Roger Waters está fazendo uma série de apresentações aqui no Brasil, trazendo até nós, a “The Wall Tour”, passando pelo Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo, portanto, nada melhor do que dar uma conferida no que nos aguarda.
Os gaúchos foram os primeiros a ter contato com um dos maiores espetáculos de rock do mundo que acontece no momento, pois existe todo um aparato tecnológico, cênico e pirotécnico que vai muito além de um simples show de rock, até mesmo porque, a temática desta, digamos, “Opera Rock”, assim o exige.
Para se ter uma ideia, o muro que é elevado durante a apresentação e derrubado ao final, tem um comprimento de 137 m de extensão, o que é no mínimo uma loucura e dá para se ter uma ideia das proporções monumentais que o palco tem que ter para abrigar a banda, artistas de apoio e tudo mais.
Fora todos estes aspectos, a presença de Roger Waters, uma lenda viva do Rock, já é motivo mais que suficiente para atrair multidões aos estádios para vê-lo em ação, principalmente quando está executando sua obra máxima, uma verdadeira “epopéia” de cunho político de um anti-herói, chamado, "Floyd", que flerta com a guerra, com a opressão imposta pelos pais e pelos professores da escola, o que o leva a loucura e a construir um "muro" em sua consciência que o isola da sociedade e o transforma em um louco "ditador" que é julgado e condenado a destruir este "muro" e voltar à realidade.
Mesmo tendo sido criado a mais de trinta anos, sua temática continua atual, refletindo as angustias da atualidade e em sua exibição no Estádio do 'Beira Rio'', em Porto Alegre, Roger Waters usou sabiamente, "The Wall", para homenagear a família de “Jean Charles”, assassinado covardemente pela polícia britânica ao ser confundido como um “possível” terrorista e também para criticar o Governo Bretão pelo ato de “Terrorismo de Estado” cometido por seus dirigentes.
Para quem ainda está em dúvida, se vai ou não ao show, acredito que com este bootleg, “The Wall Live - Melbourne” com a apresentação de Roger Waters na Austrália, no dia 8 de fevereiro de 2012, será motivo de reflexão sobre o assunto, uma vez que, ele contém na íntegra o que vamos assistir no Brasil no dia 29 de março, no Rio, Estádio do “Engenhão” e nos dias 1 e 3 de abril em Sampa, no Estádio do “Morumbi”.
“The Wall” é uma peça musical carregada por forte apelo emocional, em alguns momentos sendo muito tensa, quase trágica, mas de certo modo se associada a elementos visuais, a sua compreensão pode se tornar mais fácil e amigável, principalmente para quem não está familiarizado com a música de Roger Waters.
Não cabe destacar essa ou aquela música, por se tratar de uma longa e complexa temática que envolve o espetáculo em que uma música é sequência da próxima, mas para os desavisados de plantão, irão ver e ouvir, “In the Flesh?“; “Another Brick in the Wall Part 2”; “Comfortably Numb” e “Run Like Hell” que são as músicas mais populares e conhecidas do álbum, “The Wall”, levando-se em conta que foram executadas até a exaustão nas rádios FM’s do País.
Apenas cabe ressaltar que mesmo para aqueles que não são tão ligados neste tipo de música ou mesmo desconhecem este trabalho, o que vão ver é muito mais do que uma banda de rock se apresentando, pois vão assistir a um misto espetáculo teatral e musical de altíssimo nível, comandado e executado pelo seu criador.
Roger Waters, é uma figura carismática, que se é odiado por alguns, com certeza é amado por milhões de outros, pois é um dos maiores cérebros da música contemporânea e que com certeza vai nos levar a uma experiência audiovisual entorpecedora e viajante, poucas vezes presenciada em terras tupiniquins.
ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!
Roger Waters - Bass Guitar, Lead Vocals, Acoustic Guitar, & Trumpet
Graham Broad - Drums, Percussion, Ukelele
Dave Kilminster - Guitar, Banjo
G. E. Smith - Guitar, Bass Guitar, Mandolin
Snowy White - Guitar
Jon Carin - Keyboards, Guitar, Lap Steel Guitar
Harry Waters - Hammond Organ, Keyboards, Accordion
Robbie Wyckoff - Lead Vocals (songs or parts of songs originally sung by David Gilmour)
Jon Joyce - backing vocals
Kipp Lennon - backing vocals
Mark Lennon - backing vocals
Pat Lennon - backing vocals
Tracks:
01 Sparticus
02 In the Flesh?
03 The Thin Ice
04 Another Brick in the Wall Part 1
05 The Happiest Days of Our Lives
06 Another Brick in the Wall Part 2
07 Mother
08 Goodbye Blue Sky
09 Empty Spaces
10 What Shall We Do Now?
11 Young Lust
12 One of My Turns
13 Don't Leave Me Now
14 Another Brick in the Wall Part 3
15 The Last Few Bricks
16 Goodbye Cruel World
Disc 2
01 Hey You
02 Is There Anybody Out There?
03 Nobody Home
04 Vera/Bring the Boys Back Home
05 Comfortably Numb
06 The Show Must Go On
07 In the Flesh
08 Run Like Hell
09 Waiting for the Worms
10 Stop
11 The Trial
12 Outside the Wall
13 Audience
14 Waltzing Matilda
15 Outro
LINK
"The Wall Live Rod Laver Arena - Melbourne"
6 comentários:
Prezado Mano Véio!!!!!!!!
Eu leio com muita atenção todas as suas resenhas (que por sinal são muito bem escritas)....Mas eu sempre procuro ler de uma forma diferente procurando enxergar detalhes relevantes e que muitas vêzes podem passar desapercebidos para os menos avisados!!!
E lendo seus dois últimos posts, não deu para passar desapercebido que em ambos você usou o adjetivo "GÊNIO" para destacar dois artistas que com certeza fazem parte de minha lista dos 10 maiores Gênios do Rock, sem mencionar John Lennon que de forma indireta também está em seu último post...
Sendo assim, que tal usar esse blog de altíssimo nível e credibilidade para nomearmos os 10, 15 20 sei lá mas os grandes gênios da música que revitalizou a cena artística do século XX????
Não importa quem serão os maiores, porque cada um tem sua preferênica e isso deverá sempre ser respeitado, mas nada como destacar esses nomes que tantos momentos importantes proporcionaram em nossas vidas...Afinal, é graças a eles que hoje é possível existir Blogs tão ricos como o seu, do Leosky, Som Mutante e tantos outros....
ABRAÇO...FORÇA....SUCESSO...
Seu Mano Véio de Sempre
Carlos "The Ancient"
Olá Gustavo, esse post chegou em excelente hora, pois no domingo serei um dos felizardos a verem a "lenda" ao vivo, e nada melhor que se preparar ouvindo esse show.
Mister Garden
www.rockfly.com.br
Carlão,
Eu realmente tenho usado muito como adjetivo, a palavra "Gênio", mas é que eu não consigo achar outra maneira para fazer referência a algumas personalidades da música contemporânea, que realmente transcendem o "Normal".........
Meu Véio, a sua ideia é ótima, só precisamos ver como vamos fazer para para a galera poder votar livremente no seu "Gênio" de preferência???
Se soltar uma lista com alguns nomes,vai parecer que eu estou determinando quem é "Gênio" e estou querendo fazer uma simples estatística, o que não seria legal....
Se tiver alguma ideia, dá uma cutucada, pois eu já estou pensando no assunto.......
Abraços,
Gustavo
Alberto,
A ideia desta postagem foi mesmo neste sentido, para incentivar ainda mais, a ida aos estádios para ver um show que com certeza será inesquecível.....
Um ótimo show para você....
Abraços.
Gustavo
...como fazer eu não sei........mas fato....Não vale incluiro Jon Anderson....Ele não é gênio...como você bem definiu...É ENTIDADE....
Abraço
Carlos "The Ancient"
Com certeza, Jon Anderson não vale.....
Mas precisamos pensar em algo......
Abraços,
Gustavo
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