quarta-feira, agosto 01, 2012

YES - "Soon The Light" - 1975

O ano é o de 1975, o local era o Long Beach Arena - CA, USA,   a banda o Yes e o show, “Soon The Light”, marcando um dos melhores momentos da banda, mesmo que desfalcado de Rick Wakeman, que neste momento dedicava-se intensamente a sua carreira solo. 

Ele foi substituído por Patrick Moraz que foi uma peça fundamental para o êxito de Relayer, um dos álbuns mais cultuados do Yes e também foi o responsável por momentos memoráveis que a banda proporcionou aos fãs, quando realizava a “Relayer Tour” entre a Europa e os EUA. 

Este bootleg traz na integra o álbum de estúdio “Relayer”, acompanhado de tudo o que o Yes já havia feito de melhor, como Close To The Edge, “Long Distance Runaround”, “And You And I”, “Ritual”, “Roundabout”, curiosamente,  "Sweet Dreams", que por sinal eu adoro, mas confesso achei estranho ela encerrar o show, tendo em vista ser uma música muito simples para os padrões da banda, mas como é o Yes, tudo é possível e tudo agrada. 

O elenco de músicas é irrepreensível e o elenco de músicos idem e como única novidade, o terceiro tecladista que passava pela banda, o Franco-Suíço, Patrick Moraz, que tinha a titânica tarefa de suprir uma ausência que no meu entendimento, era impossível de suprir. 

Inteligentemente ele soube usar o “improviso” e as “experimentações”, muito comuns no Jazz-rock de onde era oriundo, como uma ferramenta de convencimento perante o público e principalmente perante a banda, que pelo menos naquele momento ele poderia ser útil e estar ocupando aquele lugar. 

De fato, aconteceu e foi justamente por conta das diferenças de estilo musical entre ele e Rick Wakeman que tinha uma orientação mais voltada à música clássica, que por quase uns três anos, foi possível sustentar a sua permanência junto à banda, que sempre primou pela excelência e pelo virtuosismo individual, que quando somados, transformavam-se em uma explosão de talento e emoções, que eram simbolizados por apenas três letras, que juntas sintetizavam uma simples e única palavra, “YES”

O Yes tem um diferencial em relação a outras bandas que é difícil de explicar, e isto não significa que por conta disto, seja melhor ou mais eficiente ou qualquer coisa que o valha, mas existe algum magnetismo ou química que de alguma forma chama a atenção (pelo menos a minha) e sempre é uma emoção diferente estar em contato com a música do Yes

No fundo, ela chega a ser tridimensional, pois a música produzida sempre esteve muito associada a imagens das capas dos álbuns, que de antemão, contavam a história do que iríamos escutar e este fenômeno tem um nome, Roger Dean, um mestre e virtuoso do design, que com seu traço, possibilitou esta sinergia entre o som e a imagem elevando-a a outro plano. 

Era angustiante ficar esperando um novo álbum chegar e quando acontecia, era uma loucura, pois em muitos casos, eram meses de espera para um novo álbum do Yes chegar até o Brasil, o que para nós, era uma eternidade, já que a velocidade dos acontecimentos e a facilidade em ter acesso a eles não era como vivemos hoje e quando muito, as ondas de rádio eram a Internet dos anos setenta.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Yes:
Jon Anderson - Vocal principal, Violão, Percussão
Chris Squire - Baixo, Vocal de apoio
Steve Howe - Guitarra, Violão, Guitarra Steel com pedal, Cítara elétrica, Vocal de apoio
Patrick Moraz - Sintetizador, Teclado, Piano
Alan White - Bateria, Percussão


Tracks:
01 - Firebird Suite
02 - Sound Chaser
03 - Close to the Edge
04 - To Be Over
05 - The Gates of Delirium
06 - Your Move
07 - Mood for a Day
08 - Long Distance Runaround
09 - Patrick Moraz Solo
10 - Clap
11 - And You And I
12 - Ritual
13 - Roundabout
14 - Sweet Dreams

LINK

Como não existem vídeos disponíveis com a apresentação deste bootleg, os vídeos apresentados abaixo, são da apresentação antológica que fizeram no mesmo ano no Queens Park Rangers, na Inglaterra.



"Firebird Suit"

"Sound Chaser"

"Sweet Dreams"

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