Quarenta anos depois do lançamento de seu primeiro álbum, o não menos legendário e emblemático, “Zarathustra”, o Museo Rosenbach volta aos estúdios e à cena progressiva, lançando sua mais nova obra, “Barbarica”, fato acontecido em março de 2013, remontando a atmosfera progressiva dos anos setenta.
Para chegar até "Barbarica", parte dos integrantes originais do grupo se reuniu novamente, acertou suas contas, pois ao que parece houve alguma briga interna entre eles, para então produzirem primeiramente uma releitura de “Zarathustra”, lançada em outubro de 2012 e intitulada, “Zarathustra Live In Studio”, onde novos músicos foram agregados para esta difícil empreitada.
Para este projeto, além de Giancarlo Golzi, Alberto Moreno e Stefano Lupo Galpi, da formação clássica, foram convidados para este primeiro projeto, Andy Senis, Fabio Meggetto, Max Borelli e Sandro Libra.
O resultado deste “ritorno”, em meu conceito, foi altamente positivo, pois “Zarathustra” é uma prova que o rock progressivo está mais vivo do que poderíamos imaginar e seus músicos, tantos os antigos, bem como os novos integrantes, estão totalmente em forma e alinhados com as necessidades que este tipo de música tão complexa exige, abrindo as portas para novos projetos.
Espantosamente, Stefano "Lupo" Galpi, manteve sua belíssima voz preservada, nos permitindo sentir à mesma teatralidade vocal que tanto o caracterizou há quatro décadas.
Logicamente, novos recursos tecnológicos foram agregados a esta releitura, portanto, além dos tradicionais equipamentos analógicos, moderníssimos mellotrons e sintetizadores foram incluídos, bem como, passaram a trabalhar com duas guitarras simultaneamente, encorpando ainda mais o denso enredo de "Zarathustra".
“Zarathustra” é uma peça definitiva, conceitual ao extremo e como tantas outras, como Supper’s Ready, Close to the Edge, Karn Evil 9 e etc..., tem vida própria, não se admitindo desaforos, onde somente seus criadores poderiam desafia-la da forma como o fizeram, sem macular sua tradição e essência.
Com este mesmo espírito e formação de músicos, podemos agora adentrar a fantasia de “Barbarica”, que como já havia dito, conseguiu sem muito esforço resgatar um dos momentos mais importantes do rock progressivo Italiano e mundial, contando a história de um mundo que se torna inóspito e consequentemente inabitável, por conta de guerras intermináveis que abalam o meio ambiente, gerando catástrofes naturais, castigando de forma violenta e cruel seus habitantes.
Um personagem, provavelmente o herói desta trama, tem o poder de mudar o trágico destino que se aplaca sobre os sobreviventes deste mundo, pois como é um visionário, consegue prever um futuro distante deste turbulento momento em que vivem.
Com este enredo, “Barbarica”, traz de volta o espírito do rock progressivo italiano em seu melhor momento, com orquestrações grandiosas, associadas à dramática voz de “Lupo” que com tota a naturalidade conseguiu imprimir o peso da nefasta situação que se abateu sobre este mundo fictício.
Este álbum não faz um contraponto com “Zarathustra”, pois aparentemente não houve a intenção de se criar algo realmente novo e conflitante com o passado e ao contrário disso, o que se percebe é a tentativa de se resgatar uma sonoridade que ficou para trás, sem ser saudosista e/ou extravagante, entretanto, mantendo suas principais características estruturais e se permitindo a flertar com outros segmentos do rock progressivo que vieram depois dos anos setenta.
Diante do lastimável cenário musical em que vivemos, é no mínimo um ato de coragem do Museo Rosenbach, em reeditar sua obra máxima, “Zarathustra” e criar uma nova obra conceitual, “Barbarica”, ignorando a existência da acéfala indústria fonográfica, a crítica burra e até mesmo as últimas gerações de jovens que são maciçamente submetidos a consumir uma música totalmente descartável que não dura mais que um verão, pois logo é substituída por outra mais fácil ainda de ser consumida.
Por conta dos argumentos acima, do próprio Museo Rosenbach e dos dois excelentes álbuns produzidos recentemente pela banda, não resta alternativa senão a de recomendar a todos a audição destas duas peças.
ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!
Museo Rosenbach
Alberto Moreno / piano
Fabio Meggetto / keyboards
Sandro Libra / guitars
Max Borelli / guitars
Andy Senis / bass
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Museo Rosenbach
Stefano Lupo Galifi / vocals
Giancarlo Golzi / drumsAlberto Moreno / piano
Fabio Meggetto / keyboards
Sandro Libra / guitars
Max Borelli / guitars
Andy Senis / bass
Álbuns:
Zarathustra Live In Studio
01. Intro + Dell'eterno ritorno
02. Degli uomini
03. Della natura
04. Zarathustra:
a. L'ultimo uomo
b. Il re di ieri
c. Al di la del bene e del male
d. Superuomo
e. Il tempio delle clessidre
Barbarica:
01. Il Respiro Del PianetaZarathustra Live In Studio
01. Intro + Dell'eterno ritorno
02. Degli uomini
03. Della natura
04. Zarathustra:
a. L'ultimo uomo
b. Il re di ieri
c. Al di la del bene e del male
d. Superuomo
e. Il tempio delle clessidre
Barbarica:
02. La Coda Del Diavolo
03. Abbandonati
04. Fiore Di Vendetta
05. Il Re Del Circo
03. Abbandonati
04. Fiore Di Vendetta
05. Il Re Del Circo
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