Tanto tempo depois, como um álbum/filme, no caso, o “Live At Pompeii”, do Pink Floyd, pode gerar ainda tantos questionamentos sobre o seu processo de criação e porque quatro jovens músicos conseguiam mobilizar e convencer um gigante da indústria fonográfica a seguir um projeto desta monta, que em tese estava calcados apenas em um sentimento coletivo e no alto poder de criatividade do grupo?
A década de setenta foi marcada por diversos movimentos culturais, dentre os quais, o rock progressivo, onde a tônica era a liberdade de criação e expressão, portanto, os interesses comerciais de gravadoras e rádios estavam em perfeita sintonia com os ideais de seus artistas, uma vez que, o público da época exigia uma música de altíssima qualidade, com conteúdo complexo e/ou temático e que fosse no mínimo viajante per si e que eram consumidas em progressões geométricas a cada novo lançamento, portanto, a química era perfeita para todos os lados, principalmente para nós, os consumidores.
O Pink Floyd atende a estes e a quaisquer outros requisitos com muita folga, principalmente no que se diz respeito às “viagens”, fato é que, o filme, “Live At Pompeii”, sob todos os aspectos é uma viagem muito louca desde a sua concepção até a sua própria execução, tendo em vista o local escolhido, o elenco de músicas, a baixíssima produção empregada, pois o talento e a criatividade estavam acima de qualquer efeito pirotécnico ou coisa que o valha, tanto é que, nem plateia teve.
Fazendo um paralelo entre o que era fazer música naquelas condições e pilotar um Fórmula 1, seria o que comumente dizemos que o piloto logrou êxito no braço, pois a máquina estava em segundo plano e com o Pink Floyd, não foi muito diferente, pois eram quatro músicos com uma garra fora do comum, dotados de um virtuosismo que ia muito além do que qualquer equipamento sofisticado de ultima geração poderia oferecer.
Esta versão do áudio apresentada, além do set original, traz também, parte das seções de gravação de “The Dark Side Of the Moon” com as músicas “Brain Damage” e “Us And Them” que foram inseridas em uma versão lançada em 1974
O filme, “Live At Pompeii” é um marco histórico da música contemporânea, um exemplo de coragem e ousadia a ser seguido, mas acima de tudo, um ato de celebração da música pela música, totalmente visceral, expondo ao mundo o que é fazer e tocar uma música que vem do fundo da alma, dando literalmente “a cara à tapa”, pois o que estava em jogo naquele momento era a essência da música e não a vaidade de quatro “rock stars”, título que faziam questão de fugir.
Finalizando, qualquer trabalho do Pink Floyd, sempre é altamente recomendável, mas em especial por tudo o que representa este trabalho, “Live At Pompeii”, é o marco do antes e do depois da música de vanguarda da década de setenta, abrindo as portas para que mais bandas do gênero surgissem, pois com certeza, a música nunca mais seria a mesma.
ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!
Roger Waters
David Gilmour
Rick Wright
Nick Mason
Tracks:
01. Pompeii
Tracks:
01. Pompeii
02. Echoes (Part 1)
03. Careful With That Axe, Eugene
04. A Saucerful Of Secrets I
05. A Saucerful Of Secrets II
06. One Of These Days - I'm Going To Cut You Into Little Pieces
07. Set The Control For The Heart Of The Sun
08. Brain Damage
09. Us And Them
09. Us And Them
10. Mademoiselle Knobs
11. Echoes (Part 2)
LINK REMOVIDO PELOS FDP's DA DMCA
11. Echoes (Part 2)
LINK REMOVIDO PELOS FDP's DA DMCA
"Echoes"
"One Of These Days"
2 comentários:
Não podemos negar, essa banda é simplesmente fantástica e podemos dizer que este projeto é perfeito para as viagens musicais que o PF sempre proporcionou aos seus ouvintes. Já conhecia este cd e mesmo possuo o dvd que é lindo demais. Parabéns por este post.. um grande abraço e continue nos brindando com grandes trabalhos com este, ok?
Wolverine,
O PF é um ponto fora de qualquer curva que se queira estabelecer, para poder enquadrá-los....
O que fazem é o resultado da união de cinco gênios da música, incluindo Sid Barrett, que de tão gênio que era, enlouqueceu com a suas idéias e as drogas....
"Live at Pompeii" é sintese do trabalho de uma banda que sempre esteve a frente de seu tempo....
E a inspiração não acabou, pois David Guilmour, recentemente lançou um álbum, chamado, "Metallic Speres", de música eletrônica...
Abraços,
Gustavo
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