Hoje o Rio de Janeiro amanheceu inspirador (veja a foto abaixo), um tanto menos rock, mas um tanto quanto “jazz-blues”, pois afinal de contas, no último domingo mais uma edição do "Rock’n Rio" se findou, mas a energia deixada por sete dias de um festival de música bem eclético, e ponha eclético nisto, pois teve de tudo, mas não é caso agora para se comentar, mexe um pouco com quem foi e até mesmo com quem não foi, pois a Cidade tem uma vocação natural para o encantamento das pessoas, mesmo com todos os problemas que têm e não são poucos, eu reconheço.
Acordei hoje ao som de “Blues Roots”, de Klaus Doldinger, que não satisfeito em apenas usar sua habitual genialidade, agrega ao grupo como convidado especial, Johnny "Clyde" Copeland, um guitarrista e cantor de “blues”, fantástico, que confesso que não o conhecia, pois o blues não é minha praia, aliás, é um gênero musical que ainda não tive a oportunidade de explorar, mas fui convencido logo de início, pois ele é muito bom mesmo.
Johnny "Clyde" Copeland, onde o “Clyde” é um apelido da época em que era lutador de Box, mas felizmente trocou as luvas pela guitarra e esteve lado a lado com grandes nomes da música como, Stevie Ray Vaughan, Robert Cray, Albert Collins entre outros e é o ganhador do Grammy de 1987, com o melhor álbum de blues, portanto, o cara é uma fera que veio para se juntar a outra, lógico, Klaus Doldinger, mas infelizmente veio a falecer prematuramente aos 60 anos em decorrência de uma cirurgia cardíaca.
O álbum, “Blues Roots”, é bem diferente do que normalmente poderiamos esperar de Klaus Doldinger, porque desta vez ele uniu o swing do Jazz com a melodia do blues, associando ainda com as pegadas de uma bateria influenciada pelo rock, transformando esta salada musical em um álbum, muito swingado, dinâmico, divertido e principalmente com a cara do “Rio”, ou seja, descontraído, despreocupado, um álbum totalmente conectado com o esprito da Cidade Maravilhosa.
O álbum foi lançado em 1991 e trinta anos depois serviu de trilha sonora para uma ensolarada sexta-feira, tão atual como à época de seu lançamento, mas este fato é simples de explicar e com uma única palavra, “generosidade”, que é o principal elemento na fórmula do processo criativo de Klaus Doldinger.
Ele não compõe músicas epecíficas para o destaque do seu “sax”, ele compõe músicas para todos, para o mundo, porque para ele, a “música” está na frente de qualquer vaidade ou estrelismo, portanto, ao dividir seu talento e criatividade, ele está na realidade multiplicando, transferindo oportunidades a todos, para em conjunto mostrarem seu verdadeiro potencial.
Esta técnica ou metodologia de trabalho está difundida em toda a sua obra e como a maioria dos álbuns teve alguma novidade na sua formação, ao longo do tempo, Klaus Doldinger, formou muita gente boa, que pôde seguir em frente depois de sua passagem pelo Passport.
ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!
Band:
Klaus Doldinger,Peter O'Mara,
Roberto di Gioia,
Jochen Schmidt,
Ernst Ströer,
Wolfgang Haffner
Special guest
Johnny "Clyde" Copeland
Tracks:
01. Blues Roots (3:51)
02. Inner City Blues (4:25)
03. Louisiana Sunset (4:49)
04. Time Signal (5:50)
05. Born Under A Bad Sign (4:47)
06. Blue Avenue (4:31)
07. Goodbye Pork Pie Hat (4:47)
08. How Did You Know (3:30)
09. Love Utopia (3:27)
10. Idgo Now (5:09)
LINK
"Johnny Clyde Copeland & Passport"
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