sábado, abril 27, 2013

V. A. - "80's In Concert"- 2011

Essa resenha vem para complementar alguns pensamentos que acabaram por ficar de fora da resenha do “IQ”, pois afinal de contas, a música não se resume somente ao rock progressivo e as suas gerações posteriores que vieram na sequencia dos acontecimentos. 

Esta semana, dei de cara com esta coletânea chamada, “80’s In Concert”, com músicas da década de oitenta, cobrindo uma boa parte do cenário Pop, o que veio bem a calhar, em um momento de reflexões sobre um tipo de música, que ora é odiada por uns, ora adorada por outros, mas que chegou do jeito que chegou sem ser erudita e um tanto pobre no que se refere a sua concepção estrutural, mas afinal de contas, representou uma época e, portanto, deve ser respeitada, pois isto é histórico. 

The Cult
A interferência dos modismos musicais oitentistas, afetou de forma muito marcante o rock como um todo, devendo-se isso primeiramente ao surgimento do Punk Rock, em seguida da New Wave e de outros subprodutos que vieram na sequencia e fizeram um estrago danado em tudo o que já havia sido feito. 

Para quem viveu intensamente as músicas do final dos anos sessenta e dos anos setenta, se recente muito desta mudança de comportamento da sociedade, que passou a ser menos exigente e ser mais afeta a uma música menos sofisticada e mais dançante e isso forçou as bandas mais antigas a procurarem novos caminhos, que nem sempre chegaram a algum bom lugar, mas isso já esta sendo discutido em outro fórum. 

Toto
Tentando sair um pouco da esfera do rock progressivo e isolando a música Pop oitentista, de modo imparcial, será que ela é realmente tão pobre e mal elaborada a ponto de ser encarada como uma pária musical? 

Fazendo aqui e agora, uma revisão em meus conceitos, lembro que em paralelo ao meu universo progressivo que, aliás, me acompanha até hoje, eu bem que curti diversas bandas que estão nesta coletânea, como o The Cult, The Mission, Toto, Tears for Fears, The Church, Level 42, Killing Joke, Gary Numan e alguns outros que não estão presentes neste álbum como o B’52 (super divertido), Simple Minds (apadrinhado por Peter Gabriel) e algumas outras bandas que não consigo resgatar em minha memória. 

Tears For Fears
Ao que parece, para mim, caiu uma ficha muito importante, que é não querer criar paralelos entre movimentos musicais radicalmente opostos, pois não funciona, são incomparáveis, com pesos e medidas em unidades diferentes, causando muita confusão e julgamentos equivocados que ao final de tudo não tem grande valor, apenas prevalecendo um gosto pessoal por este ou aquele movimento. 

Essa coletânea está bem abrangente com um numero bem razoável de músicas divertidas, incluindo inclusive músicas do Asia e do Yes que em algum momento no meio desta tormenta, tiveram que se render a nova ordem musical, até mesmo por uma questão de sobrevivência. 

De forma alguma com esta resenha, tenho a pretensão de querer influenciar a opinião ou gosto pessoal de quem quer que seja, pois apenas estou externando alguns sentimentos que recentemente em função do que tem sido ostensivamente discutido nos bastidores do blog, o espaço dos “Comentários” em algumas resenhas anteriores, portanto, como este fórum é livre, qualquer opinião favorável ou não, sempre será muito bem vinda. 

DIVERSÃO GARANTIDA !!!!

Tracks 
CD1 
01 She Sells Sanctuary 
02 Everybody Wants to Rule the World 
03 Owner of a Lonely Heart 
04 Tainted Love/Where Did Our Love Go 
05 If You Leave 
06 Running in the Family 
07 Things Can Only Get Better
08 Ballet Dancer
09 Are Friends Electric
10 Lips Like Sugar
11 In a Big Country
12 Call Me
13 I Melt with You
14 I Want Candy
15 Rock This Town
CD2
01 Is She Really Going Out with Him?
02 Africa
03 Shout
04 Always the Sun
05 Leaving Me Now
06 Wishful Thinking
07 Close My Eyes Forever
08 Heart and Soul
09 King of Wishful Thinking
10 Bridge to Your Heart
11 Heat of the Moment
12 Chance
13 I Feel for You
14 Temptation
15 Tell It to My Heart
CD3
01 Walking on Sunshine
02 Something About You
03 What Is Love?
04 Ghost Town
05 Cars
06 Love Will Tear Us Apart
07 The Killing Moon
08 Sweet Jane
09 Only the Lonely
10 Love Like Blood
11 Words
12 Love Me Two Times 
13 Under the Milky Way 
14 Love Removal Machine
15 Sole Survivor


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sexta-feira, abril 26, 2013

VÍDEO DA NOITE - "Rachel Flowers, uma menina cega, executa peças do ELP"

"Rachel Flowers nasceu de parto prematuro, 3 meses e meio antes do tempo, ela perdeu a visão aos 2 anos. 

Descobriu o piano com 4 anos e já saiu brincando/tocando Mozart, Beethoven e etc, tudo de ouvido, é absoluto!!!

Atualmente ela tem 19 anos e não só toca peças extremamente complexas no piano e órgão como ainda toca flauta transversa e lida com arranjos, improvisação e etc"  Texto by forum.cifraclub.com.br 

Neste vídeo ela simplesmente executa "Trilogy" e no vídeo abaixo "Tarkus".
Alguém se habilita???

terça-feira, abril 23, 2013

IQ - “Subterranea - The Concert” - 1999 (Re-post)

Ultimamente o volume de informações que tem chegado até o blog, via os “Comentários”, é tão grande que eu confesso que estou ficando completamente perdido e um tanto pirado, pois como as opiniões são diversas e em alguns casos bem divergentes, mas ao mesmo tempo com muita consistência, isto tem me causado certa confusão mental, ou seja, há muita coisa ainda a ser refletida. 

Tenho observado certo saudosismo em relação ao cenário musical atual (de minha parte também), onde todos de alguma forma têm expressado suas opiniões neste sentido, o que me causa certa preocupação, pois talvez eu e os demais amigos que têm frequentado o “boteco dos comentários”, estejamos sendo exigentes demais e um tanto preconceituosos em relação a tudo o que foi produzido após os anos setenta, que em meu conceito, é um ponto fora de uma curva de normalidade e que provavelmente jamais será igualado ou mesmo superado.


Nós não podemos nos tornar um bando de “velhinhos” chatos, decrépitos e reacionários, que só conseguem olhar para trás com medo do que possa estar pela frente, por temer que algo novo seja melhor ou tão bom quanto o que vivemos no passado, apesar de que eu ache isso bem difícil de acontecer, mas em fim, cada cabeça é uma sentença e tudo pode acontecer, portanto, há algum tempo eu tenho experimentado ouvir algumas bandas mais atuais para dar uma reeducada no gosto, mas isso é uma conversa para outro fórum. 

Eu mesmo sou um defensor que os anos oitenta para a música, foram os anos das trevas, da mediocridade musical e tudo mais, e analisando o que aconteceu nos anos 80 e 90 em relação a grandes nomes que surgiram como representantes da música daquelas décadas, realmente não há com o que ficar entusiasmado, porém, uma pequena chama do rock progressivo, permaneceu acesa em um universo Underground em paralelo a tudo que estava acontecendo no mundo da música. 

Lembro que, nomes muito interessantes e hoje em dia bem conhecidos, surgiram no meio do caos formado pelo Punk Rock, New Wave, o movimento Grunge e outras subvertentes musicais de menor destaque, e no caso poderia citar algumas bandas como o Marilion, Pendragon, IQ, Citezen Cain, Glass Hammer, Dream Theater, será??? , Mostly Autunm mais tardiamente e alguns outros nomes que se analisarmos friamente, sem o manto sagrado setentista, isolando-os de uma época inimaginável como foi a década de setenta, é possível ficar diante de trabalhos muito bons e alguns até excepcionais.

Um trabalho que eu considero excepcional é o “Subterranea - The Concert”, do IQ, que eu já havia postado há uns dois anos atrás e agora mais uma vez o trago a tona, por ser um belíssimo trabalho, que corajosamente sem medo de levar porradas, comparei-o com The Lamb Lies Down On Broadway, tamanha a sua grandiosidade e sofisticação para um tempo em que não se exigia mais que uns três acordes e tudo bem. 

Caracteristicamente, seu vocalista, Peter Nichols tem como ídolo, motivação e inspiração, Peter Gabriel, o que não é de se estranhar, pois os vocalistas do Marillion e do Citizen Cain também o tinham como referencia, mas porque será???

O IQ tem também conta com um cidadão chamado Martin Orford que simplesmente é um gênio compositor e um invejável e exímio tecladista, criando atmosferas espaciais muito bem elaboradas. 


Na resenha anterior, eu coloquei mais detalhes que podem orientar melhor o que é esta banda e principalmente o que significou o álbum, “Subterranea - The Concert”, para a segunda geração do rock progressivo, o “Neoprog” e por incrível que possa parecer, tem tudo a haver com o que estamos sentindo neste momento, principalmente o que está dito no último parágrafo.


RECOMENDADÍSSIMO!!!!

IQ:
Paul Cook / drums, percussion
Michael Holmes / guitars, keyboards
John Jowitt / bass, bass pedals
Peter Nicholls / vocals
Martin Orford / keyboards, backing vocals
Guest musician:
Tony Wright / saxophone


Tracks:
CD 1
01. Overture
02. Provider
03. Subterranea
04. Sleepless Incidental
05. Failsafe
06. Speak My Name
07. Tunnel Vision
08. Infernal Chorus
09. King of Fools
10. Sense in Sanity
11. State of Mine

CD 2
01. Laid Low
02. Breathtaker
03. Capricorn
04. The Other Side
05. Unsolid Ground
06. Somewhere in Time
07. High Waters
08. The Narrow Margin


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quinta-feira, abril 18, 2013

GENESIS - "Seconds Out" - 1977


Escutando o bootleg, “GENESIS - Brazil Tour - Live in Rio", gravado em 1977, no Maracanãnzinho, no Rio de janeiro, minha memória auditiva, me fez vir à mente, as lembranças dos dois dias de show que estive presente e, isto com certeza, me obrigam a rever alguns conceitos a respeito do Genesis em sua pós “Era Gabriel” e mais diretamente a respeito de Phil Collins

Como o álbum acima já foi até resenhado a algum tempo atrás, achei conveniente postar o álbum, “Seconds Out”, que tem praticamente o mesmo cartel de músicas e é da mesma época e está com uma gravação impecável. 

Com saída de Peter Gabriel da banda em 1975, no auge do rock progressivo, é lógico que a falta que ele fez, foi muito sentida, principalmente por seus fãs, mas por algum tempo, o que restou do grupo, com muita dignidade, ainda conseguiu produzir dois álbuns muitos bons, “A Trick of The Tail” e “Wind and Wuthering”, que não trouxeram alguma grande suíte, porém, produziram músicas de menor duração, mas muito consistentes. 

Phil Collins tomou a frente da banda, e fez o que bem quis, isto eu não nego, é um fato, e tanto é que, Steve Hackett, vendo um futuro muito nebuloso, também abandonou o barco, digo, a banda, por volta de 1978, saindo em carreira solo, onde permanece até hoje, com muito sucesso e com uma grande e fiel legião de fãs. 

Já soube de histórias terríveis, envolvendo Phil Collins e Mike Rutherford, aprontando mil sacanagens em cima de Peter Gabriel, mas isso não é o meu foco no momento, pois eu quero resgatar um curto espaço de tempo, onde mesmo sem a presença de Peter Gabriel, alguma  coisa do boa Genesis ainda estava lá. 

Entendo que neste momento, entre os anos 1975 e 1977, a banda tinha uma missão muito clara e importante, que era suprir a falta carismática de Peter Gabriel, que ia muito além de simplesmente cantar, pois ele na verdade, interpretava um personagem em cada música, portanto, uma equação de difícil resolução estava à frente do grupo. 


Com certa habilidade, a banda se resolveu até muito bem, pois os álbuns citados anteriormente foram muito bem aceitos pela crítica internacional, por seus fãs e nos shows, mesmo sem a teatralidade habitual, conseguiram suprir esta falta, com o talento e a expertise adquirida nos tempos áureos da banda e é ai que o álbum, “Seconds Out”, entra em cena neste enredo que estou tentando montar em cima do que vi em duas noites inesquecíveis no Maracanãnzinho, pois fazendo agora um “mea-culpa”, sou obrigado a confessar que naqueles dias, não senti a falta de Peter Gabriel

Pode ser até por ignorância de minha parte ou sei lá o que, mas a forma como executaram as músicas que foram feitas para a voz de Peter Gabriel, supriu para mim a expectativa desta falta e levando-se em conta que, estou me referindo a músicas de grosso calibre, como “Supper’s Ready”, “Cinema Show”, “Firth Of Fifth” e “I Know What I Like”, ou seja, artilharia pesada, os membros remanescente foram muito convincentes e em determinados momentos, até brilhantes. 

Supper’s Ready é o tipo de música que não sofre desaforos e não perdoa, mata sem dó e sem piedade, mas essa versão tocada em “Seconds Out” tenho que dar o braço a torcer, é simplesmente irreparável e inspiradora, levando-me a crer que a banda estava se esforçando e muito, para se recuperar de uma perda irreparável, como a saída de Peter Gabriel

Na música “Cinema Show”, quem deu um “show” a parte, foi Tony Banks, que se mostrou mais presente e menos tímido na parte final da música, surfando em seus teclados de forma impecável e brilhante, pois ele estava em um momento inspirador, saindo da toca e mostrando o que é capaz de fazer. 

Enfim, “Seconds Out” é um álbum de muitas qualidades, que apontava para um futuro promissor, mas que por força das circunstâncias dos movimentos musicais que começavam a despontar e por conta também da falta caráter de alguns membros, o Genesis teve seu destino dirigido para outra direção, sob o comando de Phil Collins, que não chega a ser um mau músico, porém, tinha outros objetivos em mente e provavelmente tinha muita inveja de Peter Gabriel, que mesmo em carreira solo e produzindo uma música com uma sonoridade bem diferente, mais voltada para o Pop, conseguiu manter-se com muita dignidade, aliás, até hoje.

ALTAMENTE RECOMENDADO !!!!

Genesis:
Tony Banks: RMI Electric Piano, Hammond Organ, ARP Pro-Soloist, Mellotron, Epiphone 12 String Guitar, Backing vocals
Bill Brufford: Drums and Percussion (Cinema Show)
Phil Collins: Drums, Percussion, Lead Vocals
Steve Hackett: Lead Guitar, Hodaka, 12 String Guitar
Mike Rutherford: Electric 12 String Guitar, Bass Guitar, 8 String Bass Guitar, Bass Pedals
Chester Thompson: Drums and Percussion

Tracks:
01. Squonk (6:36)
02. The Carpet Crawl (5:60)
03. Robbery, Assault & Battery (6:03)
04. Afterglow (4:24)
05. Firth Of Fifth (8:55)
06. I Know What I Like (8:42)
07. The Lamb Lies Down On Broadway (4:59)
08. The Musical Box (Closing Section) (3:18)
09. Supper's Ready (24:32)
10. Cinema Show (10:58)
11. Dance On A Volcano (5:09)
12. Los Endos (6:30)


  

quinta-feira, abril 11, 2013

FOCUS - "Philharmonic Hall" - 1973

Ultimamente nos comentários, temos discutido sobre diversas bandas e músicos e eu sinceramente não me lembro de termos feito alguma referência ao Focus, ao Thijs Van Leer ou mesmo a Jan Akkerman que são duas figuraças proeminentes no mundo rock, portanto nada melhor do que fazermos justiça e lembrar um pouco desta super banda de rock e de seus músicos. 

Em geral quando se fala de Focus, a primeira música que vem a mente é “Hocus Pocus”, que sem dúvidas, é um hino, toca em rádio FM até hoje, inclusive no Brasil, é muito boa mesmo, mas eu não a considero como uma referência direta a grandeza de tudo o que o Focus fez pelo rock. 

Fizeram tantas peças fantásticas e emocionantes, carregadas de um lirismo único, pois eu não me lembro de alguma banda que tenha se espelhado em seu estilo que é inconfundível, carregado de doses apimentadas de acid-jazz, dando uma dinâmica muito particular às composições progressivas, que fogem totalmente do padrão clássico do rock progressivo. 

Com muita propriedade, Thijs Van Leer usava seu maravilho Hammond, sua flauta e sua pitoresca voz, em conjunto com Jan Akkerman que é um “guitar hero” de primeiríssima linha, dando a tridimensionalidade que as peças altamente sofisticadas exigiam.

As peças constantes deste bootleg, “Philharmonic Hall”, gravado em Nova York, USA, no ano de 1973, tem em seu elenco as músicas, “Eruption”; “Focus II”; “Focus III”; “Sylvia; “Answers Ouestions! Questions Answers!”, “Hocus Pocus” e Anonymous II, lembrando que o acompanhamento de Bert Ruiter no baixo e Pierre Van Der Linden na bateria, foi fundamental para esta celebração musical, pois igualmente, são músicos excepcionais. 

Eu sempre tomo muito cuidado antes de postar alguma resenha, para não ficar em cima de outra, principalmente se for de algum blog muito conhecido, pois acho isso muito deselegante e não ético e neste caso, este álbum foi postado em 30/09/2012, lá no PROG ROCK VINTAGE, da Luciana, que tenho muita estima e admiração, por conta do seu trabalho e das preciosidades que ela constantemente posta, portanto, fazendo esta checagem prévia, li algo muito interessante que ela disse e que faço questão transcrever na integra:

“Excelente bootleg gravado no Philharmonic Hall na cidade de Nova York no ano de 1973. O disco foi gravado durante a tour do Focus III e traz as faixas mais memoráveis executadas pela banda que contava com sua melhor formação. 

O lendário Thijs Van Leer no Hammond e flauta, Jan Akkerman na guitarra, o muito competente Pierre van der Linden na bateria e Bert Ruiter no baixo. 

Destaco uma de minhas faixas preferidas “Anonymous II com quase 28 min de duração. Isso sim é o verdadeiro progressivo!!! 

O que mais me impressiona é o carisma e competência que Thijs Van Leer transmite ao longo dos anos. Um homem de idade mais avançada, castigado pelos longos anos que possui, mas com a mesma técnica e carisma dos anos 70. 

Em 2005 e 2010 tive a grande honra de vê-lo ao vivo em memoráveis shows de progressivo. 

Saí de ambos os shows completamente impressionada com o que tinha acabado de ver. 

Como a banda gosta do Brasil, creio que muita gente aqui saiba exatamente do que estou falando.” 

Essa demonstração de carinho e respeito pela banda e seus músicos, vem de encontro com os mesmos sentimentos que eu tenho por eles e sua magnífica discografia, que talvez por um erro histórico ou mesmo por falta de um marketing mais efetivo, não teve a mesma projeção que tiveram o ELP, Genesis, Yes e algumas outras bandas, ficando injustamente um tanto marginalizada em relação às demais bandas, mesmo produzindo um trabalho de igual grandeza. 

Finalizando, além de “Anonymous II”, muito bem destacada pela Luciana, eu destacaria também, “Eruption”; “Hocus Pocus” que ao vivo é sempre uma surpresa e “Focus II”, mas para ser bem honesto, eu destaco este bootleg todo, pois ele é muito bom da primeira a última faixa, prendendo a atenção de quem o escuta. 

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Focus:
Thijs Van Leer
Jan Akkerman
Pierre Van Der Linden
Bert Ruiter

Tracks:
01. Focus III
02. Answers Ouestions! Questions Answers!
03. Focus II
04. Sylvia
05. Hocus Pocus
06. Anonymous II
07. Eruption
08. Hocus Pocus (Reprise)


LINK - PRV


quinta-feira, abril 04, 2013

YES - “Live at Cobo Hall in Detroit” - 1974


Desde que li a resenha sobre o Yes, no blog, LEONARDINSKY, a respeito da “Three Album Tour”, eu ando um tanto incomodado com este assunto, pois no meu modo de ver, a situação a que está  exposta o  Yes, é insuportável. 

O Yes, não pertence mais aos seus membros ou mesmo a seus fãs, mas sim a história da música, pois tornou-se uma “Instituição” e como tal, tem que ser repeitada, portanto, ver esta legenda definhar é realmente insuportável e inconcebível, uma vez que, sem Jon Anderson, não há alma e sem Rick Wakeman, não há corpo.

Hoje, nem há sombra do que foi,  há apenas o registro um triste passado recente, que já produziu algumas vítimas (Benoit David, Geoff Downes e Jon Davison),  que insistentemente tenta em se manter no presente, acreditando que haverá futuro, representados por figuras decrépitas que ao que parece, estão fazendo do nome da banda, um rentável caça-niqueis, que em muito pouco tempo estará fazendo escala aqui no Brasil. 

Acredito que se houvesse um mínimo de decência e caráter em seus membros remanescentes, eles não estariam defenestrando de forma tão cruel, uma imagem que levou décadas para se erguer e se manter, para em muito pouco tempo, apresentar sinais visíveis de decadência e falta respeito com seu fiel público. 

Digo tudo isto, com abatimento e um aperto muito grande no peito, pois acompanhando a banda por quase quarenta anos, é muito triste ver o estado em que está a banda, com os seus principais músicos apáticos, sem o brilho nos olhos e o virtuosismo habitual, tornando-se meros coadjuvantes, péssimos “cover” do que foram, sendo acompanhados por assistentes de coadjuvantes, no caso, Geoff Downes e Jon Davison, que a bem da verdade, não tem culpa por estarem tentando ocupar com alguma decência,  o lugar das figuras mais legendárias e eminentes que surgiram no boom musical dos anos setenta, considerados por muitos, como lendas vivas. 

Infelizmente, substituir Jon Anderson e Rick Wakeman, não é uma tarefa simples, não basta apenas exercer bem a função burocrática que a posição exige, tem que ir muito mais longe, tem que agregar algo intangível, difícil de explicar, muito mais que um simples “carisma” possa explicar e que certamente, poucos artistas conseguiram chegar a esta “dimensão” no mundo música. 

Para afastar este baixo-astral momentâneo, não há nada melhor do que voltar no tempo, uns quarenta anos e, ouvir o que banda fazia em seu auge, sem o menor esforço, com naturalidade, pois havia uma mágica energia, invisível aos nossos olhos, mas claramente perceptível aos nossos ouvidos. 

Este bootleg, “Live at Cobo Hall in Detroit”, gravado em 1974, é parte integrante da “Ocean Tour”, veículo de divulgação do álbum, “Tales From Topographic Oceans”, obra muito mais que prima, odiada e incompreendida por alguns, mas certamente amada e venerada por muitos outros, onde em apenas quatro faixas de um álbum duplo em vinil, foi sintetizado o ápice e a essência do rock progressivo em sua forma mais visceral e em seu momento mais sublime. 

Dá gosto, escutar estas apresentações e sentir a vibração e a pulsação que era emanada por cinco jovens, muito talentosos, que até então, desprovidos de maiores vaidades, que só tem um propósito, que é de desagregar e consequentemente destruir ótimas amizades e oportunidades, conseguiram construir um legado invejável, que o destino cruelmente, encarregou-se de mudar o destino do grupo,  mas isso faz parte da vida de todos nós, inclusive da deles também. 

Mas esse bootleg, não para por ai, pois tem a integra do álbum, “Close to the Edge”, outra obra prima, fechando a apresentação com a música, “Roundabout”, que é outro primor de composição, ou seja, um álbum com este repertório, lava a alma e consola o coração em um momento tão nebuloso, onde a atual formação do “Yes???”, tentando manter-se “viva???”, agora parte para o ataque, pairando sobre a íntegra dos álbuns, “Close to the Edge”, “Yes Album” e “Going for the One”, que representam uma importante porção da obra do Yes

Na qualidade de fã incondicional da banda, sinceramente eu peço desculpas por este desabafo, que certamente não vem de um especialista ou crítico de musica ou qualquer coisa que o valha, mas apenas de quem aprendeu ao longo da vida a apreciar e a amar, uma importante peça da história do rock, chamada Yes

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Yes:
Jon Anderson: Vocals
Steve Howe: Guitars, Vocals
Chis Squire: Bass Guitar, Vocals
Rick Wakeman. Keyboards
Alan White: Drums

Tracks:
01. Firebird Suite (1:31)
02. Siberian Khatru (9:06)
03. And You And I (9:46)
04. Close To The Edge (19:09)
05. The Revealing Science Of God (21:37)
06. The Remembering (21:22)
07. The Ancient (19:23)
08. Ritual (24:21)
09. Roundabout (7:38)

LINK