quarta-feira, julho 31, 2013

RICK WAKEMAN - “In The Nick Of Time” - 2003

Já tem um bom tempo que eu não posto absolutamente nada do nosso velho mestre dos teclados, Rick Wakeman, portanto, o álbum, “In The Nick Of Time”, gravado em 2003, onde ele ressuscita a sua “The New English Rock Ensemble”, logicamente trazendo de volta o poderoso vocal de Ashley Holt, que o acompanhou em seus maiores sucessos, vem ser um bom motivo para trazê-lo de volta ao blog.

O grande destaque deste álbum fica por conta da liberdade de expressão musical, que os músicos tiveram, em poder deixar registrado a sua marca ao executarem os grandes clássicos de Rick Wakeman e do Yes.

O show é curto, entretanto, muito marcante e estimulante, pois por apenas contar com oito músicas, ao final da audição, fica a sensação de “quero mais”, então, o jeito é começar tudo de novo, pois o elenco de músicas é executado de forma altamente contagiante, levando-se em conta que elas foram um tanto alongadas por conta das incríveis performances meticulosamente inseridas nos arranjos.

Performances espetaculares não surgem por geração espontânea, portanto nada mais justo do que dar nomes aos bois, digo, aos músicos que acompanharam Rick Wakeman e começo logo por “Tony Fernandez”, a fera da bateria e fiel escudeiro, mas antes de tudo um grande amigo de longa data que o acompanha em praticamente toda a sua carreira. 

Poder ouvir novamente a potente e afinada voz de “Ashley Holt” é sempre um prazer, pois nos remete a fase mais gloriosa da carreira do mestre e mesmo passado tanto tempo sua voz permanece inalterada.

No baixo, "Lee Pomeroy", que já tocou com as bandas, Archive, Genaside 2, Jemina Price e varias outras, simplesmente da um show e uma aula de como se deve manusear um baixo e na mesma linha, "Ant Glynne", que já esteve ao lado de grandes nomes como, Asia, Mike Oldfield, AC/DC, Albert Collins, Carl Palmer, Steve Howe, Clive Burr, Nico Macbrain e mais penca de gente, transforma sua guitarra em uma  mortal Katana, com seus solos afiados e precisos. 

O show começa pela dobradinha Catherine Parr/Beware Your Enemies, que levanta qualquer defunto de plantão e, em seguida vem, Out There, No Eartly Conneccion; Dance Of the Thousand Lights; The Cathedral In The Skye, White Rock e para fazer a festa de todos nós ao final do espetáculo, uma sequência eletrizante de “Wurm”, parte de um dos maiores clássicos do Yes, “Starship Trooper”.

Para mim, o destaque musical foi certamente para a música, “Wurm”, que serviu de pano de fundo para que a banda pudesse externar ao público todo o seu talento e criatividade em extrapolar uma peça tão sofisticada e de certo ponto dogmática, com uma naturalidade pouco vista, mas sem no entanto, imacular a essência e a origem de um dos clássicos mais famosos do rock progressivo.

Quanto a Rick Wakeman, todo e qualquer comentário sobre sua performance, torna-se totalmente desnecessário por motivos óbvios, entretanto, é inegável que neste show, além da habitual e esperada execução, é muito claro que ele estava muito a vontade e livre para interferir nos arranjos de todas as músicas, o que deu uma nova tônica às composições, portanto, sem mais delongas, é lógico, que está mais que recomendado.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

The New English Rock Ensemble
Tony Fernandez
Ashley Holt
Lee Pomeroy
Ant Glynne
Rick Wakeman

Tracks:
01 Catherine Parr/Beware Your
02 Out There, 
03 No Eartly Conneccion; 
04 Dance Of the Thousand Lights; 
05 The Cathedral In The Skye, 
06 White Rock 
07 Wurm

"White Rock"


 "Wurm"
 

quarta-feira, julho 24, 2013

O blog PROG ROCK VINTAGE disponibiliza material inédito da banda By The Pound com o show do Teatro Don Silvério - BH - 2013

by Apostrophe Cultural
Quando vi estampado que o blog, Prog Rock Vintage tinha disponibilizado o bootleg do Show do “By The Pound”, acontecido no dia 15/06/2013 no Teatro Don Silvério em Belo Horizonte, enlouqueci, mas me contive, pois este precioso material é um projeto dela com o tecladista da banda, o André Boechat.

De forma alguma eu publicaria este material aqui sem a sua prévia autorização, no entanto, esta “autorização” que eu imaginava pedir, pois a tentação em postar era muito grande, mas eu estava morrendo de vergonha em fazê-lo, se materializou na forma de um irrecusável pedido feito pela Luciana, para que eu fizesse a publicação deste bootleg aqui, ou seja,  para mim era o mesmo que juntar a fome com a vontade de comer, por inúmeros motivos que faço a maior questão de listá-los.

Começo por quem fez este pedido e por ser quem é, pois é uma pessoa amabilíssima e uma incansável batalhadora por uma causa muito maior do que qualquer outra coisa, a divulgação da “cultura” e, em seguida, mas não menos importante, vem logicamente o By the Pound, que é um dos melhores acontecimentos musicais dos últimos tempos no Brasil e finalmente, por eu ter assistido a este show, conforme relatei em uma resenha anterior que fiz alguns dias após a apresentação, portanto, muitos bons motivos é que não faltaram para divulgar este bootleg.

by Gustavo Menezes
Além de todos os motivos listados, postar esse álbum é  uma grande honra para mim e, é mais um pequeno canal de comunicação que se abre para divulgar um trabalho tão bonito, tão cheio de detalhes, difícil de realizar, mas que não mão daqueles bravos músicos e atrizes, transformou-se em uma explosão de talento e criatividade muito difíceis de ver e ouvir atualmente. 

Quaisquer outros adjetivos ou colocações referentes a este show, onde tudo conspirou para dar certo e assim o foi, posso assegurar, pois eu estava lá, seria totalmente desnecessário e repetitivo, tendo em vista que este show já foi exaustivamente explorado pela Luciana em seu Prog Rock Vintage, portanto, optei em transcrever na íntegra o seu brilhante texto:

by Luis Otávio
Hoje, pela primeira vez em 6 anos de existência, presenteio a todos os leitores com um bootleg exclusivo feito unicamente para o Progrockvintage. 

Estou arranhando um projeto juntamente com o André Boechat (By The Pound) para confeccionarmos alguns bootlegs que gravamos em shows por BH. Tem tudo para dar certo, mas o que nos falta é tempo, pois o processo é um tanto trabalhoso e demorado, usamos todos os recursos possíveis para que a qualidade do áudio seja a mais limpa possível para que tenhamos um material que seja digno a complexidade do gênero progressivo. São pequenos detalhes que fazem toda a diferença na hora de se fazer um material desse porte.

São ótimos registros que devem ser divulgados, muitos deles foram apresentações memoráveis que valem a pena ter como lembrança, principalmente para aqueles que compareceram a tais shows.

by Luis Otávio
Abro então esse novo projeto, que ainda se encontra em fase de testes, com a impecável apresentação da banda By The Pound ocorrida em 15 de Junho de 2013 em Belo Horizonte no Teatro Dom Silvério. 

Certamente foi uma noite inesquecível para muitos dos presentes naquele teatro lotado de gente que falava a mesma língua, emanando ali um amor incondicional por um estilo musical que poucos têm o privilégio de apreciar. 

Tudo começou com o lindo show da banda Lady Like, liderada pela suave voz de Tânia Braz que executou com maestria alguns clássicos do Renaissance, além de belas composições próprias regradas de arranjos muito bem trabalhados. 

Somos carentes no que diz respeito a novas e boas bandas autorais de progressivo a nível Brasil e creio que o trabalho que a LL vem fazendo ao longo dos anos, consegue suprir em parte essa nossa carência. Agora só nos resta esperar mais um pouco pelo tão esperado CD que há anos a banda vem nos prometendo!

Após a aula de Tânia Braz e cia, adentrou ao palco o que seria o melhor e mais esperado show de toda a história do By The Pound. E foi mesmo! A perfeição da acústica do teatro, instrumentos devidamente equalizados, iluminação impecável e um bom operador de mesa contribuíram e muito para que tudo saísse na mais perfeita ordem.

by Luis Otávio
A banda aproveitou de todo esse aparato disponibilizado e partiu para uma apresentação cênica onde personagens criados pelo Genesis adentravam ao palco para algumas encenações e ainda ocorriam várias trocas de figurino bem condizentes ás fantasias usadas por Peter Gabriel na época. Foi algo bem fiel e bonito de se ver.

Depois de muito ouvir a essa gravação, pude notar que o entrosamento dos músicos naquela noite beirou a perfeição. Já assisti a belas apresentações da banda, mas essa superou, fizeram ali um show que, certamente, vai entrar pra história do progressivo mineiro. 

Resolvi então, reunir em um arquivo, o registro somente das músicas, sem as brilhantes histórias paralelas contadas no decorrer da apresentação. Temos aqui o show "cru", sem pausas para que vocês possam ter uma noção da qualidade musical executada pela banda naquela noite. 

by Apostrophe Cultural
Belo Horizonte agradece pelo belo e raro evento cultural envolvendo o Rock Progressivo e espero que noites como essa possam se repetir sempre. Aqui temos uma turma de confrades e diversos admiradores do gênero que sempre comparecem aos poucos shows trazidos pra cá e muitas vezes se reúnem para confraternizações onde todos tomam umas e outras, abordam experiências interessantes, trocam materiais e pra completar, escutam boa música. Bacana demais!

Para preservar a qualidade do áudio, optei por disponibilizar as faixas na extensão FLAC a qual é bem superior ao MP3. Se alguém tiver alguma dificuldade pra abrir esse tipo de extensão, posso criar um link normal em 320kbps.

by Luciana Aun

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!    IMPERDÍVEL!!!!

Músicos:
Andre Boechat: teclados e sintetizadores
Davi Aroeira: baixo, guitarra, violão de 12 cordas e moog taurus
Fernado Nigro: bateria
Hique Guerra: flauta e violão de 12 cordas
Ricardo Righi: voz
Yuri Lopes: guitarar e violão de 12 cordas


Atrizes:
Alessandra Cmcr
Sílvia Góes

Tracks:
01. Watcher Of The Skies
02. Can Utility And The Coastliners
03. Cinema Show
04. Dancing With The Moonlit Knight
05. Get ´Em Out By Friday
06. Battle Of Epping Forest
07. Musical Box
08. Supper´s Ready

FOTOS: Luis Otávio
ARTE: Apostrophe Cultural



By The Pound - "Watchers of the Skies"

By The Pound - "Can Utility and Coastliners"

sexta-feira, julho 19, 2013

"GUILTY PLEASURES" - By Lucy Jones


Para quebrar a rotina, eu considerei a possibilidade de abrir um espaço aqui no blog, para que os amigos pudessem confessar os seus desejos musicais “inconfessáveis” e esta ideia surgiu em uma linha de comentários, lá na alcateia do velho Dead, o blog SOM MUTANTE, pela iniciativa da Lucy, uma frequentadora de longa data daquela casa, que fez uma provocação a respeito deste tema e para meu espanto, a turma toda “soltou a franga”, inclusive eu, portanto, nada mais justo, que abrimos esta seção com os “Guilty Pleasures" da Lucy, na íntegra e desde já convido a quem mais quiser confessar seus “Guilty Pleasures" aqui neste ou em outro "blog irmão"........ ALGUÉM SE HABILITA????
by Gustavo

"GUILTY PLEASURES" - By Lucy Jones
Esta é uma postagem especial e de ocasião. É uma pincelada sobre um papo bem-humorado que rolou dia desses ao redor da fogueira na alcateia. Aos habituais frequentadores deste boteco e falantes pelos cotovelantes de ambas as casas, em especial ao Gustavo, só posso dizer obrigada, espero que gostem e se divirtam! 

A música é pouco. 
Um brinde à surpresa de novos sabores e amizades "Conta Comigo". :)

Inconfessável? 
Arroz, feijão, farofa e ovo frito, tudo junto e misturado. Confesso, é meu prazer secreto à mesa.
Não adianta negar: todo mundo tem um prazer inconfessável assim... 

Por mais que seja bom aquele suculento corte que derrete na boca, não dá pra viver só de salmão e filé mignon, porque até o que é bom cai na monotonia do paladar. Sem falar que te priva da surpresa de novos sabores. E nesse meu prazer à mesa, que era secreto, se tiver toucinho no feijão, então, é o nirvana! E banana de sobremesa, por favor. rs 

Mas quantas pessoas podem dividir essa mesa comigo? Ah, bom, só as mais próximas. Não pode ser qualquer estranho pra achar que eu preciso de um banho de gastronomia na Champs-Élysées. Been there, done that. E deixei uma alcachofra inteira no prato! Fazer o quê? É clássico, é fino, mas meu paladar rejeita. 

Quer saber? Bom mesmo é transitar sem a menor culpa da banana ao crème brûlée, da zona Leste ao 8º arrondissement, do sublime ao puramente divertido. 

Da mesa à vitrola
Penso que é assim também com a música. E os blogs podem ser um retrato engraçado disso. Uns elogiando as alcachofras que, na verdade, não gostam, mas como é irretocável, não pode falar que não gosta. Outros se dando por felizes na monotonia dos clássicos (dos outros), pra depois chegar em casa e pôr na vitrola o seu arroz com feijão, farofa e ovo ou ficar na fissura por uma novidade. E há os que se refugiam na segurança do "gosto de tudo", os famosos ecléticos, que agradam todo mundo e não enganam ninguém. 

Trânsito livre, sem inibições, quase ninguém se permite. 

Pois bem. Dia desses estava eu ao redor da fogueira, jogando conversa dentro na alcateia, satisfeita depois de ter me deliciado com um discão -- por acaso, uma fina flor do prog --, quando comecei a ter uns pensamentos que correm pela tangente. 

Não sei se exagerei nos marshmallows, muito açúcar correndo nas veias, ou se alguém me deu um Cabernet com água tônica falando que era Fanta Uva. Só sei que, lá pelas tantas, pensei comigo: "Eu vou 'sacanear' esses marmanjos todos"... rs

E como quem não quer nada, muito inocente, joguei um Billy Idol na roda, lembrando dos tempos de MTV ligada depois da escola. Me acabava com "Rebel Yell". Depois tinha que catar os cadernos debaixo da cama, pra onde eu tinha chutado todos, dançando como a gente dança só quando ninguém tá olhando. :)

E relembrando essas coisas, umbiguei os marmanjos com meu dedinho inquieto pra eles me contarem seus gostos musicais inconfessáveis, seus "guilty pleasures", por assim dizer, aqueles discos que eles gostam, mas não contam pra ninguém ou só escutam quando ninguém tá por perto.

Pra quê... rs 

Carlos, The Ancient, levantou na hora e me trouxe um baú inteiro. Só relíquia! rs Coisas que, facilmente, qualquer sumo sacerdote da blogosfera diria serem de gosto duvidoso -- o que significa dizer "que horror, tchau". Mas meus olhinhos... Meus olhinhos bri-lha-ram. 

Carlos, que ansiosamente aguarda eu ouvir as discografias do Yes e do Sabbath pra eu merecer minha carteirinha de "iniciante iniciada", admitindo que tem um pé na era disco? Ah, mentira... E não só isso! Não era qualquer disco. Não era "Priscila, Rainha do Deserto" disco... Mas isso foi só a ponta do iceberg explosivo que é este... Moço. rs

Não sei se pela respeitabilidade e confiança que os mais anciãos naturalmente ensejam ou se por outro motivo, fato é que mais gente ao redor da fogueira se animou. A saber: Ricardo, que trouxe o disco fina flor a que me referi no início; jcarlosgv, frequentador atento, como eu; e Gustavo, sim, o homem do Ondas, ele mesmo. 

Aliás, o Gustavo foi o primeiro a se manifestar, oferecendo o espaço (depois de eu lançar um pequeno desafio, claro) pra que a queimação de marshmallows na alcateia virasse uma postagem aqui no boteco, esta que você está lendo. 

Um gesto para o qual eu tiro o chapéu por mais de um motivo. Se alguém duvidava que ele foi convenientemente diplomático comigo antes, eis a prova de que ele é bem maior que um protocolo chinfrin pra inglês ver. 

E, assim, não só eles todos me proporcionaram uma noite das mais divertidas e memoráveis na veterana alcateia, como também me fizeram saber que onde batem corações rasgados de amores por rock progressivo, também cabem new wave e as sinfonias-minuto de um bom spaghetti western com bastante molho de pólvora. Ah, e o glitter, é claro... rs

Foram muitos os nomes citados, e também teve muita coisa da telinha e da telona, indo até bem lá longe no tempo, um verdadeiro regresso à infância. Por motivos óbvios, esta é apenas uma singela amostra.

Velho Oeste e brilhantina

Abrimos com dois momentos de cinema, duas trilhas sonoras. A primeira é do espaguetão "Por um Punhado de Dólares", da chamada Trilogia do Dólar, os mais conhecidos dentre os western de baixo orçamento que fizeram a fama do Sergio Leone -- e sem os quais Clint Eastwood provavelmente nem teria empunhado sua Magnum 44. 

A trilha é do Ennio Morricone, que, sem a grana ao seu dispor pra fazer um trabalho com grande orquestra, chamou um amigo de infância, usou uma Fender e vários efeitos com apitos, relógios e simplicidades corriqueiras assim. O resto é história. 

Eu muito me lembrava destes filmes... Cinema da década de 60 no Corujão. :) Curiosidade: diz a Wikipedia que o Leone gostou tanto que alongou muitas cenas por causa da música do Morricone

"Por um Punhado de Dólares"
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A segunda trilha é do filme "A Gangue da Pesada", e tem várias daquelas bandas que começam com "The". Não tô falando nem de Beatles, nem de Stones, mas de um outro lado dos anos 60. Uma parada mais nostálgica e ingênua, quase que um farewell aos dourados anos 50. Tem várias músicas aqui que me fazem pular até hoje simplesmente porque são risonhas, ensolaradas e divertidas. 

E tem também uma faixa especial, com um tremendo sabor de infância, que qualquer um que assistiu "Conta Comigo" vai sacar na hora e ligar os pontinhos. Essa vai com dedicatória, from me to you -- "you" no singular e no plural. :)

"A Gangue da Pesada"
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Aquele glitter dos 70

Confesso: toda vez que vejo compilações disco com aquelas capas medonhas por R$ 9,99, tenho calafrios. Essas músicas continuam absurdamente vendáveis, e enquanto houver festa no mundo, "freak out, le freak, c'est chic" será um refrão imortal e Gloria Gaynor will survive para todo o sempre. 

Mas tem muito mais coisa na era disco dos 70 que não tem a mesma visibilidade, mas nem por isso caiu no esquecimento. Umas tocam até hoje, mesmo que a gente não ligue o nome à pessoa. É o caso de um nome obscuro que me chamou atenção lá na conversa ao pé da fogueira: "A Verdadeira Conexão de Andrea". 

O que seria isso? Parece até código, coisa de diálogo de filme de agente secreto. Posso até ver um jovem Michael Cane dublado, dizendo assim: "Todo cuidado é pouco. Precisamos descobrir qual é a verdadeira conexão de Andrea"... Oi? rs

Essa moça é um achado. The Andrea True Connection debutou pedindo "More, more, more" e chegou toda diáfana, coberta dos pés à cabeça na capa, diretamente da mais infame das ribaltas no mundo do entretenimento: a indústria de filmes 4dultos. 

As circunstâncias da feitura desse disco são muito interessantes. Diz a Wikipedia que ela foi fazer um comercial na Jamaica, quando uma crise política impediu que qualquer um deixasse a ilha com somas de dinheiro, isso em 1975. 

Imagina que você tá na Jamaica, acabou de receber uma grana de trabalho, e tem que gastar, senão não pode ir embora. O que você faz com grana na Jamaica, de todos os lugares do planeta, na Ja-mai-ca? Como ela não pensou nas mundialmente famosas plantações de abacaxi? 

Pois ela ligou pra um amigo produtor, explicou a situação, ele voou pra ilha, e assim ela gastou aquela grana gravando o seu primeiro disco ali mesmo. Óbvio que tinha um desejo musical latente ali. E ela, na primeira adversidade, enxergou uma oportunidade para realizá-lo. 

"Eu quero ser lembrada pelo prazer que proporcionei às pessoas com a minha música", disse Andrea já quase sessentona, em especial pro VH1, um dentre tantos. Não tenho dúvidas, Andrea: feito! rs

The Andrea True Connection -"More, more, more"
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Outros nomes da era disco vira e mexe voltam como clássicos cult. Pergunta pro Tarantino. É o caso do Santa Esmeralda, revitalizado em "Kill Bill Vol. 1". E não foi só com "Don't let me be misunderstood" que eles acertaram em cheio. 

Mas o interessante dessa música em particular é o ineditismo que ela guarda, não só pela pegada dançante e sensual com ritmos latinos e flamenco, mas pela façanha de ter dado certo. Os caras enxergaram o potencial pista de dança, com uma letra cheia de conotações políticas do movimento de direitos civis, e conseguiram realizar esse potencial. 

Tão bem o fizeram em 1977 que, dentre tantos artistas que gravaram depois, sem esquecer Nina Simone e The Animals, os primeiros a gravá-la nos anos 60, é essa versão do Santa Esmeralda que mais resiste às décadas e permanece como uma das mais lembradas. 

Esse disco tem também uma pvta surpresa. Um dos melhores covers de um classicão que a maioria conhece na versão do The Doors. 


Santa Esmeralda - "Don't let me be misunderstood"
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Invasão britânica na MTV

Não conte comigo pra arrastar a década de 80 pela sarjeta, e por um motivo muito simples: eu fui adolescente nela. E se tava todo mundo com uma ressaca brutal, eu tava fresquinha no mundo. E me diverti horrores, mesmo com Reagan, Guerra Fria, o stress do overnight na sala de jantar e aquele drama épico da nossa reabertura política. 

Se eu tivesse tido a chance de prestar atenção ao Billy Idol quando ele começou, e não só muito depois na (nossa) MTV, é muito provável que eu hoje tivesse discos dele. Mas... Nunca é tarde. rs Fato é que eu gostei de descobrir que tem mais nesse "Rebel Yell" do que a música que dá nome ao disco. 

Mesmo sendo mais lembrado como um poster boy com suas caras e bocas, o Billy salvou uns riffs maneiros no meio do pop-rock insosso. Grrrroan! 

Billy Idol - "Rebel Yell" 
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De um extremo ao outro do Tâmisa, e do palco, o Duran Duran tinha não só mais airplay no rádio, mas também tava em todas as revistas -- lembrando que a gente não tinha MTV. E não tô falando só das revistas nacionais, eu comprava a Bravo sem falar um "oi" em alemão. Me virava do avesso, mas dava um jeito! 

As revistas, ainda mais as que vinham de fora, eram o canal visual por excelência de acesso ao cinema e à música. E o marketing das gravadoras, óbvio, deitou e rolou em cima disso. "Nesta edição: dicas de moda e maquiagem. Grátis: um pôster do Duran Duran"! rs

O primeiro disco que eu comprei foi o "Arena", que eu toquei até gastar. E é essa mesmo a época áurea dos caras, no auge da Duranmania. Mas a discografia, que se estende ao longo de décadas com fases distintas, é quase vazia de registros ao vivo. Tanto é que, com exceção do "Arena", essas gravações estavam todas nas mãos dos fãs, no troca-troca dos bootlegs.

Esta é uma delas, mas embrulhadinha em box $et com trocentos mil anos de atraso. É o áudio do DVD, com as mesmas músicas do CD, show em uma das casas mais famosas de Londres. "Girls on film" ao vivo, com aquela entradinha ao som de flashes? Insubstituível. rs

Duran Duran - "Hammersmith '82!"
LINK 1
LINK 2
http://www18.zippyshare.com/v/53325973/file.html

by Lucy Jones




"Por um Punhado de Dólares"
"A Gangue da Pesada"

The Andrea True Connection -"More, more, more"

Santa Esmeralda - "Don't let me be misunderstood"

Billy Idol - "Rebel Yell"
  
Duran Duran - "Hammersmith '82!"

sexta-feira, julho 12, 2013

DIA MUNDIAL DO ROCK - 2013


Dia treze de julho é considerado como o Dia Mundial do Rock e ele foi estabelecido à partir de uma iniciativa do músico, Bob Geldof, o criador da famosa música, "I don't like Mondays", que nesta data no ano de 1985, lançava a primeira edição do Live Aid, com um show simultâneo em dois países, a Inglaterra e os EUA, para levantar fundos para reduzir a fome na Etiópia.

Vinte anos depois, em 2005, o mesmo Bob Geldof, comandou e produziu o Live 8, com a presença de mais países e artistas, tendo como objetivo pressionar o grupo dos 8 países mais ricos do mundo a concederem o perdão financeiro das dívidas externas dos países mais pobres para tentar erradicar a fome e a miséria reinantes nestes países.

Vale lembrar que este segundo evento, proporcionou o que seria improvável de acontecer, a reunião do Pink Floyd, após mais de vinte anos de separação que contou com toda a sorte de brigas e confusões, mas que, por um curto e emocionante momento, conseguiu unir Roger Waters aos demais membros da banda, o que por si só para o mundo da música, foi algo incrível, um sonho aparentemente impossível de acontecer. Entretanto, eu não lembro se o objetivo principal deste evento em conseguir o tão esperado perdão financeiro foi atendido pelos líderes do G8.

Bob Geldof
Aproveitando esta data especial, apesar de que para a maioria das pessoas e para mim também, todo dia, é dia rock, resolvemos homenagear simultaneamente duas bandas, o “Queen” e o “Iron Maiden”, como os ícones comemorativos e "celebratórios" (essa eu roubei de Saramandaia) desta tão importante data.

Se alguém perguntasse qual ligação teriam estas duas bandas, facilmente eu responderia a esta pergunta e de maneira muito simples: “Nenhuma”, porém, meu amigo e Mestre Cervejeiro, Carlos, mais conhecido por "ANC. O Verdadeiro", pois existem algumas imitações baratas (trolls) espalhados pela rede, anda cobrando, aqui e em outros blogs postagens para o Iron Maiden e aproveito também a oportunidade para dedicar a resenha do Queen a um velho Lobo, mais conhecido pelo epíteto de "DEAD", um tanto biruta de vez em quando, mas principalmente um grande amigo, então meus camaradas, especialmente para vocês em nome da nossa amizade, o Queen e o Iron Maiden.

QUEEN - "At The BBC"

Como o Queen veio ao mundo primeiro, começaremos com um bootleg gravado em 1973, chamado, “Queen - At The BBC”, onde as músicas do primeiro álbum de nome homônimo à banda estão registradas, ou seja, o início de tudo, o momento mais visceral e primitivo da banda.

Foi muito fácil notar logo no primeiro álbum, o potencial musical de Fred Mercury, Roger Taylor, John Deacon e Brian May, que há pouquísimo tempo atrás foi merecidamente homenageado no blog   VALVULADO, mas o que talvez fosse difícil de se prever  é como e de que modo chegariam até onde realmente chegaram, ou seja, no topo, mas não foi nada fácil, pois foram décadas de total dedicação à música.

O Queen após todos esses anos e trabalhos publicados dispensa maiores ou menores comentários, entretanto, vale rememorar que eles são os criadores de álbuns absolutamente fantásticos, feitos em um período de uns treze anos seguidos de altíssima criatividade e a expectativa que se formava no intervalo de um álbum para outro era imensurável, pois o que mais eles poderiam fazer???


A satisfação em ter um álbum destes nas mão era tanta que em  uma ocasião, acho que quando do lançamento do  álbum, "News of The Worlds" eu cheguei ao cúmulo de pegar um ônibus, sair de Petrópolis e voltar para o Rio de Janeiro, somente para poder comprar logo o álbum, mesmo sabendo que ainda iria ficar umas duas semanas sem poder escutá-lo, pois onde estava hospedado de férias não tinha uma "vitrola" ou "pick-up", para os mais jovens, pois só o prazer em ter aquele álbum (LP) e começar logo a fuçar sua ficha técnica e as letras era o máximo.

Dentre estes álbuns, eu citaria sem medo algum, praticamente todos como, “Queen”, “Queen II”, “Sheer Heart Attack”, “A Nigth At the Opera”, “A Day At The Races”; “News Of The World”, “Jazz”; “The Game”; “Flash Gordon”; “Hot Space”; “The Works”; “A Kind Of Magic”, entretanto após este período a banda entrou em um natural declínio por conta de questões mercadológicas, mas muito provavelmente por conta do avançado estágio da grave doença que precocemente privou o mundo de uma das maiores vozes da música em todos os tempos, Fred Mercury.

Logicamente a discografia da banda não para por ai, levando se em conta, os demais álbuns de estúdios que não mencionei, álbuns "alive", compilações diversas, CDbox, milhares de tributos, DVD's, bootlegs e tudo mais, que complementam uma das mais perfeitas discografias já produzidas no universo do rock.

Incontestavelmente o Queen, marcou uma época e tem seu lugar garantido no Olimpo das grande bandas de rock por ter contribuído de forma tão marcante ao longo de vinte anos de trabalho que foram interrompidos prematuramente, abrindo uma lacuna na história da música e consequentemente deixando uma imensa massa de fãs órfãos de sua música que é única e inimitável, pois mais ninguém se atreveu a fazer algo semelhante.


IRON MAIDEN
O Iron Maiden entrou em minha vida muito cedo, pelas mãos de meu falecido pai, um velho escriba do jornal “O Globo”, que a época produzia resenhas para o meio literário e musical, portanto, recebia diariamente pilhas de livros e discos (LPs) e vez por outra eu era agraciado com alguma pérola e neste caso eu fui iniciado no mundo do Heavy Metal, com álbum, “The Number Of The Beast”, lançado em 1982, mesmo antes de chegar às lojas de discos e desde então, não saí mais deste mundo, apesar da minha declarada predileção pelo rock progressivo, mas fazer o quê ????, ninguém é perfeito e muito menos eu.

O Iron Maiden desde seus primórdios, ainda com Paul Di'Anno à frente dos vocais, naturalmente já se destacava no meio artístico musical e posteriormente com a entrada de Bruce Dickinson, a projeção da banda foi amplificada de tal forma que até hoje, os shows somente acontecem em estádios de futebol para poder conter a sua incontável legião de fãs.

Tentando descobrir mais sobre a banda, eu li que eles não tinham o hábito de se drogar e que este foi o motivo da saída de Paul Di'Anno, pois segundo relatos, ele estava se afogando em cocaína e não conseguia mais acompanhar o ritmo frenético de ensaios, gravações e  shows da banda, mas não tenho como afirmar se é verdade ou não, levando-se em conta que o ambiente da internet não é um meio acadêmico em que podemos confiar.

Era uma característica do Iron Maiden, criar álbuns conceituais, com temas centrais bem definidos, o que a diferenciava de outras bandas do mesmo gênero e dentre estes álbuns, podemos citar alguns como, “Piece of Mind”, “Powerslave” e “Somewhere In Time”, que vão muito além de álbuns de rock pesado, com toda uma envoltória de estudos, cenários imaginários e inovações tecnológicas onde até guitarras sintetizadas foram utilizadas no álbum, “Somewhere In Time”, em uma clara demonstração de personalidade e maturidade  profissional da banda.


No caso do Iron Maiden, foram escolhidos para esta homenagem, dois EP’s, promocionais de divulgação dos álbuns “Powerslave” e “Piece of Mind”, por uma razão bem especial, pois no primeiro EP, há uma referência ao Nektar com a música, “King Of Twilight”, extraida do álbum, "A Tab in The Ocean", lançado em novembro de 1972, dando mostras de que nem só de metal vivia o Iron Maiden.

No segundo EP, foi a vez do Jethro Tull ser homenageado, com uma versão metálica para a música, “Cross-Eyed Mary”, que segundo eu soube, Ian Anderson, havia ficado muito puto com esta profanação, mas se houve algum sacrilégio ou não, isso eu não posso afirmar, mas o que eu sei é que esta versão heavy metal da musica do Jethro Tull ficou sensacional e isto eu não posso negar.

Essas demonstrações de coragem do "Iron Maiden" em produzir esses "covers" de músicas de vertentes musicais tão distantes e tão distintas, acabaram por me estimular a uma ídéia de como seria o caminho inverso, com músicos do rock progressivo, fazendo um "Tributo", acrescentando alguns sintetizadores, Hammonds, Moogs e sua tradicional teatralidade à músicas como, "Children of the Damned"; "Run to the Hills"; "Revelations"; "Flight of Icarus"; "The Trooper"; "Rime of the Ancient Mariner"; “Alexander the Great", "Signal Of the Cross"; "The Clansman"; "Fars Of The Dark"; "Runs To The Hills" e tantas outras que facilmente virariam épicos progressivos, pois são músicas que tem origem e um DNA de altíssima qualidade.

Como convidados especiais, ficaria interessante ver algumas peças raras como, Keith Emerson, Steve Howe, Rick Wakeman, Carl Palmer, Chris Squire, Thijs Van Leer, Ian Anderson (só para se vingar), Jan Akkerman, Steve Hackett, Bill Brufford, Fish, Jon Anderson, Mark Kelly, Peter Trewavas….. nossa, é tanta gente boa para citar que eu vou parando por aqui, pois a música do Iron Maiden é extremamente rica para essa turminha ai de cima fazer a festa e alegria da moçada, no caso, nós.
   
 VIDA LONGA AO ROCK'N ROLL!!!!


TRACKS:

QUEEN AT THE BBC
01 - My Fairy King
02 - Keep Yourself Alive
03 - Doin' Alright
04 - Liar
05 - Ogre Battle
06 - Great King Rat
07 - Modern Times Rock 'N' Roll
08 - Son And Daughter

EP - IRON MAIDEN - ACES HIGH
01 Aces High
02 King Of Twilight
03 Number Of The Beast (Live)
04 Listen With Nicko (Part VI)

EP - IRON MAIDEN - THE TROOPER
01 The Trooper
02 Cross-Eyed Mary
03 Listen With Nicko (Part V)



QUEEN
    

IRON MAIDEN

BOB GELDOF

sexta-feira, julho 05, 2013

V. A. - “Who Are You - An All Star Tribute To Who” - 2012

Não é muito comum ouvir alguém dizer que não gosta da música do “The Who” ou mesmo ler alguma crítica que não tenha sido favorável a tudo que fizeram pelo rock, o que certamente já está mais que registrado nos anais da história da música e do rock.

Classificar o “The Who” como uma banda de rock disso ou daquilo, é pura besteira, pois eles são a essência do rock dos anos 60, uma das manifestações mais primitivas do rock’n roll, fruto da influência de astros da música como Ike Turner, Bill Halley, Chuck Barry, Elvis Presley e tantos outros e para complementar o “cast” de influências, também foram contemporâneos dos Beatles e dos Rolling Stones que de uma maneira ou de outra, mudaram o mundo, portanto bons fluidos é que não faltaram para o “The Who” ser uma banda tão querida.

Em geral quando aparece um disco tributo, em um primeiro momento eu fico um tanto de pé atrás com medo do que possa escutar, entretanto quando me deparei com “Who Are You - An All Star Tribute To Who”, gravado em 2012, eu fiz uma pesquisa para saber quem eram os músicos que fizeram essa homenagem, então, de posse da lista de músicos,  fiquei despreocupado, pois o título do álbum fez justiça aos convidados.

Realmente é um álbum tributo feito por um uma constelação de astros da música, como, Iggy Pop, Ted Turner, Joe Lynn Turner, Randy Bachman, Derek Sherinian, Jerry Goodman, Ginger Baker (olha só Dead), John Wetton, Todd Rundgren, Ian Paice, Carmine Appice, Rick Wakeman (quem diria) e tantos outros, portanto, não tem ninguém com pires na mão pedindo esmolas em cima de um tributo caça-níqueis, pois só tem músico consagrado mundialmente e muito dos quais ainda estão na ativa, portanto só podemos esperar pelo melhor neste álbum.

Não deve ter sido muito fácil fazer a seleção de músicas, pois o acervo musical do “The Who” parece não ter fim, mas o que importa é que elas foram muito bem escolhidas e o resultado final foi que todos esses clássicos ganharam uma nova “skin” sob a influência deste elenco estelar que doou tudo o que poderiam dar de melhor, como reconhecimento à inestimável obra do “The Who”.

Falando um pouquinho sobre as músicas, eu destacaria o arranjo de “Love Reign O'er Me” que se em sua forma original é simplesmente irresistível, nas mãos de Rick Wakeman ganhou um toque mágico a mais; “Won't Get Fooled Again” executada pelo Sweet também saiu ganhando nesta grande homenagem ao “The Who”, assim como as demais, talvez por conta da sábia miscigenação artística empregada na escolha dos músicos em cada música tenha sido um diferencial a mais ao tornar algo muito bom por natureza em algo muito bom e surpreendente.

Não é toda hora que se escuta uma música como, "Magic Bus", que tem ao mesmo tempo, Peter Noone (Herman’s Hermits), Peter Banks (Yes) e Ginger Baker (Cream) ou “Love Reign O'er Me”, Joe Elliot (Def Leppard), Rick Wakeman (Yes), Huw Lloyd-Langton (Hawkwind) e Carmine Appice (Vanilla Fudge) dividindo um mesmo estúdio de gravação e isto no fundo é impactante, pois são músicos vindo de vertentes musicais bem distintas, o que passa a ser um atrativo a mais, além das próprias músicas que inegavelmente são um eterno convite, portanto, ficam todos convidados a experimentar este álbum, que é uma garantia de divertimento.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Tracks:
01. Eminence Front - John Wetton (Asia) • K.K. Downing (Judas Priest) • Derek Sherinian (Dream Theater)
02. Baba O'Riley - Nektar • Jerry Goodman (Mahavishnu Orchestra)
03. I Can See For Miles - Mark Lindsay (Paul Revere & The Raiders) • Wayne Kramer (MC5)
04. Love Reign O'er Me - Joe Elliott (Def Leppard) • Rick Wakeman (Yes) • Huw Lloyd-Langton (Hawkwind) • Carmine Appice (Vanilla Fudge)
05. My Generation - Knox (The Vibrators) • Dave Davies (The Kinks) • Rat Scabies (The Damned)
06. The Kids Are Alright - The Raveonettes
07. Won't Get Fooled Again - Sweet
08. Anyway Anyhow Anywhere - Todd Rundgren • Carmine Appice (Vanilla Fudge)
09. I Can't Explain - Iggy Pop
10. Behind Blue Eyes - Pat Travers
11. Magic Bus - Peter Noone (Herman’s Hermits) • Peter Banks (Yes) • Ginger Baker (Cream)
12. Who Are You - Gretchen Wilson • Randy Bachman (Bachman-Turner Overdrive)
13. Pinball Wizard - Terry Reid • Mike Pinera (Blues Image) • Brad Gillis (Night Ranger)
14. Squeeze Box - John Wesley (Porcupine Tree) • David Cross (King Crimson)
15. Bargain - 38 Special • Ted Turner (Wishbone Ash) • Ian Paice (Deep Purple)
16. The Seeker - Joe Lynn Turner (Rainbow) • Leslie West (Mountain)


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