domingo, abril 20, 2014

Confraria dos Blogs: Som Mutante

Mais uma vez a Confraria dos Blogs se reúne para uma homenagem póstuma, desta vez não para homenagear um músico ilustre, mas para homenagear um simples e incorrigível amante da música, o “Dead”, um velho conhecido da Blogosfera, mentor intelectual do blog SOM MUTANTE.

Ao longo de uns seis anos, compartilhou o que tinha de melhor em termos musicais e por conta seu incansável e gratuito trabalho, colheu muitos frutos, como ter reconhecidamente um dos principais e mais ativos blogs de música da internet, bem como formar uma grande legião de seguidores e amigos virtuais e até a fama dentro e fora do país, mas com isto também teve que carregar o ônus de alguns poucos desafetos que não souberam entender a complexidade de sua persona.

Com uma personalidade forte e marcante, sempre expunha suas opiniões calcadas em argumentos muito bem embasados tecnicamente e também pelo conhecimento musical adquirido ao longo de sua vida e muita das vezes em tom polêmico, lançava seus argumentos e então, o caos estava formado e como consequência, as confusões foram muitas, mas no final, na maioria dos casos tudo acabou bem.

Para quem não conheceu com mais profundidade este ser humano, dificilmente entenderá que por trás daquela aparente capa de arrogância que seus desafetos sempre vociferavam, estava um ser humano com um coração maior que o próprio corpo, pois sua mão estava eternamente estendida para quem estivesse necessitando de ajuda e posso assegurar que existiram diversos casos que comprovam isto que estou dizendo.

Este foi o “Dead” que eu conheci!!!! 

A escolha do álbum postado no dia 21-04-2013 no SOM MUTANTE e agora aqui publicado, tem um sabor muito especial para mim, pois foi uma indicação minha totalmente desprovida de qualquer pretensão e que acabou por agradá-lo muito conforme seu texto.

Velho “Dead", como sempre te dizia, fica na Paz e em Paz meu irmão!!!

GARY MOORE - Blues For Jimi




Tá aí uma coisa que pensei, pensei e pensei (dá pra perceber que o raciocínio anda mais lento né?) antes de ouvir.

O Gustavo é um camarada que nos conhecemos como muitos através dos blogs e trocamos emails e idéias, e fazendo sempre o que gosto que é sem a pessoa saber roubar um post que gostei muito e postar aqui prq gostaria eu tê-lo feito,rs

Daí pra frente os laços foram se estreitando e junto vieram outros e já existiam alguns prq meu círculo de amizades não é muito extenso mesmo, não faço questão de quantidade e sim de qualidade e tudo isso nos aproximou mais ao ponto de irmos ao blog dele debater assuntos dos mais variados e quase nunca sobre os posts própriamente ditos.

Em resumo recebo um email dele me enviando um link e esse álbum e com um conversa mole de preguiçoso se referindo que seria mais minha praia e tal e se quisesse postar ótimo, senão ficaria como presente.

Bom aqui tem um fator muito interessante, prq não sou fã de nenhum dos dois (ohhhhhhhh!!!!!) mesmo, respeito a história deles é óbvio, sei o valor que cada um tem mas não significa que tenha a discografia completa de um dos dois.

Hendrix sempre foi muito barulhento pra mim que sou mais baladeiro e Gary enquanto não aprendeu a cantar cada disco tinha uma linha e vc não sabia bem o que ele queria com aquilo.

Só que com o tempo filtrei o que gosto do Hendrix e descobri muita coisa mesmo e forma de arte pura e no caso do Gary se deu o mesmo fato, acho que envelhecemos e aprendemos juntos, ele compor e cantar e eu a ouvi-lo e entendê-lo e nosso relacionamento vem até a sua partida que me foi muito sentida.

Ao pegar um tributo de um recém partido para um eterno partido, que o que não faltam são tributos pra render dim-dim, dei uma olhada assim meio de lado, mas como veio de fonte confiável abri o som e me deixei levar e confesso, ouvi no mínimo umas 10 vz seguidas, prq coloquei tb no cel e nas caminhadas ia ouvindo mas não conseguia deixar de repetir e repetir e repetir.

Poderia ter postado só com essas palavras: "PQP"!!!!!!!!!! que puta disco lindo......mas não, tinha que dar um pitaco sim pra repetir que esse é um dos melhores discos do Hendrix que não foi feito por ele e um dos melhores do Gary Moore que não foi feito por ele.

Duvido quem gosta e é fã não gostar e duvido quem não curte muito os dois ou um deles somente não se envolver na aura desse som, uma puta de uma homenagem aos dois e não de um pra outro, dois monstros em suas épocas e estilos fazendo o que faziam de melhor, música.

Valeu Gustavo, pra quem diz só comprar ofertas de prog em supermercado vc tá saindo melhor que a encomenda, simplesmente um dos melhores discos que já ouvi, agora é com vcs.


Blues for Jimi is a live album and Blu-ray/DVD by the Northern Irish, Blues-Rock guitarist and singer, Gary Moore. 

The live performance was originally recorded on the 25th of October, 2007 at the London Hippodrome.

The performance features Gary Moore playing a selection of Jimi Hendrix classics.

The concert was part of the launch for the Jimi Hendrix Live at Monterey program.

It features a special guest appearance by Billy Cox and Mitch Mitchel


Both Jimi Hendrix and Gary Moore played guitar and sang with the soul of bluesmen and the drive of hard rockers.

So who better to pay tribute to Hendrix at an August 2007 London Experience Hendrix launch of Hendrix's Live at Monterey reissued DVD than the veteran Moore?

And to add more gravitas to the post-DVD presentation concert, Experience drummer Mitch Mitchell and Band of Gypsys bassist Billy Cox joined Moore for three tunes near the end of the 80-minute-long set.

The DVD, Blu-Ray, and CD (all available separately) capture the amped-up excitement of the night as Moore and his regular touring duo tear though some of Hendrix's biggest hits with the ferocity that Moore brings to every gig.

The only criticism is the set list, which trots out the usual suspects of Hendrix's early catalog ("Fire," "Foxy Lady," "Purple Haze," "The Wind Cries Mary") which are overplayed.

Whether Moore had control over that or was instructed to play tunes that hewed closely to those from the Monterey Hendrix performance is unclear.

But even though he doesn't exactly make them his own, the Irish guitarist brings plenty of sweat and intensity to those warhorses.

He also adds the less well-known "I Don't Live Today," which, in light of Moore's untimely 2011 passing, is strangely and sadly prophetic


An emotional six-minute reading of "Angel," prefaced by a frantic guitar improv instrumental oddly named "My Angel" that displays Moore's chops, gives him a chance to get sensitive on one of Hendrix's most ghostly and beautiful tunes.

The "blues" in the album's title is spotlighted as Mitchell and Cox kick off their 25-minute guest appearance with a fiery, 11-minute "Red House," arguably the night's highlight.

Cox's basslines find a deep groove (he also sings the song) and Moore is clearly in his element, whipping off solos that shift from sweet and jazzy to biting and raw.

The threesome had only rehearsed once the day before, and that lack of preparation nearly sinks "Stone Free," also sung by Cox, where things get a little too ragged.

But they bounce back for a punchy, nine-minute "Hey Joe" that captures the spirit of Hendrix's version while providing Moore a platform for his own six-string acrobatics that organically build to a crescendo even Hendrix would have applauded.

The DVD shows how much the trio is enjoying itself, but even the audio is evidence that Moore is in his natural habitat with this material, and playing with Hendrix's sidemen is clearly a thrill.

He brings back his own band for a closing ten-minute "Voodoo Child (Slight Return)" that puts an exclamation point on an already outstanding performance.

Why it stayed in the vaults for five years until its 2012 release is unclear, but this is a lightning-in-a-bottle treat to be savored by both Moore and Hendrix fans.


Personnel
Gary Moore - Lead Vocals, lead and rhythm guitar
Dave Bronze - Bass guitar (Tracks 1-8, 12)
Darrin Mooney - Drums (Tracks 1-8, 12)
Special Guests
Billy Cox - Bass guitar and vocals (Tracks 9-11)
Mitch Mitchell - Drums (Tracks 9-11)

quinta-feira, abril 03, 2014

ROLLING STONE - "Pink Floyd - O Guia Definitivo" - 2014

Saiu bem recentemente uma edição especial da revista Rolling Stone, trazendo “Pink Floyd - O Guia Definitivo, com muitas histórias, entrevistas exclusivas, a discografia comentada, realmente muito bem produzida com diversas ilustrações ao preço de R$ 25,90, o que é uma quantia bem razoável para a qualidade do material ofertado.

Entretanto, que me desculpem os editores da revista, mas sou obrigado a discordar de um ponto, pois um ícone da música com a magnitude do Pink Floyd, jamais terá uma história “definitiva”, mesmo porque enquanto houver um único membro da banda vivo, mesmo fora dos estúdios e dos palcos com o logo do Pink Floyd, sua essência estará sempre entre nós e mesmo depois que os membros remanescentes se forem, sempre haverá um novo fato a respeito do Pink Floyd a ser revelado mantendo a chama acesa sobre a banda.

O Pink Floyd vai muito além de seus próprios criadores, pois não é o simples nome de uma banda ou grupo, por ter se tornado uma “entidade”, que está acima do bem e do mal, que é um fenômeno mercadológico sem precedentes na história da indústria fonográfica (mesmo que acéfala), atravessando décadas com todos os seus álbuns ainda em catálogo, sendo vendidos desde supermercados até as lojas mais especializadas do ramo.

Outro fato incontestável é que o numero de fãs vai crescendo de geração em geração, independente do momento social ou das tendências musicais, que hoje em dia se modificam na velocidade da internet, bastando postar um simples vídeo no Youtube para que em pouquíssimas horas ele tenha sido acessado por centenas de milhares de internautas, entretanto nada parece abalar o caminho do Pink Floyd que em escala geométrica, mantém seu crescimento.

O DNA do Pink Floyd foi construído à partir da história de vida de cinco seres humanos, com seus medos e angustias, momentos de arrogâncias e prepotência, mas acima de tudo com muita garra, inteligência, talento e inspiração, que com o desenrolar dos acontecimentos, foi se revelando e guiando a trajetória do grupo rumo a sucesso. 

Não foi nada fácil chegar até onde estão merecidamente ainda estão chegando, uma vez que passaram por toda a sorte de acontecimentos, desde os problemas que prematuramente tiveram com a doença mental de Sid Barrett, muito provavelmente provocada pelo consumo maciço de drogas pesadas, o que culminou com a sua expulsão da banda, uma vez que não conseguia mais se controlar e consequente produzir e neste momento um cérebro privilegiado era vencido por uma das mais nefastas formas de desgraça que pode se abater sobre o homem, as drogas.

Este fato acontece logo nos primeiros anos de vida da banda, onde todos muito inseguros com o futuro da banda tocaram com muito sucesso a vida adiante até o momento da separação onde o ódio mútuo ficou evidente em meio a brigas judiciais intermináveis pelo direito de uso da marca Pink Floyd.

Todos os fatos marcantes que cercaram a vida da banda, estão muito bem documentado nesta Edição Especial da Rolling Stone, com uma serie de informações e detalhes que dão a dimensão do que foi e ainda é carregar o peso da legenda Pink Floyd.

Para acompanhar esta leitura, recomendo a audição do bootleg, “Frankfurt Stop Over” com data de novembro de 1972, trazendo a integra do pré-álbum, “The Dark Side Of The Moon” que só seria lançado em março de 1973, mais algumas peças importantes como, “One Of These Days” e “Echoes” do álbum “Meddle” lançado em outubro de 1971; a música, "Set the Controls for the Heart of the Sun" do álbum, “A Saucerful of Secrets” e finalmente a música "Careful with That Axe, Eugene" do álbum “Ummagumma”.

Vale ressaltar que a versão da música “The Great Gig In The Sky” nesta apresentação está apenas em um formato embrionário instrumental, sem aquele vozeirão feminino que estamos tão acostumados a ouvir.

Curiosamente neste bootleg, não figura nenhuma música do álbum, “Obscure By Clouds”, lançado em junho de 1972, ou seja, com data anterior a deste bootleg que como consta na capa é de novembro de 1972, portanto este enigma Pinkfloydiano vai permanecer ecoando em nossas cabeças até o fim dos tempos.

Neste momento só resta a mim, recomendar à todos a leitura desta fascinante história de vida destes cinco músicos e de quase todos os eventos que envolveram a banda, pois acredito que ainda há muitas histórias a serem contadas, bem como escutar o bootleg, “Frankfurt Stop Over”, uma declaração de amor a música, feita apenas com garra, talento e nada mais.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Pink Floyd
Roger Waters
David Gimour
Nick Mason
Rick Wright

Tracks:
101 - Speak To Me
102 - Breathe In The Air
103 - On The Run
104 - Time
105 - Breathe Reprise
106 - The Great Gig In The Sky
107 - Money
108 - Us And Them
109 - Any Colour You Like
110 - Brain Damage + Eclipse
201 - One Of These Days
202 - Careful With That Axe, Eugene
203 - Echoes
204 - Set The Controls For The Heart Of The Sun

LINK

Neste Vídeo, está a imagem mais esperada que todo fã da banda gostaria de ver!!!
Foram quase 25 anos de espera por este momento!!!


“Frankfurt Stop Over”