Quando a música é boa, tem essência, tem uma história, ela fatalmente se perpetua e quanto mais o tempo vai passando, mais forte e presente vai ficando e essa percepção é muito fácil de entender, pois quando comecei a me interessar por música, há uns quarenta anos passados, meu pai além de MPB e Jazz escutava muita música clássica, que teoricamente em meu entendimento naquela época, era um hábito musical de gente “velha”.
Legal né, além do rock progressivo que eu tanto amo, eu também escuto muito a musica clássica, então, por conseguinte eu também sou um “velho”, certo? Não, errado!!!
Eu escuto a música clássica por conta de sua qualidade, da sua história, das suas origens, e este fenômeno está se repetindo com o rock progressivo, que já é um quarentão, que na sua puberdade quase sucumbiu por razões diversas, mas foi inteligente o suficiente, para “se fingir de morto” por um pequeno espaço de tempo e poder continuar sua trajetória.
Eu escuto a música clássica por conta de sua qualidade, da sua história, das suas origens, e este fenômeno está se repetindo com o rock progressivo, que já é um quarentão, que na sua puberdade quase sucumbiu por razões diversas, mas foi inteligente o suficiente, para “se fingir de morto” por um pequeno espaço de tempo e poder continuar sua trajetória.
Essa é uma questão que me persegue, porque para alguns pareço um louco por estar escutando sempre as mesmas “velhas” músicas e canções, mas o que muitos não conseguem compreender é que por não serem descartáveis, nem representantes de um momento específico (e.g. “Carnaval”), elas realmente se perpetuam em nossas vidas de tal forma, que quando escutadas por nós que realmente às amamos, parece que sempre escutamos algo novo.
O caso é tão sério, que se notaram, há bem pouco tempo coloquei um “Plug-in” de uma Rádio, no topo da página e a primeira “música” que começa a tocar, é a íntegra do álbum, “Tales From Topographics Oceans”, do Yes e o resultado é que ainda não consegui chegar ao álbum seguinte, pois não tenho coragem de pular o álbum, por razões óbvias, mesmo sabendo que há uma interessante seleção musical a minha espera na sequencia.
Há quem torça o nariz para as gerações seguintes que sucederam as bandas do rock progressivo clássico dos anos setenta, mas tudo bem, gosto é algo pessoal, intransferível e merece todo o nosso respeito, entretanto, estas gerações seguintes foram o esteio necessário para a longevidade de seus antecessores, portanto, só resta agradecer a bandas como o Marillion, IQ, Pendragon, Pallas, Procupine Tree, Glass Hammer, Citizen Cain e tantas outras que por também amarem o rock progressivo, proporcionaram aos seus ídolos a longevidade eterna.
Se não fosse assim, eu não poderia estar publicando mais uma vez, algo sobre o Genesis, um fenômeno musical, que nos anos setenta, junto a bandas como o Pink Floyd, Yes, ELP, Camel, Jethro Tull, Eloy, PFM e mais um sem numero de outras bandas de mesma grandeza, que promoveram uma nova ordem e um renascimento musical que até hoje influencia o nascimento de novas bandas que seguem o estilo e modifica outros, como no caso do mundo do “metal”, com o surgimento de novas bandas de metal sinfônico.
Muito bem, desta vez a gravação é de um show feita em fevereiro de 1973, no legendário Rainbow Theatre, palco de grandes e antológicas apresentações e desta feita, o personagem principal foi o Genesis, com sua clássica formação frente aos seus instrumentos e microfone.
Quanto às músicas, até então já haviam sido lançados os álbuns, Trespass, Nursery Crime e Foxtrot, com o álbum “Selling England By The Pound” ainda no forno, pois só seria lançado oficialmente em outubro deste mesmo ano, portanto, as músicas, Dancing With The moonlit Knight, “I Know What I Like”, “Firth Of Fifth”, “More Fool Me” e “The Battle Of Epping Forest”, estavam sendo colocadas à prova antecipadamente e junto delas mais dois super clássicos, “Watcher Of The Skies” e “Supper's Ready", sendo esta última para mim, simplesmente inigualável, inimitável e indestrutível, pois nem Phil Collins conseguiu destruí-la quando assumiu o controle da banda após a saída de Peter Gabriel.
Comentar as músicas ou seus músicos, nem pensar, pois existem centenas de milhares de blogs que já devem ter escrito de tudo e eu mesmo em outras ocasiões também escrevi bastante sobre o Genesis, no entanto gostaria que este álbum, “Genesis Live At the Rainbow Theatre”, servisse como um bom exemplo do que é uma música perpetuada.
ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!
Genesis:
Peter Gabriel
Steve Hackett
Mike Rutherford
Tony Banks
Phil Collins
Tracks:
01 - Watcher Of The Skies
02 - Dancing With The moonlit Knight
03 - I Know What I Like
04 - Firth Of Fifth
05 - More Fool Me
06 - The Battle Of Epping Forest
07 - Peter Gabriel & Phil Collins - Green Grass Tale (Duo Performance)
08 - Supper's Ready