Fazendo uma limpeza em um dos micros que eu uso, encontrei a capa ao lado, uma criação do mago do design, Roger Dean, para o álbum, “The Royal Philharmonic Orchestra Plays The Music Of Rush”, o que me fez mudar de planos, uma vez que, a bola da vez, era um bootleg do Kansas, mas não há de ser nada, pois a próxima postagem será dedicada totalmente a ele.
Quando me deparo com um álbum deste tipo, vem sempre a mesma pergunta, pois por que diabos uma orquestra sinfônica, insiste em produzir álbuns que tem por essência, o rock, não importando de qual vertente seja, pois diversos álbuns como este já foram produzidos por esta e inúmeras outras sinfônicas? Qual é o real significado disto tudo? Falta de repertório? Realmente eu não sei o que ocorre, mas independente do que possa ser, um álbum como este é sempre muito bem vindo.
“The Royal Philharmonic Orchestra” |
Uma ideia que me vem à cabeça é que como não existem mais compositores de música clássica atualmente e realmente isto deve ser um desestímulo à continuidade da música clássica, portanto servir-se do rock que sempre tem um bom argumento musical e adaptá-lo ao mundo da música clássica é sem dúvidas uma boa maneira de popularizar a música erudita com músicas conhecidas, principalmente dos jovens, ganhando uma nova leitura e consequentemente novos adeptos para este tipo de música.
Rush |
É interessante que estes novos arranjos, independente do tipo de música, têm um resultado sempre muito positivo e eu posso usar como exemplo, um caso extremo, com o “Iron Maiden” (que eu gosto muito) que teve suas músicas orquestradas pela “The Hand Of Doom Orchestra” com o álbum, “Plays Iron Maiden's Piece Of Mind”, com um produto final no mínimo surpreendente.
Agora chegou merecidamente a vez do Rush, o famoso “Power Trio” Canadense que começou a dar seus primeiros passos pelos idos de 1968, lançando seu primeiro álbum apenas em 1974 e estando na ativa até hoje, com seu álbum mais recente, “Clockwork Angels”, lançado em 2012.
Adrian Smith |
Neste álbum, “The Royal Philharmonic Orchestra Plays The Music Of Rush”, além da própria orquestra, convidados especialíssimos, como Adrian Smith do Iron Maiden, presente em “Red Barchetta” e Steve Rothery do Marillion, presente em “Working Man”, deu um peso extra às novas e dramáticas interpretações sob a batuta do Maestro Richard Harvey que ainda contou com a presença do Coral Windrush.
Para o Rush, sem dúvidas, uma puta homenagem, vinda da Britânica, “The Royal Philharmonic Orchestra”, fundada em 1946 e que é uma das mais ativas orquestras do planeta, portanto, o presente foi dividido em nove faixas de tirar o fôlego, com modernos e elegantes arranjos, executados de forma absolutamente impecável.
Steve Rothery |
Bandas de rock como o Deep Purple, Queen, Beatles, Led Zeppellin e as bandas de vertente progressiva como, o Yes, Genesis, Pink Floyd e tantas outras já tiveram em diversas ocasiões, o seu devido tributo clássico, porém, com certa facilidade para a elaboração das adaptações e ajustes nos novos arranjos para as músicas de origem progressiva, uma vez que parte de sua essência é oriunda da música clássica.
No caso do Rush eu nem me atrevo a classificar a banda, pois ela ao longo de sua trajetória flertou com diversos estilos musicais, o que confunde um pouco, mas isso não tem a menor importância, pois o que importa mesmo, é que seus arranjadores e executores foram extramente felizes no modo como procederam esta metamorfose musical, do rock para o clássico, transformando estas músicas em um irresistível convite a adentrar ao mundo da música erudita de forma moderna e contagiante, portanto só resta recomendar este álbum a todos, independente da tribo a qual se faça parte.
ALTAMENTE RECOMENDADO!!!
Tracks:
01. 2112 Overture
02. The Spirit Of Radio
03. Tom Sawyer
04. Subdivisions
05. Closer To The Heart
06. Red Barchetta (participação de Adrian Smith)
07. Limelight
08. Working Man (participação de Steve Rothery)
09. Fly By Night
LINK
DEPOIMENTOS:
A história nos ensina que depois da tempestade, vem a bonança...E ela vem sempre conforme a necessidade da humanidade....
Passando pelo blog do Véio Dead, eu ví um post da Billie Holiday onde o Véio Dead publica fotos de linchamento....Era assim que os negros eram tratados na América....O rock mudou esse tipo de comportamento....
Hoje vivemos uma fase semelhante...Intolerância, competitividade, capitalismo selvagem, terror, chacina, pobreza cultural....Creio que um novo movimento deverá surgir, em algum momento de um futuro que penso não seja tão próximo....Até lá...Seria muito legal ver no seu blog as bandas que você citou....sem falar no Queem é óbvio....
Abraço...Força...Sucesso
The Ancient
P.S. Cê tá desculpado.....pois como já disse.....vivemos de forma igual, com um pé em cada cidade...e no meio da linha de tiro....
Agora que o Rush criou um estilo isso sem dúvida e é possivel porque cada bluseiro tocando suas notinhas faz isso como falo sempre, qto mais eles com a parefernália a disposição. Talvez sim queiram preservar como temos até hoje um Bach nos ouvidos até m comercial de tv mas no fundo mesmo, é prq agradou aos ouvidos dos maestros e dos idealizadores e todos que se envolvem numa orquestra, mas como já vimos se um Von Karajan não quisesse não entrava no set list, poderia ser pra rainha da inglaterra, e ele era ate´um dos melhorzinhos prq alguns são irascíveis em suas atitudes e mesmo por grana, se não gostarem não fazem, aqui no brasil já vi isso com o Uirapuru, que mataram metendo em coisas governamentais e nunca mais se ouviu tocar ou as bachianas de Villa Lobos tb comercial de tv e descrédito total, lá não, lá eles encontram a pérola na ostra, aqui matá-se a ostra pra comer e joga-se a pérola fora.
Gustavo e Anc e quem mais tiver saco de ler, vou postar ainda o Sex Pistols e discorrer uma tese sobre eles, preparem-se,rs
Enjoy!!!!!!!!!!!!!!!!
Porém você escreveu algo extremamente importante....O Maestro nunca ouve da mesma forma que nós....Eu nunca ouvi música...
Eu incorporava a música....Incorporar é diferente de ouvir....É você mesmo sem saber cantar ou tocar porra nenhuma, ficar ali no quarto com a bolacha rodando e se imaginar no lugar do seu ídolo, tentando fazer igual e ser fiel, sem ter público, sem ter instrumento.....
É meditar sobre o som que está rolando e buscar nele inspiração.......Um Maestro jamais ouvirá Freewill da forma que eu ouvia.......
Brilhante colocação!!!!!!!!!!!
Mano Véio......a gente ainda vai acabar editando um livro!!!!!!!!
E que venha os Fuck Pistols...........E God Save The Queen!!!!!!
The Ancient
P.S.
Jack Bruce é melhor letrista que Neil Peart?????????
Mas é isso, sigamos em frente.
Enjoy!!!!!!!!!!!!!!!!!
A gente escreve tanta coisa que acaba se confundindo todo......Você por um momento chegou a afirmar que o Cream é melhor que o Rush e que Jack Bruce é melhor letrista que Neil Peart....Eu pensei comigo.... Nossa, será que o Dead perdeu a cabeça??????
Direto de Xanadu..........
The Ancient