quarta-feira, dezembro 24, 2014

SYNERGY - “Eletronic Realizations For Rock Orchestra” - 1975


Muito bem, hoje dia 24 de dezembro, véspera do Natal, foi feito a mim um pedido a respeito deste álbum que agora com muito gosto, trago para o blog, o Synergy, com o álbum “Eletronic Realizations For Rock Orchestra”, lançado em 1975.

Sou obrigado a confessar que este pedido feito por um internauta, o “Eustáquio”, transformou-se em um presente de Natal para mim, pois não conhecia este fantástico projeto que teve início na segunda metade da década de setenta, portanto nada mais justo do que agora eu dividi-lo com todos os amigos e frequentadores deste espaço.

O Synergy é um projeto de música eletrônica de “Lawrence Roger 'Larry' Fast”, um americano de New Jersey, formado em História, Ciências da Computação, estudioso de piano e violino e que por obra do destino, acabou por ter um encontro mágico com Rick Wakeman que o possibilitou a trabalhar com o Yes, mais precisamente na produção musical de “Tales From Topographic Oceans”, vejam vocês.

O cidadão com um currículo como este já chega marcando presença e isto está latente neste álbum de estreia, pois como é um trabalho solitário, tanto na composição dos arranjos, bem como em sua execução, que um é primor, o credencia a estar a lado a lado com grandes nomes da música eletrônica em total pé de igualdade.

A música eletrônica não é de fácil aceitação, pois exige do ouvinte um apurado senso musical, portanto fica difícil a tarefa de fazê-la compreensível e esta capacidade no mundo da música ficou restrita a poucos músicos e bandas, como o Tangerine Dream, Vangelis, Jean Michel Jarre, Fonya e alguns outros e agora para mim o Synergy também.

Para os amantes da música instrumental eletrônica e dos sintetizadores, este álbum está perfeito, pois há uma avalanche de sintetizadores que se entrelaçam em rebuscados enredos futuristas espaciais, criando a atmosfera e o cenário perfeito para se viajar sem sair do lugar, levando-se em conta que são músicas absolutamente agradáveis de escutar e que poderiam figurar como trilha sonora de qualquer filme de ficção científica.

Não vou me atrever a fazer comentários mais profundos sobre este trabalho, pois além de não conhecer o músico com propriedade, escutei apenas umas duas ou três vezes este álbum que aparentemente mostra-se muito consistente, com sofisticados e complexos arranjos muito bem estruturados, portanto apenas como mais um divulgador deste trabalho que tem um transito muito grande na blogosfera, convido a todos a escutar este álbum que tem tudo para agradar a gregos e troianos.


ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!


Musicians
Larry Fast -  synthesizer, electronics, moog

Tracks:
01. Legacy (10:10)
02. Slaughter on Tenth Avenue (11:50)
03. Synergy (5:28)
04. Relay Breakdown (6:24)
05. Warriors (12:51)









FELIZ NATAL - 2014

sexta-feira, dezembro 12, 2014

GENESIS - "World Tour - Chicago" - 1977

Ultimamente tenho escutado os álbuns “A Trick Of The Tail” e “Wind & Wuthering”, sabe-se lá o porquê, mas isto é um fato e acabou por me colocar em contato com um bootleg da "World Tour" no ano de 1977 do Genesis, realizada mais precisamente na cidade de Chicago, USA  trazendo várias músicas destes dois álbuns.

Até ai, nada de mais e, para piorar, não tem Peter Gabriel, só que, até este momento o comportamento da banda ainda era fiel ao espírito do grupo e convenhamos que os dois álbuns citados acima, são muito bons (pelo menos, para mim) e as músicas da “Era Gabriel”, foram executadas com extrema dignidade e respeito.

Tendo em vista que interpretar uma música como, “Supper’s Ready” não é uma tarefa para qualquer “Zé Mané” e levando-se em conta o elevado grau de dificuldade desta música, até que Phil Collins não se saiu mal e com certo patriotismo “Genesiano”, mandou muito bem no vocal e em sua bateria, bravamente acompanhado de outro nome de expressão do mundo da percussão, Chester Thompson.

Esse show também é para mim é um espelho e uma forte lembrança, a rigor memorável das duas apresentações do Genesis, no Brasil, neste mesmo ano, onde tive o privilégio de assistir no Maracanãnzinho, RJ, com direito a música de primeiríssima qualidade e muita pirotecnia (bonecos infláveis, luzes, projetores de raio lazer e tudo mais....) com um “set-list” de músicas muito similar a deste bootleg.

Pessoalmente, gostaria de ver nos vocais, Peter Gabriel que além de ter uma voz incomparável, certamente daria também um show de teatro ao interpretar suas músicas, entretanto, cabe ressaltar que um show daquela magnitude no Brasil, era tudo de bom, algo tão distante, até mesmo inimaginável, apresentado com recursos tecnológicos aquém da nossa realidade que foram disponibilizados para uma plateia ávida, literalmente faminta por assistir um show de verdade, a rigor,  um “Concerto”.

Todos os músicos que passaram pela banda e não foram muitos, tinham e com certeza ainda têm uma característica em comum, a de serem “excelente músicos” e por conta disto, mesmo sem presença de Peter Gabriel, foi possível manter uma sinergia muito intensa entre a banda e a plateia.

Apesar da acústica do Maracanãnzinho não ajudar muito, lembro que a vibração da música, associada às técnicas de iluminação empregadas, botava qualquer um em transe, sem a necessidade do uso de qualquer agente químico externo, sendo causado apenas pela incrível sensação de bem estar que aquelas músicas provocavam.

Algo marcante desse show que ainda é muito vivo em minhas memórias, é solo de guitarra de Steve Hackett na música, “In that quiet earth”, acompanhada de um canhão de raio lazer que ficava pipocando na cobertura do Maracanãnzinho produzindo um efeito incrível.


O show de Chicago é praticamente o mesmo dos shows do Rio e de São Paulo, que inclusive já foram disponibilizados aqui no blog há algum tempo atrás, portanto, fica o convite a todos, para mais uma vez se deliciarem com a música do Genesis.


ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Genesis:
Tony Banks
Steve Hackett
Mike Rutherford
Phil Collins
Chester Thompson

Tracks:
01 - Intro
02 - Squonk
03 - One For The Vine
04 - Robbery, Assault And Battery
05 - Your Own Special Way
06 - Firth Of Fifth
07 - Carpet Crawlers
08 - In That Quiet Earth
09 - Afterglow
10 - I Know What I Like
11 - Intro
12 - Eleventh Earl Of Mar
13 - Supper's Ready
14 - Dance On A Volcano
15 - Los Endos
16 - The Lamb Lies Down On Broadway
17 - The Musical Box

sexta-feira, novembro 07, 2014

PINK FLOYD - "The Endless River" - 2014


Amigos, ai está o tão esperado álbum do Pink Floyd, “The Endless River”, vinte anos depois de seu antecessor “The Division Bell” e por conta disto, não sei quanto tempo este link ficará ativo, portanto, sejam rápidos. 

Ainda não escutei o álbum e neste momento o objetivo é sua divulgação e disseminação, pois se trata do lançamento mais bombástico dos últimos tempos por razões obvias e que desde o anuncio de seu lançamento tem dividido opiniões.

Muito bem, eu sou da ala que acredita que qualquer coisa feita pelo Pink Floyd, mesmo que aproveitando material de sessões de outro álbum, fazendo um enxerto aqui e ali com novas harmonizações e solos, bem como adicionando vocais é melhor do que 95% de qualquer coisa que tenha sido lançada nos últimos vinte anos para esta vertente musical.

Por outro lado, teve um jornalista que graças a Deus eu não lembro o nome, que fez uma matéria descendo a lenha na banda, pelo anuncio do fim do grupo após este novo lançamento, uma vez que eles após a turnê de "The Division Bell" há vinte anos trás já o haviam feito e, portanto, eles não poderiam estar anunciando o fim de algo que já tinha acabado. 

Até da capa do álbum este energúmeno reclamou, mas acredito que este cidadão faça parte de uma minoria burra, dita intelectual, que não consegue enxergar um centímetro a frente do próprio umbigo, pois se esquece de que, não está se referindo a alguns jovens músicos tentando se lançar no mundo do rock, mas sim de alguns senhores em torno dos setenta anos, mais uma vez fazendo história, pois fazer dinheiro, eles já fizeram há algumas décadas atrás.

Este álbum com  certeza está  carregado de fortes emoções, pois  não  só marca o  anunciado fim da banda, mas principalmente faz uma uma justa e merecida homenagem a Rick Wright, que mesmo não estando mais conosco, tem a sua parcela de genialidade presente neste álbum.  

Os fãs da banda, que, diga-se de passagem, não param de crescer e a prova você encontra em
qualquer supermercado, pois seus álbuns continuam a venda em todo o planeta, com certeza estão na mesma ansiedade em que eu me encontro para poder ouvir este novo trabalho, portanto eu vou ficando por aqui.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Pink Floyd
David Gilmour – vocais, guitarra
Nick Mason – bateria, percussão
Richard Wright – teclado, piano (in memorian)


Guest Musicians
Sarah Brown – vocal de apoio
Guy Pratt – baixo
Louise Clare Marshall – vocal de apoio
Durga McBroom – vocal de apoio


Tracks:
01 – Side 1, Pt. 1 Things Left Unsaid
02 – Side 1, Pt. 2 It’s What We Do
03 – Side 1, Pt. 3 Ebb And Flow
04 – Side 2, Pt. 1 Sum
05 – Side 2, Pt. 2 Skins
06 – Side 2, Pt. 3 Unsung
07 – Side 2, Pt. 4 Anisina
08 – Side 3, Pt. 1 The Lost Art Of Conversation
09 – Side 3, Pt. 2 On Noodle Street
10 – Side 3, Pt. 3 Night Light
11 – Side 3, Pt. 4 Allons-Y (1)
12 – Side 3, Pt. 5 Autumn ’68
13 – Side 3, Pt. 6 Allons-Y (2)
14 – Side 3, Pt. 7 Talkin’ Hawkin’
15 – Side 4, Pt. 1 Calling
16 – Side 4, Pt. 2 Eyes To Pearls
17 – Side 4, Pt. 3 Surfacing
18 – Side 4, Pt. 4 Louder Than Words
19 – TBS9
20 – TBS14
21 – Nervana


LINK REMOVIDO PELOS FDP'S DA DMCA


sábado, novembro 01, 2014

SOLARIS - "Marsbéli Krónikák II (Martian Chronicles II)" - 2014

Conforme já havia comentado na resenha anterior, simplesmente postar por postar, perdeu a graça para mim e só algo que realmente valha a pena pode me tirar do exílio e eu confesso que estou sempre na torcida para que isso aconteça.

Graças a Deus isso acabou por acontecer, por obra de uma das bandas de rock progressivo que eu mais admiro o “Solaris”.

Produziram uma lindíssima continuação para as “Crônicas Marcianas”, intitulada originariamente de “Marsbéli Krónikák II” em pleno século vinte um, com todos os requintes e grandeza que o rock Húngaro sempre oferece.

Apenas para recordar, “Marsbéli Krónikák” foi lançada pelo Solaris no ano de 1984 e assombrou o que restava do mundo do rock progressivo que a esta época já era considerado como uma música do passado, uma vez que havia sido engolida por diversos movimentos musicais passageiros.

Attila Kollár
A chama musical para esta banda continuava acesa e por conta de iniciativas como esta, o rock progressivo continua tão vivo hoje como foi em seu auge nos anos setenta, inclusive influenciando outros movimentos musicais.

Trinta anos depois, praticamente com a mesma formação e com alguns convidados especiais, o Solaris está de volta, tendo que enfrentar seu maior desafio e audaciosamente fazer uma continuação digna para uma peça tão complexa e sofisticada como “Marsbéli Krónikák”.

Esta continuidade é o equivalente a voltar ao passado, escutando a música do presente, ou seja, não tem aquela sensação de “naftalina” no ar, pois como de costume na música do Solaris, o que impera é o esmero musical, constituído de intrincados enredos que vão se associando uns aos outros, criando cenários absolutamente espaciais que fatalmente nos levam a uma viagem musical.

Róbert Erdész
Para quem já conhece o Solaris, fazer qualquer comentário sobre a qualidade performática de seus músicos e chover no molhado, entretanto eu não posso me furtar do direito de enaltecer mais uma vez estes músicos, pois o tempo só os deixou-os mais virtuoses do que foram no passado.

Attila Kollár, um mestre em sua flauta transversa, a manuseia como se Rick Wakeman estivesse frente ao seu Moog de “estimação”, mais parecendo que os dois conversam quando estão em ação, o mesmo acontecendo com Attila e sua flauta.

Róbert Erdész continua brilhante à frente de seus teclados, com a mesma serenidade e maestria, dosando na medida certa suas intervenções que costuram os demais instrumentos dando unidade à música.

Csaba Bógdan
Csaba Bógdan é outro músico que o tempo lhe foi favorável e sua guitarra continua tão afiada como uma espada de um samurai, pois são golpes cortantes e contundentes que saem de suas cordas nos momentos em que está solando.

Compondo a cozinha da banda, Lázló Gömör, Attila Seres e Ferenc Raus, simplesmente dão estrutura e o suporte necessário à formação da espinha dorsal da banda, tornando as coisas muito simples de serem conduzidas, dada a qualidade musical aderida que todos possuem.

Assim como Pink Floyd está aproveitando algumas gravações antigas para seu tão esperado álbum “Endless River”, o Solaris também usou do mesmo artifício, pois István Cziglán e Tamás Pócs configuram nos créditos como “archive's records”, o que não é problema algum, pois não compromete a qualidade do trabalho.

Diversos músicos foram convidados para participar deste trabalho e dentre eles temos, Tamás Erdész, Balázs Szendőfi, Péter Gerendás, Ferenc Muck, Zuzsa Ulmann, Edina Mókus Szirtes e Tünde Krasznai, dividindo-se entre os vocais, violino, sax, baixo e guitarras para complementar o elenco de músicos.

Finalizando, não esperem de “Marsbéli Krónikák II”, aquela chuva de sintetizadores frenéticos que desde os primeiros acordes já se faziam presentes, entretanto, é possível esperar uma viagem musical e espacial para vislumbrar paisagens mentais advindas do equilíbrio obtido pela maturidade musical da banda que adequou sabiamente a continuação das suas “Crônicas Marcianas” para os dias de hoje.

RECOMENDADÍSSIMO!!!!

SOLARIS:
Attila Kollár - flute, percussion, whistle
Róbert Erdész - keyboards
Csaba Bogdán - guitars
László Gömör - drums, percussion
Attila Seres - bass
Ferenc Raus - drums


Archive's records:
István Cziglán - guitars
Tamás Pócs - bass 


Guest Musicians:
Tamás Erdész - guitars
Balázs Szendőfi - bass
Péter Gerendás - guitars
Ferenc Muck - sax
Zsuzsa Ulmann - vocals
Edina Mókus Szirtes - vocals, violin
Tünde Krasznai - vocals


Tracks:
01. Martian Chronicles II Suite (22:26)
      a/ 1st Movement (6:12)
      b/ 2-6th Movement (12:44)
      c/ 7th Movement 3:30
02. Voices from the Past/ movement 1st (2:05)
03. Voices from the Past /movement 2nd (5:33)
04. The World without us (4:03)
05. Pride of Human insect (3:04)
06. Impossible, 'We are Impossibility in an impossible Universe' Ray Bradbury (4:12)
07. Alien (4:03)


terça-feira, outubro 07, 2014

VA - “Celebration Jon Lord The Rock Legend & Celebration Jon Lord The Composer” - 2014

Aguardando algum novo lançamento, e ai leia-se, o “Pink Floyd” ou a “Anderson Ponty Band”, resolvi dar uma desacelerada na frequência das resenhas, pois o cenário atual é de uma mesmice sonolenta que já há algum tempo nos assola, portanto postar álbuns que no fundo só mudam a capa e têm praticamente o mesmo conteúdo musical, para mim perdeu totalmente o sentido.

Entretanto, meu velho cérebro e ouvidos, recebeu um fortíssimo estimulo ao escutar um merecidíssimo tributo feito para homenagear Jon Lord, o Mago dos Hammonds, que junto ao Deep Purple encantou multidões com suas performances absolutamente fantásticas.

Depois de sua saída da banda, passou a compor e executar suas próprias peças voltadas para a música clássica, até seu momento derradeiro que aconteceu no dia 16 de julho de 2012, data em que o mundo da música ficou um pouco menor, mais pobre e triste por conta desta perda irreparável.


A rigor são dois tributos distintos, sendo um voltado para o rock, intitulado, “Celebration Jon Lord The Rock Legend”, aliás, um título digno de sua grandeza e o segundo tributo voltado para a música clássica, intitulado, “Celebration Jon Lord The Composer”.

Este evento está lançado em diversos formatos, então,  “Celebration Jon Lord The Composer” “Celebration Jon Lord The Rock Legend” estão distribuídos em CD, DVD e Blu-ray, separadamente ou pode ser adquirido na forma de um box set de luxo que reúne muitos desses formatos em um único pacote.

Os tributos foram gravados em abril deste ano no Royal Albert Hall e contou com a participação da atual formação do Deep Purple e os demais músicos especialmente convidados como, Glenn Hughes, Bruce Dickinson, Ian Paice, Rick Wakeman e Paul Weller, bem como a Orion Orchestra, conduzida pelo maestro Paul Mann para o tributo “Rock Legend”, ou seja, um time de músicos a altura da carismática figura de Jon Lord.

Para dar vida ao tributo, “The Composer”, foram convidados, a Orion Orchestra, sob a regência do maestro Paul Mann, além dos músicos, Rick Wakeman, Jeremy Irons (ator), Steve Balsamo, Neil Murrey e Micky Moddy para dar o tom certo às composições de Jon Lord.

É extremamente gratificante poder sentir a miscigenação musical envolvendo nomes do mundo do rock progressivo e do metal, bem como da música clássica e porque não dizer das artes cênicas também, com a presença do ator Jeremy Irons, aliados a também grandes nomes do hard rock, dando uma mostra de humildade e amor à música que teve como objetivo, homenagear a memória de Jon Lord.

Esse sentimento bateu forte ao assistir o vídeo e ver cantando lado a lado Ian  Gillan com Bruce Dickinson e este com Glenn Hughes, que está com sua voz muito bem preservada, bem como ver Rick Wakeman fazendo um solo viajante na música "Hush" como se estivesse executando "Journey To The Center Of The Earth" em um clima de altíssimo astral, muito bem acompanhados pela não menos animadíssima orquestra.

Cabe ressaltar que Don Arey que teve a  difícil e ingrata missão de substituir Jon Lord frente ao teclados, está se saindo muitíssimo bem, honrando a posição e se colocando com muita naturalidade entre os melhores da categoria, assim como Steve Morse que se adaptou a banda de tal forma que impressão que deixa, é de que ele é o que mais de diverte quando está no palco pela sua espontaneidade.     

“Rock Legend” homenageia Jon Lord, com diversos clássicos do Deep Purple como as músicas, Burn, Soldier Of Fortune, Lazy, Perfect Strangers, Black Night, Hush e vários outros sucessos da banda.

O tributo “The Composer”, nos brinda com músicas, Sarabande, Fantasia, Picture Within e outras que fecham este ciclo de homenagens para o músico que antes de qualquer coisa, era uma grande figura humana, muito querido no meio artístico e sem dúvidas um dos poucos homens que conseguiu domar os legendários Hammonds

Fica o convite a todos se deliciarem com a música de Jon Lord e do Deep Purple, na companhia de grandes músicos do mundo rock que doaram seu talento para este justo e merecido tributo.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

CELEBRATING JON LORD THE ROCK LEGEND
CD1 
01. Things Get Better (
With Paul Weller)
02. I Take What I Want (
With Paul Weller and Micky Moody)
03. Silas And Jerome (
With Phil Campbell from The Temperance Movement, Ian Paice, Bernie Marsden)
04. I'm Gonna Stop Drinking (
With Phil Campbell from The Temperance Movement, Ian Paice, Bernie Marsden)
05. Soldier Of Fortune (with Steve Balsamo, Sandi Thom and Micky Moody)
06. You Keep On Moving (with Glenn Hughes, Bruce Dickinson, Ian Paice, Don Airey and Micky Moody)
07. Burn (with Glenn Hughes, Bruce Dickinson, Ian Paice, Don Airey and Rick Wakeman)
08. This Time Around (with Glenn Hughes)
CD2
01. Uncommon Man (Deep Purple)
02. Above And Beyond (Deep Purple)
03. Lazy (featuring Stephen Bentley - Klein, Violin / Deep Purple)
04. When A Blind Man Cries (Deep Purple)
05. Perfect Strangers (Deep Purple)
06. Black Night (Deep Purple)
07. Hush (feat. Bruce Dickinson, Rick Wakeman, Phil Campbell, Bernie Marsden, Micky Moody / Deep Purple) 


CELEBRATING JON LORD THE COMPOSER 
01 - Fantasia
02 - Durham Awakes
03 - All Those Years Ago (With Steve Balsamo And Micky Moody)
04 - Pictured Within (With Miller Anderson)
05 - Sarabande (With Rick Wakeman)
06 - One From The Meadow (With Margo Buchanan)
07 - Bourree
08 - Afterwards (With Jeremy Irons And Paul Mann)



quinta-feira, setembro 11, 2014

ILUVATAR - "Sideshow" - 1997

Existem algumas excelentes bandas que podemos chamar de “mosca branca” pela dificuldade que há em encontrar algum material disponível, preferencialmente fora de catálogo e nesta categoria podemos citar alguns nomes que estão me ocorrendo agora, como o Triumvirat, Solaris e outras mais obscuras como o Synkopy e assim por diante, sem mencionar a quantidade fantástica de bandas oriundas do Krautrock que apenas lançaram um único álbum.

Nesta categoria, eu incluo o Iluvatar, que recentemente pude publicar seu último e excelente álbum de estúdio, chamado, “From the Silence”, quebrando um jejum de uns quinze anos sem botar os pés em um estúdio de gravação.

Diante de uma discografia tão diminuta, pois são apenas quatro álbuns de estúdio, quando me deparei esta semana mais uma vez com o álbum “Sideshow” lançado em 1997, pois eu o havia perdido, eu não poderia deixar passar em branco o fato e não dividir com os amigos da boa música, boa não, excelente música, no caso aqui, a do Iluvatar.

Este álbum trás obviamente as músicas de álbuns de estúdio antecessores a este, sendo que ele é composto por algumas gravações “live” e outras de estúdio bem como uma inédita, chamada, “All We Are” e uma interessante e corajosa releitura da música “Sparks”, de Pete Townshend, música integrante da Opera Tommy do The Who, o que per si, revela o sentido da palavra “corajosa” que escrevi anteriormente.

Mas um ato de coragem partindo do Iluvatar perde até o sentido, pois realmente a banda manda muito bem em qualquer situação, levando-se em conta que é composta de excelentes músicos instrumentistas e têm um vocal marcante e pitoresco, muito bom de escutar.

Essas gravações foram feitas ao longo do mês de setembro de 1996 e são provenientes de aparições em rádios, no ProgDay e algumas feitas no Orion’s Studios Sound Stage em Baltmore, Maryland, USA.

Para quem ainda não conhece a banda, não custa lembrar que o Iluvatar é uma banda americana, de Baltimore e que faz parte da terceira geração do rock progressivo e que teve como fonte inspiração os trabalhos de bandas da década de setenta como o Pink Floyd e o Genesis e da década de oitenta de bandas como o Marillion e o Pallas.

Sua sonoridade guarda semelhança com bandas mais recentes como o Pendragon, Arena, IQ e tantas outras que permitiram quase que imortalizar o rock progressivo setentista e por conta disto, não é incomum ver álbuns do Yes, Genesis, Pink Floyd e outros sendo vendidos até hoje em supermercados e lojas afins, pela curiosidade e encantamento que este tipo de música provoca.

Mesmo com toda a complexidade que envolve o rock progressivo, também não é incomum ver jovens de menos de vinte anos curtindo este tipo de música e por conta disto as gerações subsequentes do rock progressivo clássico merecem todo o nosso respeito e admiração. 

Acredito que em uma situação hipotética de um show de uma grande banda de rock, como o Pink Floyd, vindo ao Brasil, não haveria Arena suficiente para suportar a população interessada neste tipo de música, pois conforme o tempo vai passando, a legião de fãs vai só aumentando.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

ILUVATAR 
Rick Fleischmamm and Gary Cahmbers / drums, percussion
Glenn McLaughlin / vocals, percussion
Dean Morekas and Mick Trimble / bass, bass pedals, backing vocals
Dennis Mullin / guitars
Jim Rezek / keyboards


Tracks: 
01. Cracker (Radio Edit)
02. New Found Key (Radio Edit)
03. All We Are
04. Marionette (Live)
05. Emperor's New Clothes (Live)
06. Funk Massage (Live)
07. Sparks (Live)
08. Eye Next to Glass (No News Mix)


LINK


quinta-feira, agosto 21, 2014

O RENASCIMENTO DO MOOG MODULAR - 2014

A última edição (nº49) da revista “Sound On Sound” nos brindou com uma interessantíssima matéria sobre um dos mais lendários e cobiçados instrumentos musicais de todos os tempos, o Moog Modular, um sintetizador analógico, que tanto ficou conhecido nas mãos mágicas de Keith Emerson, o “E” do "Emerson, Lake & Palmer".

Essa história de amor de Keith Emerson e de seu Moog começa no ano de 1968, ainda no tempo do “The Nice”, quando em uma loja de discos no Soho, foi reconhecido e abordado pelo gerente da loja que perguntou se ele havia escutado um determinado álbum e o colocou para que Keith o escutasse e a reação dele foi imediata, “Que diabos é isso??”.

Bem, o álbum em sua capa, mostrava um enorme equipamento eletrônico ao fundo, repleto de botões, chaves e cabos, uma verdadeira loucura, que incendiou a cabeça de Keith Emerson, pois a partir daquele momento, era aquele sintetizador Moog Modular que faltava para ele poder mostrar ao mundo o que ele seria capaz de fazer, pois o encanto foi instantâneo ao escutar o álbum, “Switched On Bach” de Walter Carlos.

Daí para diante, sua busca frenética pelo equipamento foi incessante, pois de imediato ele contatou, Mike Vickers, tecladista da Manfred Mann Band, pois ele havia sido um dos primeiros músicos da Inglaterra a adquirir um Moog, que acabou por ser emprestado para Keith Emerson utilizá-lo em uma apresentação no Royal Festival Hall.

Eles tocaram um trecho de “2001 Uma Odisseia no Espaço”, mais precisamente a música, “Thus Spoke Zarathustra” e a impressão que ele tinha naquele momento é que as pessoas na plateia estavam achando que o som proveniente era possivelmente oriundo de fitas pré-gravadas e não de sua apresentação, pois a performance de Keith Emerson e do equipamento estavam perfeitas.

Não satisfeito, ele escreveu uma carta para Bob Moog, na esperança de conseguir um sintetizador deste tipo de graça, levando-se em conta que ele já tinha algum reconhecimento internacional por seu trabalho junto ao “The Nice” e que naquele momento, agora no ano de 1970, ele estava montando o ELP e que sua promessa era que ele ia poder divulgar e falar bem do equipamento.

Robert Moog e Keith Emerson com o sistema
modular no  Rich Stadium  em Buffalo, 1974
Eu chego à conclusão que nem Bob Moog poderia imaginar o potencial e do que seu equipamento seria capaz de fazer nas mãos certas, pois conta-se que ele respondeu a carta de Keith Emerson, dizendo que seus sintetizadores eram complexos equipamentos para estúdios e que sua utilização em shows era totalmente inadequada, coisa que o tempo se encarregou de mostrar que ele estava totalmente enganado quanto ao seu conceito.

Os Beatles e os Rolling Stones compraram os seus sintetizadores (essa eu não sabia), portanto o ELP poderia ter o seu também, coisa que acabou acontecendo por intermédio de um representante de vendas da Costa Leste Americana da Moog, chamado Walter Sear que enviou um sintetizador que já havia sido utilizado em um show chamado “Jazz In The Garden”, sem nenhuma documentação de como montá-lo ou configurá-lo, o que obrigou a Keith Emerson mais uma vez procurar seu amigo, Mike Vickers que o montou e fez as primeiras configurações do novo “brinquedinho” de Keith Emerson, uma vez que não havia assistência técnica disponível da Moog na Europa por ser raro a venda do equipamento fora do território americano.

Meus amigos, este é apenas um ínfimo episódio de tantos outros das histórias que envolve este fabuloso instrumento musical que teve seus anos de ouro na década de setenta, sendo praticamente extinto na década de oitenta, porém ganhando um novo sopro de vida no início dos anos noventa, quando o ELP novamente se reuniu para uma turnê e a gravação do álbum, Black Moon.

Agora o legendário sintetizador analógico de Keith Emerson não só foi restaurado, como também foi literalmente clonado com todos os "presets" criados por Keith Emerson para marcar os cinquenta anos de existência da Moog, com seu sintetizador que é comparado a um violino “Stradivarius” por sua preciosidade e que carinhosamente foi rebatizado de “Emerson Moog Modular”.

Como havia dito anteriormente, apenas um fragmento muito pequeno dos acontecimentos que envolvem este equipamento foi exposta aqui, portanto eu sugiro a leitura completa da matéria desta revista, para um aprofundamento desta incrível história, muito bem contada pela “Sound On Sound”, pela bagatela de R$ 15,90 e que pode ser adquirida nas boas casas do ramo em papel ou em meio eletrônico e depois da leitura quem sabe você não se e interessa em adquiri-lo e para tanto, é só ter no bolso algo em torno de uns U$ 90.000, mais as taxas de frete e importação para trazê-lo definitivamente para a nossa Terra Brasilis

Para dar um pouco de vida a essa história toda e entender o que se passou na cabeça de Keith Emerson em seu primeiro contato auditivo com seu futuro sintetizador, vamos disponibilizar um link para o álbum, “Switched On Bach” de Walter Carlos, que para não haver dúvidas, é uma mulher e atende pelo nome de Wendy Carlos.

O resultado de toda esta história poderá ser escutado no bootleg, “ELP - Live in Buffalo”, gravado em julho de 1974, no Rich Stadium, Orchard Park, Buffalo, NY, USA,  praticamente uma "Avant-premiere" para o não menos legendário álbum, “Welcome Back My Friends to the Show That Never Ends... Ladies and Gentlemen, Emerson, Lake & Palmer” que seria lançado em agosto deste mesmo ano.

IMPERDÍVEL!!!!












“Switched On Bach”













“ELP - Live in Buffalo”


Walter Carlos

ELP