sexta-feira, outubro 01, 2010

TRIUMVIRAT - Pompeii - 1977

O Triunvirat neste álbum, "Pompeii", lançado em 1977, encerra definitivamente sua participação no mundo progressivo, passando a partir deste, a produzir um pop levemente sofisticado, mas isto será assunto para uma nova postagem.

(A novidade para este álbum é que a banda deixa de ser um trio e passa a ser um quarteto com a entrada de Barry Palmer).

Esta novidade aconteceu no álbum anterior, "Old Loves Die Hard", muito bem apontado pelo amigo Roderick Verden em seu brilhante comentário, mas erros meus a parte, Barry Palmer continua neste álbum com uma bela voz que se enquadrou perfeitamente na estrutura musical da banda, realmente um ponto positivo ao agregá-lo ao grupo.

Tendo em vista que a época do lançamento deste álbum havia  alguns problemas jurídicos rondando a banda em relação ao nome original, sendo que o nome da banda para este álbum apareceu como "The New Triunvirat" apenas para contornar esta desagradável situação.

Apesar de estar centrado em um tema bem específico, no caso a destruição de Pompéia pela erupção do vulcão do Monte Vesúvio é possível detectar um início do distanciamento do rock progressivo em algumas músicas e certo namoro com o pop, talvez até mesmo por um instinto de sobrevivência para os anos seguintes, uma vez que o movimento musical começava a dar os primeiros sinais de esgotamento e uma possível virada nos modismos da época estava para acontecer, principalmente na Europa com o surgimento do movimento punk na Inglaterra.

Mas independente de tudo isto, "Pompeii" tem seus encantos, tem berço, sua origem é de total respeito, tem nome e de peso, portanto é um álbum que merece ser explorado em cada detalhe, concordo inclusive com várias opiniões que já li a respeito sobre este álbum que não chega a ser uma obra prima, mas que carrega uma história de vida de cada um de seus membros que por lá passaram, principalmente na figura carismática e genial de Jürgen Fritz que representa o espírito da banda.

Músicos:
Jürgen Fritz (Teclados)
Curt Cress (Bateria e Percursão)
Dieter Petereit (Baixo)
Barry Palmer (Vocais)

Track-list:
1. The Earthquake 62 A.D.
2. Journey Of A Fallen Angel
3. Viva Pompeii
4. The Time Of Your Life...
5. The Rich Man And The Carpenter
6. Dance On The Vulcano
7. Vesuvius 79 A.D.
8. The Hymn

LINK.

"Triumvirat - The Earthquake 62 A.D."
"Triumvirat - Viva Pompeii"

6 comentários:

Roderick Verden disse...

Prezado Gustavo, tudo bem contigo?
Primeiramente, desculpe meu atrevimento, mas foi no disco anterior, "Old Loves Die Hard", q o trio Triumvirat se tornou um quarteto.
Vc disse-o bem a respeito de uma queda na qualidade do som, com um forte namoro no pop. E, pelo q entendi, vc tb acredita q o surgimento do punk e de outros segmentos musicais, contribuiram para a bancarrota do rock progressivo, o q eu concordo plenamente. Interessante é q quando eu participava do orkut, numa comunidade de rock, disse isso, três pessoas discordaram de mim, sendo q uma delas, moderadora da comuna, foi até arrogante, e seu proprietário teceu loas a ela, fui voto mais q vencido, ignorado...

A principio, não gostei muito do "Pompeii", cheguei até a trocá-lo por outro disco. Anos depois, peguei-o de volta.
Ainda existiam boas canções. Depois dele, o ELP alemão não apresentou nada mais q se aproveitasse; na verdade só gravaram mais dois discos. Surpreendente a idéia conceitual de keith Emerson, q se revelou um bom letrista, possuidor de muita imaginação, ao narrar a tragédia de Pompeii.

A capa é muito bonita também.
Tudo de bom!
Abraços

Gustavo disse...

Caro Roderick,

Que grata surpresa tê-lo de volta ao blog....

Poxa vida, vc tem razão, realmente foi no álbum anterior a mudança para um quarteto...... vou fazer as devidas correções.......

Eu não tenho a menor dúvida quanto ao enfraquecimento do rock progressivo quando do surgimento do movimento punk rock, principalmente na Inglaterra, um dos berços do rock progressivo....

Este álbum eu não gosto muito, mas eu sempre levo em consideração o passado brilhante da banda e ai, consigo extrair algumas músicas com alguma qualidade deste álbum.....

Volte sempre, pois seus comentários, observações e críticas são sempre muito bem vindos....

Grande abraço,

Gustavo.

romulo disse...

gostei do álbum, meio psicodélico, bom pra quem gosta de queimar um basa e curtir a briza..

Anônimo disse...

Meu caro Gustavo,

Há uns meses atrás eu achei que tinha baixado e escutado esse disco, e na verdade o fiz, mas era outro disco - o sem inspiração Ala Carte. Acabei criando uma falsa impressão desse trabalho, que baixei há poucos dias. Eu talvez tenha experimentado ao escutar ele uma satisfação maior do que a sua, amigo. Achei um belíssimo trabalho!!!
Fez acelerar meus batimentos cardíacos logo na primeira audição... Logo de cara, percebi uma diferença quanto ao disco anterior, por conter metais... Bom, não tenho certeza se o "old love..." já não tinha esses instrumentos, mas isso também é um mero detalhe.
Notei o Barry Palmer cantando com mais paixão e vigor, atingindo notas mais altas ainda! Aliás estão lindas as melodias das partes cantadas por ele. Li uma biografia deles no site oficial (Triumvirat.net) e lá falava que o Barry tinha saído fora da banda antes de iniciarem as gravações desse disco me parece, e o vocalista que deveria gravar seria o que acabou falecendo sufocado com monóxido de carbono em sua garagem. Este se sentia desconfortado, por achar que o Jurgen Fritz estava compondo partes para ele cantar difíceis, por terem notas muito altas , e se não me engano ele achava o Barry mais capacitado. Após a morte dele, o Palmer volta para a banda e o Fritz se concentrou muito (segundo o autor da Bio) para fazer um belo trabalho, para honrar o antigo companheiro.
A beleza do disco já começa pela capa maravilhosa, a mais bonita de todas na minha opinião. E mesmo estando já em 1977 - ano em que o prog vinha perdendo fôlego como sabemos, os caras resolvem fazer um trabalho conceitual narrando a história do vulcão Vesúvio de Pompéia, e dá para notar a relação entre as faixas. Mesmo entendendo pouco ou quase nada do sentido da letra, dá para perceber isso. O anterior se é um trabalho conceitual, eu não sei.
Nesse álbum achei que as músicas formam um conjunto mais regular comparado ao “Old Love...” Achei todas as faixas muito inspiradas e ricas , sem repetições agora, mais um ponto. Gosto muito do “Old Loves die hard” mas acho que vou acabar mantendo a preferência por esse. Fará parte de minha discoteca, assim como já fazem os anteriores.
já escrevi demais! Acho que você deveria escutá-lo de novo!

Abraço

Luciano

Gustavo disse...

Luciano,

A bem da verdade, eu o escuto desde a época de seu lançamento em 1977 e a poucos dias atrás eu o escutei novamente......

De forma alguma ele é mau trabalho, mas o que acontece é que os álbuns anteriores possuem uma magnitude maior, causam mais impacto, Espartacus é uma obra prima inimitável, porém foi feito em outras condições mais favoráveis que este.....

Fico feliz que tenha gostado deste álbum...

Abraços,

Gustavo

Anônimo disse...

Concordo com você que os álbuns anteriores são mais impactantes.

Cara, lhe confesso que eu também gosto (além do prog exagerado) dessa leve simplificada nas composições (sem deixarem ainda de fazer prog rock) que algumas dessas bandas fizeram em seus trabalhos, naqueles anos de 76/ 77, como o Genesis quarteto. Isso também deva ser um fator para eu ter adorado esse disco.

Quem sabe o pessoal queira opinar aqui?

Abraço

Luciano