segunda-feira, janeiro 17, 2011

YES - "Yessongs II" - 1974

Se o assunto voltado para a música envolve o Yes, já vou avisando que sou totalmente tendencioso e parcial em favor da banda, portanto vamos ao que interessa, no caso, Yessongs II, gravado em 1974 e que na verdade é o álbum, "Tales From Topographic Oceans", que por sinal eu adoro.

Um feito heroico, pois com um dos arranjos mais complexos do rock progressivo, tocar para uma plateia mais que exigente, não deve ter sido nada fácil, mas como estamos nos referindo a cinco exímios músicos, cada qual com seus instrumentos, guiados por um talento único, portanto deve ter sido uma experiência fantástica e estimulante tocar esta suíte em quatro atos.

Ta certo que, este álbum, o "Tales", trouxe certa discórdia para dentro da banda, inclusive com a primeira saída de Rick Wakeman e tudo mais, mas é uma obra de arte musical, incompreendida por muitos, odiada por outros, mas muito amada, pela grande maioria e seu brilho não se apagará jamais, pois até o próprio Wakeman, muitos anos depois admitiu que fosse um trabalho muito bom e o que pode ter havido á época foi um desentendimento quanto ao formato da peça e não propriamente sobre o seu conteúdo que é mágico.

Para quem lembra, era um álbum duplo, no formato dos LP's, com um uma música por lado, o que comercialmente era catastrófico, pois tocar em rádios era praticamente impossível, então, sobrava somente tocar em pouquíssimas rádios especializadas, o que diminuiria consideravelmente suas possibilidades de acesso a um público maior, consequentemente diminuindo o seu conhecimento e a sua aceitação.

Não cabe a mim, estando diante de uma obra como estas, tentar convencer alguém que o trabalho feito é isso ou aquilo, na tentativa de induzir para um raciocínio direto que o álbum é excelente, pois para mim o é e não tenho dúvidas quanto a isto, mas quem tem que se convencer disto, é quem ainda não deu uma oportunidade de se abrir para esta música.

O mais importante de tudo, com toda confusão que um álbum de rock poderia causar, é que mais uma vez a música saiu ganhando e nós também, pois temos privilégio em ter acesso a esta música de altíssima qualidade, feita por pessoas que realmente entendem do assunto, músicos altamente qualificados, com um talento e poder criativo que poucos têm, portanto como sempre gosto de dizer, "download feito, diversão garantida".


Musicians:
Jon Anderson
Chris Squire
Alan White
Steve Howe
Rick Wakeman

Tracks:
CD1
01 - Introduction
02 - The Revealing Science of God (Dance of the Dawn)
03 - Introduction
04 - The Remembering (High the Memory)
CD2
01 - Introduction
02 - The Ancient (Giants Under the Sun)
03 - Introduction
04 - Ritual (Nous Sommes du Soleil)


"The Revealing Science of God - Part 1"

"The Revealing Science of God - Part 2"

4 comentários:

Roderick Verden disse...

"Contos do oceano topográfico". Tenho q rever minha vida, me afastar um pouco da internet, voltando a escutar essa obra-prima!
E como escutei esse disco! É, tenho que rever meus conceitos, musicais principalmente.

Gustavo disse...

Meu amigo,

Espero que esta obra tenha trazido até você boas recordações.....
.
Sou fã incondicional deste álbum que para mim é a obra máxima do Yes......

É um turbilhão de poesia e lirismo em quatro atos......

Grande abraço,

Gustavo

Anônimo disse...

Eu assisti uma entrevista com o John Anderson falando da música And You And I naquele documentário em VHS Yesshistory (que ainda quero tê-lo em DVD) dizendo que nela o que eles quiseram transmitir é a emoção do ser humano. E eu acho que em termos de emoção e sensibilidade a obra máxima do Yes é o Tales sem dúvida. É uma música que vai lá nas profundezas do "eu" de quem gosta, claro. Discasso! ---- Luciano

Gustavo disse...

Meu irmão,

Quando escutei pela primeira vez "Tales From Topographic Oceans" em 1975 quando comecei a me interessar por rock, foi amor a primeira vista, que começou na capa do álbum feita por "Roger Dean" que para mim é o sexto membro da banda....

Sempre que tenho uma oportunidade eu o escuto da primeira a última faixa.....


É sem dúvida uma obra prima inigualável....


Abraços,

Gustavo