Se há uma banda que eu gosto de reservar um espaço especial aqui no blog, esta certamente é o Eloy, pois a considero de primeiríssima linha, mesmo que não tenha conseguido os mesmo níveis de popularidade que um Genesis, Yes, Pink Floyd e tantas outras da mesma geração conseguiram.
Em geral é muito complicado encontrar algum material disponível de shows do Eloy, fora da linha de catálogo que a rigor só tem um, portanto quando surge algo, é uma obrigação dividir com todos e para tanto, apresento o bootleg, “Ludwigshafen”, datado de 1978 na Alemanha, porém com a data real de origem desconhecida.
A banda se apresentou com a sua melhor formação em meu conceito, tendo como elenco Frank Bornemann nas guitarras e vocais, Klaus-Peter Matziol no baixo, Detlev Schmidtchen nos teclados e Jürgen Rosenthal na bateria.
Tratando-se do Eloy, falar de formação é algo complexo, pois em sua história, as entradas e saídas de músicos foram muitas, mas em geral a banda sob o comando de Frank Bornemann conseguiu manter uma uniformidade em seus álbuns, até certo ponto surpreendente e para mim, a que consta deste álbum é a mais criativa, pois com esta união, foram criados os álbuns mais significativos da discografia da banda como, “Down”; “Oceans”, “Live”, “Silent Cries and Might Echoes” e o “Colours”, no período de 1976 até 1980.
Esta apresentação com exceção das músicas, "The Dance in Doubt and Fear" e "Lost!? (Introduction)" é a integra do álbum, “Down” de 1975, que junto aos álbuns, “Power and the Passion” de 1975 e “Oceans” de 1977, formam a “Santíssima Trindade” da discografia do Eloy, pois considero estes álbuns perfeitos, sob o ponto de vista estético da ótica progressiva.
Pode até parecer para alguns, uma blasfêmia ou sacrilégio o que vou dizer a seguir (e acho que não é a primeira vez que eu afirmo isto), mas eu sem medo, digo que para mim, o Eloy é como um “Pink Floyd Alemão” sem a fase psicodélica, sob a regência de Frank Bornemann, que é gênio por excelência quando está compondo suas peças, canta razoavelmente bem em inglês com sotaque alemão, o que dá um diferencial as suas vocalizações e ainda por cima empunha sua guitarra com muita destreza e personalidade.
Ele consegue um resultado musical muito semelhante ao Pink Floyd, pois consegue gerar um cenário espacial muito envolvente e cativante, encontrado em álbuns como ”Meddle”; “Atom Heart of Mother”, “The Dark Side of the Moon” e até mesmo, “Wish You Were Here” que são álbuns altamente viajantes.
Com toda esta dedicação à música, foram produzidos dezessete álbuns de estúdio, três coletâneas e um álbum gravado ao vivo oficial, fora os raros bootlegs que vez por outra aparecem na Net, criados ao longo de quatro décadas de muita doação de talento, inspiração e amor à música.
Como fã de carteirinha que sou da banda e principalmente de Frank Bornemann, não resta alternativa, senão recomendar muito este bootleg, que como todos os outros já apresentados aqui no blog, é parte constante da história da música e diretamente do rock progressivo.
ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!
Eloy:Frank Bornemann - Guitars, VocalsKlaus-Peter Matziol - Bass GuitarDetlev Schmidtchen - KeyboardsJürgen Rosenthal - DrumsTracks:01. Awakening02. Between the Times a. Between the Times b. Memory Flash c. Appearance of the Voice d. Return of the Voice03. The Sun Song04. Lost?? ( The Decision)05. The Midnight Fight / The Victory of Mental Force06. Gliding Into Light and Knowledge07. Le Réveil du Soleil / The DawnNEW LINK
DEPOIMENTOS:
O mais gratificante aqui no blog, é poder contar com pessoas que graciosamente disponibilizam seus conhecimentos e experiências, portanto, estar inserindo estes cometários diretamente na resenha é uma obrigação e especificamente nesta resenha, nós temos uma pós-graduação em "Eloy", ministrada por Roderick Verden (Imperdível) e em seguida uma esclarecedora visão geral do rock progressivo feita por Carlos "The Ancient" envolvendo o Pink Floyd:
Atenciosamente