Homenagear uma “banda” em “cadeia internacional”, envolvendo blogs do Brasil e de fora, foi uma iniciativa que partiu por conta dos membros da Tropa de Elite do “VALVULADO” e no caso o SV me contatou por e-mail propondo a escolha de uma banda para que fosse preparada uma resenha com o um álbum da banda escolhida por diversos blogs ao mesmo tempo.
Sem dúvidas alguma, foi uma proposição brilhante que foi aceita de imediato por mim e acredito que tenha sido acolhida por todos os convidados, pois mais importante do que a homenagem à banda escolhida é a demonstração de união e amizade entre os “blogueiros” que está sendo dada, pois todos nós que nos dedicamos a esta atividade, sabemos das dificuldades em se manter um blog de pé com dignidade, com todo o tipo de problema que surge diariamente e que temos que nos desvencilhar com muita sabedoria para que o controle da situação não seja perdido.
Acredito que o momento, provavelmente inédito no universo blog, seja uma oportunidade única para zerar qualquer rusga, desavença ou o que seja, não só entre os blogueiros, mas principalmente nas relações entre blogs e o publico frequentador, pois constantemente observo conflitos de toda a ordem, não só aqui, mas em diversos outros blogs, o que nos obriga muitas vezes a tomar atitudes nefastas, como por exemplo, ter que fazer censura nos comentários, uma vez que alguns são impublicáveis e que às vezes podem nos levar para fora de uma curva de normalidade em nosso comportamento social.
O problema não são as críticas ou a não concordância de opiniões em relação às resenhas, pois isso faz parte de nosso ofício pela exposição constante a que nos submetemos a cada resenha, mas sim as agressivas ofensas que surgem por divergência de opiniões, links quebrados, bit rates de arquivo, formato de conversão de áudio e toda sorte de besteiras que se possa imaginar, como se fossemos empregados de uma empresa diante de um patrão, mas com um detalhe, sem receber salários, lembrando que nosso ofício não é remunerado, portanto amigos vamos ficar na Paz e em Paz com todos e aproveitar este momento de confraternização.
Saindo da minha habitual verborragia, vamos ao que interessa que é a banda escolhida pela “Confraria dos Blogs”, o Gentle Giant e no meu caso coube preparar a resenha para o álbum “Playing the Fool Live”, gravado no ano 1977, onde estão reunidos diversos clássicos da discografia da banda.
O Gentle Giant foi formado em 1970 pelos alucinados irmãos Shulman, Derek, Ray e Phil que se associaram a Martin Smith, Kerry Minnear e Gary Green formando sua base inicial com algumas pequenas mudanças ao longo do tempo e chegaram produzir doze álbuns até 1980 quando infelizmente houve a dissolução do grupo.
O Gentle Giant faz uma música diferenciada dentro do universo progressivo, em que a essência de seus arranjos baseia-se em tons desarmônicos o que em um primeiro momento, para um ouvido despreparado pode até causar certo desconforto inicial, mas que com a medida do tempo vai se dissipando, mas alerto que em especial esta música não admite concessões de espécie alguma para ouvintes casuais, ainda mais nos dias de hoje, lembrando que suas origens datam de mais de quatro décadas de existência.
A bem da verdade, isso não é problema algum para quem está disposto a ouvir algo diferente, fora do convencional, que extrapola e transgride conceitos e dogmas e que comunga com o bom humor e com uma maneira inédita de encarar a arte.
Esse álbum, “Playing The Fool” foi o passaporte para me introduzir neste interessante universo musical, que confesso que a princípio, muito jovem ainda, tive dificuldade em compreendê-la, entretanto, logo percebi a grandeza e a magia que cercava estas músicas e a possibilidade de estar próximo de algo diferente do que estava habituado.
Levando-se em conta que a proliferação de bandas de rock progressivo que começaram a surgir no início dos anos setenta teve crescimento exponencial até a metade da década, ou banda era muito especial como um Pink Floyd, Yes, Genesis, ELP, PFM e Cia...., ou teria que produzir algo realmente diferenciado, o que por sinal foi muito bem feito pelo Gentle Giant, o que permitiu juntar-se aos grandes nomes do rock já citados anteriormente e não ser mais uma daquelas bandas que produziram apenas um único título, mesmo sendo de altíssima qualidade.
Esta gravação “Live” é uma prova contundente do que estes músicos eram capazes de realizar diante de sua hipnotizada plateia, pois depois que se conhece a obra deles, é simplesmente impossível não entrar no clima da música e viajar.
Particularmente eu gosto muito da música “I Lost My Head” e justamente nesta gravação está a versão que mais me identifico com a banda, porque acho que quando os músicos estão diante de seu público, a vontade de superar o que foi feito em estúdio, passa a ser um desafio irresistível e muito interessante para o artista, então alguns ingredientes a mais sempre são inseridos nas músicas que por essência já são muito boas e nestas ocasiões ficam muito melhores.
Como havia dito anteriormente, o álbum está repleto de clássicos como Just the Same; Proclamation; Funny Ways; The Runaway; So Sincere; Free Hand; Experience e alguns outros, portanto amigos, o negócio é som na caixa neste Natal, com muitas alegrias, paz e harmonia para todos, lembrando que aqui é uma pequena lembrança natalina e que os demais blogs que compõem a “Confraria”, vão nos presentear com muitos outros álbuns do Gentle Giant, fazendo deste Natal um divisor de águas nas relações virtuais.
UM FELIZ NATAL A TODOS!!!!
Gary Green: electric and acoustic guitar, 12 string guitar, vocals, percussion;
Kerry Minnear: keyboards, cello, vibes, tenor recorder, vocals, percussion;
Derek Shulman: vocals, alto sax, descant recorder, bass, percussion;
Ray Shulman: bass, violin, acoustic guitar, descant recorder, trumpet, vocals, percussion;
John Weathers: drums, vibes, tambour, vocals, percussion;
Tracks:
01. Introduction (0:37)
02. Just the Same (5:20)
03. Proclamation (3:41)
04. Valedictory (1:38)
05. On Reflection (Rearranged) (6:27)
06. The Boys In The Band (15:38)
07. Funny Ways (8:31)
08. The Runaway (3:54)
09. Experience (5:37)
10. So Sincere (5:15)
11. Drum And Percussion Bash (5:03)
12. Free Hand (7:39)
13. Sweet Georgia Brown (1:19)
14. Peel The Paint (1:33)
15. I Lost My Head (5:57)
Aqui estão os links (roubartilhado diretamente do APONCHO ROCK) com os demais blogs que formaram a "Confraria dos Blogs":
APONCHO ROCK com Free Hand
Som Valvulado com Giant for a Day y Hollywood Bowl
PROG ROCK VINTAGE com King Alfred´s College Winchester
ZM Blog List com Giant Tracks, A Tribute to Gentle Giant
8 comentários:
Gostei de mais!!! un fuerte abrazo, amigo Gustavo, espero que la Paz este contigo y tu familia.
Saludos!
Aponcho meu velho,
Espero que tenha passado um excelente Natal junto a sua família.......
Logo mais, passo no Aponcho Rock para deixar um abraço para você....
Um forte abraço
Gustavo
Nunca houve e nem haverá grupo tão progressivo como Gentle Giant.
Neste Natal, decidimos fazer um mega-post comunitário, onde alguns amigos decidiram homenagear a grande banda de rock progressivo britânica, Gentle Giant. Vocês poderão, através de uma simples busca na web, encontrar os seguintes álbuns da banda, publicado em cada um dos blogs participantes:
Casa de Roderick - "Octopus"
ZM Blog List (by zmJazzRock) - "Giant Tracks, A Tribute to Gentle Giant"
Som Mutante - "Interview"
Ondas na Net - 'Playing the Fool"
The Red Hippie - "Acquiring The Taste"
The Prog Vintage - "King Alfred's College"
Aponcho - "Free Hand"
Valvulado - "Giant for a Day"
Som Trimado - Discografia completa
Pirata do Rock - "Columbia"
Três irmãos Shulman. O Phil, dos sopros, o mais velho de todos, foi expulso da banda pelos próprios irmãos, pq estava perturbando muito os outros integrantes ,deste gigante, Gentle Giant!
Gustavo, muito obrigado por sempre ser este parceiraço. Este post foi muito legal e espero que possamos fazer muitos outros, brother... Um feliz 2014 para vc, um grande abraço de todos os valvulados...
Olá camaradas da elite do boa música! Amo esse disco do Gentle Giant. Consegui comprar ele em CD remaster em 2012 para aumentar ainda mais minha paixão pela obra. A qualidade da gravação desse disco é ótima, apesar de se tratar de uma banda menos lucrativa que alguns de seus contemporâneos gigantes do prog como Pink Floyd, ELP, Genesis, Yes, portanto geravam menos recursos para investimento em estúdio e neles próprios, acredito eu. Mas viviam um bom momento nos EUA em 1975 pela boa aceitação e vendas de Free Hand, e conquista do mercado Americano e isso ajudou eles sem dúvida a gravar um disco ao vivo de excelente qualidade com obrigação de ser comentado e lembrado, assim como Seconds Out, Yesshows, ELP the show that never end, Jethro Tull Bursting Out, etc. Os caras ao vivo detonavam e apesar de não conseguirem reproduzir todos os detalhes das sofisticadas gravações em estúdio, pois para isso teriam que ter músicos de apoio ao vivo, e que eles não quiseram pelo visto, conseguiam superar isso sem problemas criando novos arranjos para enriquecer ainda mais sua fascinante e inovadora música. Acho que me empolguei um pouco. rs
Grande abraço a todos ! Feliz ano novo!
Por onde anda o Carlão?
Luciano
Luciano,
Esse é o álbum que mais gosto, exatamente pelos motivos que citou, ou seja, os caras tiveram que se reinventar no palco e mostrar do que são capazes.....
São bons demais e não tiveram o mesmo reconhecimento que as demais bandas.......
Quanto ao Carlão, ele esta envolvido em um novo projeto profissional e precisou dar um tempo, mas o que importa é que ele está bem.....
Um 2014 repleto de realizações para você e a família....
Abraços,
Gustavo
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