O Pendragon, mais uma vez surpreende e desta vez, com seu, “Concerto Maximo”, não promoveu apenas um simples show de rock, mas sim um “Concerto de Rock” inesquecível, um primor de trabalho e dedicação destes quatro músicos.
Sem muita pirotecnia ou firulas, mostraram uma evolução musical incrível, ai sim, dando um show de apresentação e de técnica instrumental, só faltando um Maestro com sua batuta, no caso, representado por Nick Barret e sua guitarra.
E por falar em Nick Barrett, ele está simplesmente perfeito com a sua afinadíssima guitarra, fazendo solos irrepreensíveis e com uma continuidade de elementos musicais muito difícíceis de ser encontrados atualmente, colocando-o com um dos melhores, senão o melhor guitarrista do cenário Neoprog atual.
Nick Barrett |
Além de comandar sua guitarra, sua atuação na parte vocal, também evoluiu muito e está muito bem adequada ao contexto musical proposto, ou seja, Nick Barrett é um músico a ser respeitado e admirado por todos pelo seu trabalho e dedicação.
Chamou muito a minha atenção, a atuação de Scott Higham com sua bateria, não só por sua apuradissima técnica e pegada bem forte, mas principalmente pela alegria e o bom humor latente quando está atuando, característica esta, que pode ser observada em outro grande baterista, Nicko Macbrain, do Iron Maiden, possuidor de uma excepcional técnica, sempre dá seu show à parte com muita irreverência.
Scott Higham |
Scott Higham é o quinto baterista que passa pelo Pendragom desde seus primórdios, no final da década de setenta, quando a banda ainda chamava-se “Zeus Pendragon” e não tinha ainda grande projeção, lançando seu primeiro álbum, “The Jewel”, somente em 1985, com o nome atual.
O baixista, Peter Gee, marca o compasso das músicas com muita propriedade e imponência, o que facilita a vida de todos no palco de modo a preencher os vazios da atmosfera proposta pelo tema, criando a unidade musical que diferencia o trabalho do Pendragon das demais bandas do gênero.
Clive Nolan |
Clive Nolan, um velho conhecido, mestre nos teclados, sempre se apresentando de forma muito sóbria, sustenta com muita tranquilidade e destreza os criativos enredos que são uma marca registrada do Pendragon, bem como quando está atuando como solista.
O set de músicas está muito rico e as músicas que mais se mostraram relevantes para mim, foram “Breaking the Spell” onde Nick Barrett gratuitamente dá uma áula de como se tocar uma guitarra, simplesmente fantástico (é só conferir no vídeo abaixo) e “Walls of Babylon”, “Sister Bluebird”, “The Voyager”, “Nostradamus” e “Masters of Illusion”, que realmente despontaram neste álbum, pelo menos para mim.
Apenas para situar quem não conhece o Pendragon, ele é contemporâneo de bandas como, “Marillion”, “Pallas”, “Glass Hammer”, ”IQ” e tantas outras que surgiram no início da década de oitenta e que de algum modo, contribuiram para que o rock progresivo não fosse extinto.
Aqui temos apenas o áudio, mas no Youtube há praticamente o vídeo de todas as músicas que estão originariamente no formato de DVD e logicamente agora aproveito para recomendar a todos os amantes da boa música este “Concerto” que está o “Máximo”.
ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!!
Nick Barrett / vocals, guitars, keyboard programming
Peter Gee / bass guitar
Clive Nolan / keyboards, backing vocals
Scott Higham / drums, backing vocals
Tracks:
01. Walls of Babylon
02. A Man of Nomadic Traits
03. Wishing Well
04. Eraserhead
05. Total Recall
06. Nostradamus
07. Learning Curve
08. Breaking the Spell
09. Sister Bluebird
10. Shadow
11. The Freak Show
12. The Voyager
13. It's Only Me
14. Masters of Illusion
15. King of the Castle
16. And We'll Go Hunting Deer
17. Queen of Hearts
LINK
"Breaking the Spell"
"Nostradamus"
"The Voyager"
4 comentários:
Prezado Ilustre Mano Véio!!!!!!!!!
Por causa deste post, hoje eu tenho a discografia do Pendragon....Mas deixo aqui uma pergunta interessante pra você!!!
Se as música destes caras é tão foda assim...( e é..)...Porque não estão no mesmo nível dos grandes nomes do Progressivo???? Cá entre nós... no trabalho que já ouvi do Pendragon , tem coisa muito...mas melhor do que o Emerson Lake and Palmer, Marillion, Jethro Tull e o próprio Gênesis da era Collins..!!!!
´
Abraço...Força...Sucesso!!!!
Carlos "The Ancient"
Meu irmão,
A magia dos anos setenta é inigualável......
Se eles tivessem aparecido nesta época, com certeza teriam tido a projeção que na verdade merecem, pois sobra talento a todos....
O primeiro álbum só foi lançado em 1985 em um momento em que o gosto musical estava resumido a uns três acordes e uma letrinha bem babaca de protesto, fora o fato das rádios FM's ditarem a moda em função de interesses econômicos, portanto, fica muito difícil conseguir aparecer.....
Acho que é isso.......
Forte abraço,
Gustavo
.....Eu vou resumir o que você acabou de dizer, com um desabafo que tenho entalado em minha garganta desde 1977, e que sempre que tenho a oportunidade de botar pra fora não exito...Fique à vontade se não quiser postar, mas é meu pensamento...."Malditos sejam Malcolm Maclaren e os Sex Pistols"
ABRAÇO...FORÇA....SUCESSO!!!!!!!!!!!!
Carlos "The Ancient"
Meu velho,
A arena aqui é livre e eu só botei a moderação dos comentários, por conta de um cidadão que estava criticando as opiniões alheias de uma forma que eu não gostei....
No mais meu amigo, sua opinião é muito importante aqui..... pode bater que velhinho aguenta.....
Um forte abraço,
Gustavo
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