra de Arte e Bons Álbuns progressivo!!!

No caso do Floyd, eu classificaria como Obras Primas ( os álbuns que citei ) e no resto muito experimentalismo, muita esquisitice e alguns bons trabalhos.....Eu entendo que Roger Waters foi o elemento criativo e preponderante nas obras cruciais do Pink Floyd ( Rick um artesão sobre estas obras - injustiçado -); ( Mason apático, sem brilho mas competente); ( Gilmour hábil o suficiente para atender as exigências de Waters e assim como Rick dono de uma bela voz).

Qualquer coisa fora desta química jamais poderá ser considerado Pink Floyd....

O Eloy como conjunto da obra é simplesmente fantástico...Eu comentei neste blog certa vez, que na ocasião do primeiro Rock 'n Rio, o Eloy estava com uma sucessão de quatro obras simplesmente impecáveis ...Planets, Time to Turn , Performance e Metromania....E acabaram trazendo os chatíssimos Scorpions, Nina Hagen e o Yes de Trevor Rabin.....

Mano Véio acha que o que faltou para o Eloy talvez tenha sido um pouco de mídia...Acho que ele tem razão, porque a obra da banda é simplesmente inigualável, e não deve nada aos grandes nomes da década de 70....

Meu Caro Lorde....Debater com o Véio Dead é muito bom!!!! Mas filosofar sobre os estranhos caminhos do rock progressivo com você é sempre um aprendizado!!!!

ABRAÇO.....FORÇA....SUCESSO!!!!!

The Ancient

Gustavo disse...

Meus amigos,

O "Eloy" é uma banda instigante, provocadora e inteligente e tem como espinha dorsal, "Frank Bornemann" que ao longo de quatro décadas soube muito bem escolher seus parceiros de banda e que não foram poucos e por conta disto, um debate acalorado se formou em torno dela.......

Que maravilha!!!!, não estamos discutindo só o rock, estamos discutindo a arte, a paixão, a emoção e os sentimentos que só a musica consegue provocar......

A riqueza musical da década de setenta é tão grande, que podemos nos dar ao luxo de execrar este ou aquele álbum (vide Ummagumma, que para mim é ponto fora da curva, pois não conseguí entendê-lo até hoje), seja qual for a banda, pois o leque de possibilidades é tão grande que um deslize musical de um álbum inteiro, passa desapercebido, levando-se em conta que o público é muito eclético, com gosto para tudo...

Voltando ao Eloy, eu entendo que mesmo com as entradas e saídas de músicos, existe uma uniformidade e continuidade nos álbuns produzidos que em raros momentos mostrou preocupação em acompanhar os modismos que tempo foi determinando nestes 40 anos de trabalho.

Para mim é uma mostra clara de personalidade, autonomia e independência em relação a interesses comerciais, pois Frank Bornemann produziu e ainda produz o que bem entende.... é só dar uma escutada em seu último álbum de estúdio "Visionary" de 2009, onde sem o menor temor, ele volta no tempo e produz um álbum setentista sem medo de ser feliz..... "e que venham as pedras, pois o que importa é a música"....

Carlão lembrou bem, pois o que faltou ao Eloy, foi uma visão comercial por parte de seus produtores em divulgar o trabalho fora da Alemanha, o mesmo acontecendo com o "Grobschnitt" outro expoente do rock progressivo Alemão, pouquíssimo conhecido.....

No mais meus amigos, mais uma vez, agradeço muito a colaboração de todos em enriquecer mais uma resenha, com tantos comentários que se interligam e formam uma história que daria para produzir um livro..... valeu mesmo!!!!!

Um grande abraço a todos,

Gustavo

Carlos "The Ancient" disse...

Mano Véio!!!!!!!!!!!!! nás páginas de seu blog, estamos escrevendo a história de um dos períodos mais férteis e ricos da música contemporânea.......Essa história, não está sendo escrito por críticos, jornalistas ou intelectuais...........Mas por fãs incondicionais, conhecedores, exigentes, mas acima de tudo justos!!!!!!! Porque aprendemos a enaltecer o que tem que ser enaltecido, mas escrevemos também sobre os equívocos e o que não deu certo.......
Um grande livro virtual está sendo escrito, dia a dia, post a post, mão a mão, no conforto do lar, ou na linha de tiro....... Se vamos mudar o mundo???? Pouco provável....Mas fica um sentimento de satisfação interna indescritível de que de alguma forma estamos fazendo a nossa parte!!!!!!!!!!

A TODOS OS CAPITÃES E NAVEGANTES....DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO...

ABRAÇO....FORÇA....SUCESSO!!!!!

SUCESSO!